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Transmissão do tétano: como se proteger da infecção e sintomas

Entenda como a bactéria causadora da doença entra no organismo e por que a vacinação é a principal ferramenta de prevenção

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Um simples tropeço no jardim, um corte superficial ao manusear uma ferramenta ou uma brincadeira de criança que resulta em um joelho ralado. Situações assim são comuns, mas podem servir de porta de entrada para um problema de saúde sério e muitas vezes subestimado: o tétano, uma grave infecção que atinge o sistema nervoso.

Como a transmissão do tétano ocorre?

Diferente de gripes ou outras doenças infecciosas, o tétano não se espalha pelo ar nem pelo contato direto com alguém doente. 

Ele é uma doença fatal, mas não é transmitido de pessoa para pessoa; a doença é mediada apenas pela toxina liberada pelo microrganismo. A transmissão ocorre quando esporos da bactéria Clostridium tetani, causadora da doença, que vive no solo ou fezes de animais, entram no corpo através de feridas abertas.

Essa bactéria mortal, a Clostridium tetani, é encontrada facilmente no ambiente, especialmente em locais como:

  • Solo e terra de jardim;
  • Poeira de rua;
  • Fezes de animais e humanas;
  • Esterco.

Quando os esporos entram em um ferimento, principalmente em um ambiente com pouco oxigênio, como um corte profundo, eles podem se desenvolver. Na transmissão do tétano, a bactéria libera uma toxina potente, a tetanospasmina, que afeta o sistema nervoso e causa os sintomas da doença, como contrações musculares graves.

Por isso, ao menor risco de contaminação é necessário buscar um médico especialista. Nos hospitais Rede Américas é possível encontrar o mais perto de você.

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Quais são as principais fontes de contaminação?

Qualquer ferimento, inclusive pequenos cortes ou o uso de instrumentos não esterilizados, quebre a barreira da pele, pode ser um ponto de entrada para a bactéria. A bactéria causadora do tétano está presente no solo e nas fezes de humanos e animais domésticos. Alguns cenários representam um risco maior e merecem atenção redobrada.

O mito do objeto enferrujado

É muito comum associar o tétano exclusivamente a ferimentos com pregos ou arames enferrujados. Essa associação não está totalmente errada, mas precisa ser esclarecida: não é a ferrugem que causa o tétano. 

A ferrugem indica que o metal esteve exposto ao tempo e à umidade, condições ideais para abrigar a bactéria presente no solo e na poeira. Assim, um objeto de metal sem ferrugem, mas contaminado com terra, pode transmitir a doença, assim como um caco de vidro, um espinho de planta ou uma lasca de madeira.

Ferimentos de alto risco

Alguns tipos de lesões facilitam a proliferação da bactéria por criarem um ambiente com pouco oxigênio. Fique atento a:

  • Feridas perfurantes: causadas por pregos, agulhas ou farpas;
  • Cortes profundos e lacerações: com tecidos danificados;
  • Queimaduras: que destroem a proteção da pele;
  • Fraturas expostas: quando o osso quebrado perfura a pele;
  • Mordidas de animais: que podem introduzir bactérias profundamente nos tecidos.

Existem diferentes formas de tétano?

A forma de contaminação define os dois principais tipos de tétano, ambos causados pela mesma bactéria e toxina.

Tétano acidental

É a forma mais comum, resultado da contaminação de qualquer tipo de ferimento, conforme descrito acima. Afeta pessoas de todas as idades que não estão com a vacinação em dia.

Tétano neonatal

Também conhecido como "mal de sete dias", afeta recém-nascidos. A transmissão ocorre pela contaminação do coto umbilical quando instrumentos não esterilizados são usados no parto ou quando substâncias contaminadas (como terra ou esterco) são aplicadas no local. 

A prevenção é feita com a vacinação da gestante, que transfere anticorpos para o bebê. O uso do toxoide tetânico é uma das medidas mais eficazes para proteger mães e recém-nascidos contra a doença.

Um corte superficial pode causar tétano?

Embora o risco seja menor em comparação com feridas profundas e sujas. Qualquer quebra na barreira da pele é uma porta de entrada potencial para a bactéria.

Por isso, mesmo arranhões e cortes aparentemente inofensivos devem ser limpos cuidadosamente. O risco aumenta se o ferimento, mesmo superficial, tiver contato com terra ou poeira.

Como a prevenção é a melhor estratégia?

O tétano é uma doença grave, mas que pode ser evitada com medidas simples e eficazes. A prevenção se baseia em dois pilares principais: a imunização e o cuidado com os ferimentos.

A importância da vacinação em dia

A vacina é a ferramenta mais segura e eficiente contra o tétano, uma vez que o toxoide tetânico é altamente eficaz na prevenção da doença. O esquema de vacinação começa na infância, com a vacina pentavalente, e continua com os reforços da DTP. 

Para adultos, a recomendação, segundo o Programa Nacional de Imunizações (PNI), é uma dose de reforço da vacina dupla adulto (dT) a cada 10 anos. Em caso de ferimento grave, esse prazo pode ser antecipado para 5 anos, a critério médico.

Cuidados imediatos com ferimentos

Ao sofrer qualquer tipo de corte, arranhão ou perfuração, siga estes passos:

  1. Lave bem o local: use água corrente e sabão para remover sujeiras, terra e outros contaminantes;
  2. Remova corpos estranhos: se houver farpas ou detritos visíveis e de fácil remoção, retire-os com cuidado;
  3. Cubra o ferimento: utilize um curativo limpo para proteger a área de novas contaminações.

Quando devo procurar atendimento médico?

A avaliação profissional é indispensável, principalmente se você não tem certeza sobre sua situação vacinal. Procure um serviço de saúde imediatamente se o ferimento for:

  • Profundo ou extenso;
  • Causado por um objeto perfurante (prego, arame);
  • Visivelmente contaminado com terra, fezes ou saliva;
  • Resultado de uma mordida de animal;
  • Uma queimadura grave.

O profissional de saúde avaliará a necessidade de aplicar uma dose de reforço da vacina ou, em casos mais graves, o soro antitetânico para neutralizar a toxina que já possa estar circulando no organismo.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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