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A vasectomia é um método contraceptivo definitivo, mas, caso o homem mude de ideia, a reversão é tecnicamente possível, embora a chance de sucesso não seja garantida.
É tecnicamente possível desfazer a vasectomia por meio de uma cirurgia chamada vasovasostomia ou vasoepididimostomia, popularmente conhecida como reversão de vasectomia.
A Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde afirma que a vasectomia é um procedimento simples para o planejamento familiar que interrompe o fluxo de espermatozoides.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a reversão é a cirurgia para religar as extremidades dos canais deferentes que foram cortados ou obstruídos, permitindo que os espermatozóides voltem a fazer parte do sêmen.
A reversão exige o uso de microscópio cirúrgico e fios extremamente finos, o que a classifica como uma microcirurgia, sendo muito mais delicada e demorada que a vasectomia original, ainda segundo a SBU.
Não existe um limite máximo de tempo para a reversão. No entanto, o tempo decorrido entre a vasectomia e a reversão é o fator mais importante para o sucesso (Sociedade Brasileira de Urologia).
Segundo estudos revisados por Li e Schlegel (2016), as chances de sucesso dependem diretamente desse intervalo:
As taxas permanecem razoáveis mesmo após longos períodos, mas, quanto mais tempo passa, maior é a chance de obstruções secundárias no epidídimo, o que exige a cirurgia mais complexa (vasoepididimostomia) e impacta o resultado final (Li e Schlegel).
O tempo para que a gravidez ocorra após a reversão é variável. Em primeiro lugar, os espermatozóides precisam reaparecer no sêmen, o que costuma levar entre 3 a 12 meses após a cirurgia (Sociedade Brasileira de Urologia).
Após o reaparecimento, o casal é orientado a tentar a concepção natural. A chance de sucesso na gravidez depende da qualidade do sêmen recuperado e, criticamente, da fertilidade da parceira.
A taxa de gravidez natural após a reversão microcirúrgica varia de 30% a 76%, dependendo do tempo transcorrido, conforme mostrado na tabela anterior.
A reversão da vasectomia é um procedimento cirúrgico seguro, mas, como toda intervenção, apresenta riscos. Eles são geralmente baixos:
O maior "risco" é a falha da cirurgia em religar os canais ou a ocorrência de nova obstrução. Nesse caso, a gravidez natural não é restaurada e o casal deve recorrer a técnicas de reprodução assistida, como a Fertilização In Vitro (Li e Schlegel, 2016).
O custo da reversão de vasectomia é significativamente mais alto do que o da vasectomia original, e não há um valor fixo no Brasil. O preço varia conforme:
No entanto, o tratamento para reversão de vasectomia pode ser a opção mais econômica a longo prazo.
Estudos demonstram que, em casais onde a parceira tem boa fertilidade, o custo por nascimento obtido via reversão é menor do que o custo por nascimento via Fertilização In Vitro, tornando-a a primeira escolha terapêutica (Li e Schlegel, 2016).
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
LI, Peter S.; SCHLEGEL, Peter N. Vasectomy and Vasectomy Reversal: Current Status and Future Directions. Current Urology Reports, v. 17, n. 4, 2016. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4854082/. Acesso em: 29 set. 2025.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA. Reversão de Vasectomia. Portal da Urologia. [S. l.], [2025]. Disponível em: https://portaldaurologia.org.br/sua-saude/duvidas-frequentes/reversao-de-vasectomia. Acesso em: 29 set. 2025.
BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. Vasectomia. Ministério da Saúde. [S. l.], [2025]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/vasectomia/. Acesso em: 29 set. 2025.
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A reversão da vasectomia é um procedimento microcirúrgico que religa os canais deferentes. O sucesso depende do tempo desde a cirurgia inicial.
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