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Da clássica dor no peito à fadiga súbita, saiba identificar os alertas do corpo e quando a ação rápida é fundamental.

Imagine a cena: um final de dia comum, assistindo à televisão ou terminando um trabalho. De repente, surge um desconforto no peito. Muitos homens podem ignorá-lo, atribuindo a má digestão ou estresse. Contudo, esse pode ser o primeiro sinal de um evento sério: o infarto agudo do miocárdio.
Reconhecer os sintomas de forma precoce é a principal ferramenta para um desfecho positivo. O tempo é um fator crítico, e saber identificar os sinais que o corpo emite pode salvar uma vida. É fundamental entender que, embora existam sintomas clássicos, as manifestações podem variar.
Para entender melhor sobre o infarto em homens um médico cardiovascular pode ser consultado. Ele pode auxiliar na prevenção da disfunção.
O infarto ocorre quando o fluxo de sangue para uma parte do músculo cardíaco é bloqueado, geralmente por um coágulo. Nos homens, os sintomas tendem a seguir um padrão mais conhecido, descrito extensivamente na literatura médica.
O infarto agudo do miocárdio pode se manifestar de diferentes formas, sendo as duas principais o STEMI (infarto com elevação do segmento ST), considerado mais grave, e o NSTEMI (infarto sem elevação do segmento ST), que se refere a um bloqueio parcial. Ambos os tipos possuem condições biológicas e processos celulares distintos que levam ao seu desenvolvimento.
O sintoma mais característico é uma dor ou desconforto no centro ou lado esquerdo do peito. Frequentemente, não é uma dor aguda, mas sim uma sensação de pressão, aperto, peso ou queimação. Essa sensação pode durar vários minutos ou ir e vir.
Estudos indicam que, quando o infarto ocorre por um mecanismo coronário, a dor no peito é o sintoma mais comum, sendo relatada por cerca de 94% dos pacientes. Em casos de infarto espontâneo, o tipo mais frequente ligado à obstrução de artérias, aproximadamente 92% dos pacientes apresentam dor torácica.
No entanto, em infartos secundários, que são causados por outros problemas de saúde, a dor no peito pode ser menos prevalente, ocorrendo em cerca de 66% dos casos, o que mostra a variação dos sintomas.
Muitos descrevem a sensação como "um elefante sentado no peito". É um desconforto que não melhora com o repouso ou mudança de posição.
A dor torácica raramente fica isolada. É muito comum que ela se espalhe para outras partes do corpo.
De acordo com o Ministério da Saúde, essa irradiação pode afetar:
Isso ocorre porque os nervos do coração e dessas outras áreas enviam sinais para a mesma região do cérebro, que pode ter dificuldade em localizar a origem exata da dor.
A dificuldade para respirar, ou dispneia, é outro sintoma-chave. A pessoa pode sentir que não consegue puxar ar suficiente, mesmo estando em repouso. Este sintoma acontece porque o coração danificado não consegue bombear sangue eficientemente para os pulmões.
Juntamente com a falta de ar, é comum a ocorrência de suor frio e intenso, sem relação com a temperatura ambiente ou esforço físico. A pele também pode ficar pálida ou acinzentada.
Sim, nem todo infarto se apresenta de forma "clássica". Conhecer os sintomas atípicos é igualmente importante, pois eles podem ser os únicos sinais presentes, especialmente em quadros de infarto silencioso.
Sentir náuseas, ter vontade de vomitar ou uma sensação de tontura e vertigem pode indicar um infarto. Esses sintomas ocorrem devido à resposta do sistema nervoso à dor e à diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro.
Uma fadiga súbita e intensa, que não tem relação com as atividades do dia, pode ser um alerta. Se tarefas simples, como subir um lance de escadas ou caminhar pelo corredor, se tornam exaustivas de uma hora para outra, é um sinal que merece atenção.
O infarto silencioso, como o nome sugere, ocorre com sintomas muito sutis ou que são facilmente confundidos com outras condições menos graves. A pessoa pode sentir apenas um leve desconforto, um mal-estar passageiro ou cansaço.
Esses infartos, que não são reconhecidos no momento por falta de sintomas típicos, são bastante comuns e representam entre um terço e metade de todos os casos de ataque cardíaco. Por não apresentarem a dor clássica no peito, muitas vezes o diagnóstico só acontece dias ou meses depois, durante um exame de rotina.
Sim, a idade pode influenciar a forma como o infarto se manifesta. Embora os sintomas clássicos possam ocorrer em qualquer faixa etária, homens mais idosos têm uma probabilidade maior de apresentar quadros atípicos.
Neles, a falta de ar pode ser o sintoma predominante, mais intenso que a própria dor no peito. Confusão mental súbita, fraqueza extrema ou um desmaio também podem ser os principais indicativos de um evento cardíaco.
Ao identificar um ou mais desses sintomas em você ou em outra pessoa, a agilidade é crucial. Não espere para ver se os sinais melhoram. Siga estes passos imediatamente:
Estar ciente dos fatores de risco é um passo importante para a prevenção. Muitos deles podem ser controlados com mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico regular.
Os principais são:
Controlar esses fatores por meio de uma dieta equilibrada, prática regular de exercícios e consultas médicas periódicas é a melhor forma de cuidar da saúde do coração e reduzir o risco de um infarto.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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