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Além de sinais gerais, a infecção pode causar alterações ginecológicas específicas. Saiba identificar os alertas.

Uma semana de cansaço extremo, uma febre baixa que não cede e dores no corpo que você atribui ao estresse da rotina ou a uma gripe forte. Essa cena, comum a muitas mulheres, pode, em alguns contextos, ser o primeiro sinal de que o corpo está combatendo o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
Logo após a infecção, o corpo entra na chamada fase aguda, que ocorre geralmente de duas a quatro semanas após a exposição ao vírus. Nesta etapa, o sistema imunológico inicia uma batalha intensa contra o invasor, e os sintomas são uma resposta a essa luta.
Muitas pessoas não apresentam sintomas, ou os confundem com outras doenças virais, como gripe ou mononucleose. Os sinais da fase aguda da infecção por HIV são muitas vezes inespecíficos, assemelhando-se a uma gripe forte.
Quando surgem, os sintomas mais frequentes podem incluir febre, mal-estar geral, dor de cabeça, dores musculares, inchaço dos gânglios ou erupções na pele.
Esses sintomas costumam desaparecer sozinhos em poucas semanas, o que pode levar a uma falsa sensação de melhora. Contudo, o vírus continua a se multiplicar no organismo, entrando em uma fase crônica.
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Além dos sintomas gerais, o enfraquecimento do sistema imunológico causado pelo HIV pode afetar a saúde ginecológica da mulher de maneiras particulares. Ficar atenta a esses sinais é fundamental, pois eles podem ser a primeira pista para buscar um diagnóstico.
Um sistema imune fragilizado altera o equilíbrio da flora vaginal. Esse desequilíbrio pode facilitar a proliferação de fungos e bactérias, levando a quadros que não melhoram com o tratamento usual ou que retornam com frequência.
As condições mais comuns são:
A infecção pelo HIV pode interferir no equilíbrio hormonal. Consequentemente, algumas mulheres podem notar mudanças em seu ciclo menstrual, como:
A Doença Inflamatória Pélvica é uma infecção dos órgãos reprodutivos femininos. Em mulheres com HIV, a DIP pode ser mais severa, mais difícil de tratar e ter maior probabilidade de recorrência. A condição exige atenção médica imediata.
A pele é frequentemente um dos primeiros órgãos a mostrar sinais da infecção pelo HIV. As manifestações dermatológicas podem variar desde erupções leves até lesões mais graves.
Na fase aguda, é comum o aparecimento de um rash cutâneo, caracterizado por manchas avermelhadas e planas que podem surgir no tronco, rosto e membros. Além disso, podem ocorrer feridas ou úlceras na boca e na região genital.
Outras condições, como dermatite seborreica e foliculite, também podem se tornar mais intensas ou frequentes em pessoas vivendo com o vírus.
Após a fase aguda, a infecção entra em um período chamado de fase crônica ou de latência clínica. Durante anos, a pessoa pode não apresentar sintoma algum, enquanto o vírus continua a se replicar e a comprometer lentamente o sistema imunológico.
Sem o tratamento antirretroviral adequado, a contagem de células de defesa (linfócitos T CD4) cai a níveis críticos. Nesse ponto, o organismo se torna vulnerável a infecções oportunistas e a certos tipos de câncer, caracterizando a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS).
Mulheres vivendo com HIV podem manifestar queixas como febre, perda de peso e fadiga, que, embora inespecíficas, podem ser sinais da progressão da imunodeficiência ou de outras doenças, como a tuberculose.
Os principais sinais desta fase avançada incluem:
Os sintomas do HIV são inespecíficos e podem ser facilmente confundidos com dezenas de outras condições. Portanto, a única maneira de saber se você foi infectada é realizando o teste.
Conforme orienta o Ministério da Saúde do Brasil, a testagem é recomendada para todas as pessoas sexualmente ativas. Ela se torna especialmente importante se você se expôs a uma situação de risco (como sexo sem preservativo) ou se apresenta algum dos sintomas mencionados de forma persistente ou recorrente.
O diagnóstico precoce é o passo mais importante para iniciar o tratamento antirretroviral, que hoje permite que pessoas vivendo com HIV tenham uma vida longa, saudável e com carga viral indetectável, o que impede a transmissão do vírus. Procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para realizar o teste de forma gratuita e sigilosa.
É fundamental reconhecer que, para mulheres vivendo com HIV, o acompanhamento da saúde deve ser abrangente. Questões como o envelhecimento e a menopausa necessitam de atenção e suporte médico específicos, que muitas vezes são deixados de lado em detrimento da prevenção da transmissão vertical do vírus.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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