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Sintomas de pneumonia em crianças: veja como identificar os sinais de alerta

Saiba diferenciar um resfriado comum de uma infecção pulmonar e entenda quando a ajuda médica é indispensável para os pequenos

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Todo pai ou mãe conhece a cena: a criança começa com uma tosse que parece apenas um resfriado comum, acompanhada de um pouco de febre. Contudo, os dias passam e, em vez de melhorar, o quadro piora. O cansaço aumenta, a febre não cede e a respiração parece mais ofegante. 

Essa progressão é um motivo de alerta e pode indicar uma pneumonia. Entender os sinais dessa infecção pulmonar é essencial para buscar ajuda no momento certo. A pneumonia é uma das principais causas de internação entre crianças. 

Globalmente, segundo artigo publicado na Frontiers in Physiology, em 2022, ela permanece como a principal causa de morte em crianças com menos de cinco anos. Por isso, a identificação rápida e o tratamento preciso são vitais para a recuperação.

É importante notar que o frio extremo pode aumentar em mais de duas vezes (2,43 vezes) o risco de pneumonia em crianças menores de 13 anos, de acordo com trabalho divulgado em 2024 na Frontiers in Pediatrics. Assim, é essencial que os pais redobrem a atenção aos sintomas como febre, tosse e dificuldade para respirar, especialmente em climas mais frios.

O que exatamente é a pneumonia infantil?

A pneumonia é uma infecção que inflama os sacos aéreos de um ou ambos os pulmões, conhecidos como alvéolos. 

Quando inflamados, esses sacos podem se encher de líquido ou pus, dificultando a respiração e a oxigenação do sangue. Ela não é uma doença única, mas um quadro que pode ser causado por diferentes agentes infecciosos.

As causas mais comuns variam conforme a idade da criança. Em geral, podem ser:

  • Vírus: o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o Influenza (vírus da gripe) e o adenovírus são os principais causadores, especialmente em crianças menores de 2 anos.
  • Bactérias: a bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo) é a causa mais frequente de pneumonia bacteriana. Outras, como a Haemophilus influenzae, também podem causar a doença.

As pneumonias virais costumam ter um início mais gradual, enquanto as bacterianas tendem a ser mais súbitas e com sintomas mais intensos. Apenas um médico pode fazer essa diferenciação.

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Quais são os principais sintomas de pneumonia em crianças?

Os sintomas de pneumonia em crianças podem variar bastante dependendo da idade da criança e do agente causador. Ficar atento a um conjunto de sintomas, e não apenas a um sinal isolado, é o mais importante.

Sinais clássicos e fáceis de identificar

Em crianças maiores, os sintomas são mais parecidos com os de adultos e geralmente fáceis de notar. A combinação de sinais respiratórios com um estado geral debilitado é a principal característica.

  • Febre alta e persistente: temperaturas acima de 38,5°C que duram mais de 72 horas são um sinal de alerta.
  • Tosse: pode começar seca, mas geralmente evolui para uma tosse com catarro amarelado, esverdeado ou até com raias de sangue.
  • Respiração rápida (taquipneia): a criança respira mais vezes por minuto do que o normal para sua idade, mesmo quando não está chorando ou agitada.
  • Falta de ar ou dificuldade para respirar: um sinal visível é o esforço para puxar o ar, com o afundamento da pele entre as costelas (tiragem intercostal) ou o batimento das asas do nariz.
  • Dor no peito ou no abdômen: a criança pode se queixar de dor, especialmente ao tossir ou respirar fundo.
  • Cansaço extremo: a criança fica muito prostrada, sem energia ou vontade de brincar (apatia).
  • Falta de apetite: a recusa de alimentos e líquidos é um sintoma comum e que exige atenção para evitar a desidratação.

Diante da suspeita de pneumonia infantil e da presença desses sinais de alerta, procurar atendimento médico imediato é fundamental. Muitas vezes, essa condição requer internação hospitalar para o tratamento com antibióticos, o que garante uma recuperação mais eficaz e segura.

Sinais específicos em bebês e crianças muito pequenas

Nos bebês, os sintomas podem ser menos óbvios e fáceis de confundir com outras condições. Por isso, a observação do comportamento geral é fundamental.

  • Gemência: emissão de um som baixo e constante ao respirar, como um gemido.
  • Irritabilidade ou sonolência excessiva: mudanças bruscas de humor e dificuldade para acordar.
  • Dificuldade para mamar: o bebê cansa rápido durante a amamentação ou recusa o peito ou a mamadeira.
  • Cor azulada nos lábios e unhas (cianose): um sinal grave que indica baixa oxigenação e exige atendimento de emergência.
  • Vômitos ou diarreia: podem acompanhar o quadro respiratório.

E a pneumonia silenciosa, como identificar?

A pneumonia silenciosa, ou atípica, é um termo popular para descrever quadros de pneumonia com sintomas mais brandos e menos característicos. Geralmente causada por agentes como a bactéria Mycoplasma pneumoniae, ela pode ser confundida com uma gripe ou um resfriado forte.

Os sinais costumam ser:

  • Febre baixa ou ausente.
  • Tosse seca e persistente.
  • Mal-estar geral, dor de cabeça e dores no corpo.
  • Cansaço que parece desproporcional aos outros sintomas.

O perigo da pneumonia silenciosa está no risco de o quadro evoluir sem o diagnóstico e tratamento corretos. Por isso, qualquer tosse que persista por mais de duas semanas, mesmo sem febre alta, deve ser avaliada por um pediatra.

Quando devo procurar um médico com urgência?

Confiar nos instintos de pai e mãe é importante, mas existem sinais claros de que a criança precisa de avaliação médica imediata. Não hesite em procurar um pronto-socorro se notar qualquer um dos seguintes sintomas.

É fundamental estar ciente de que a pneumonia grave em crianças pode evoluir para a Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (PARDS). Este é um quadro sério que exige intervenção e suporte respiratório imediatos, ressaltando a importância de procurar ajuda médica sem demora.

Sinal de Alerta

O que observar

 

Respiração muito rápida

Conte as respirações por minuto quando a criança estiver calma. Um aumento significativo é um sinal de esforço.

Esforço respiratório

Observe se há afundamento das costelas, do pescoço ou se o nariz se movimenta muito para respirar.

Cianose

Coloração azulada ou arroxeada nos lábios, na ponta dos dedos ou ao redor da boca.

Prostração severa

A criança está muito "molinha", não reage a estímulos ou tem dificuldade para se manter acordada.

Recusa total de líquidos

Risco elevado de desidratação, principalmente em bebês.

Como o diagnóstico de pneumonia é confirmado?

O diagnóstico é feito principalmente com base no exame clínico. O pediatra irá avaliar a história dos sintomas e realizar um exame físico detalhado, com foco na ausculta dos pulmões com um estetoscópio para identificar ruídos anormais.

Em alguns casos, exames complementares podem ser solicitados para confirmar a infecção e avaliar sua extensão, como:

  • Radiografia de tórax: mostra a localização e a gravidade da inflamação nos pulmões.
  • Oximetria de pulso: um pequeno aparelho colocado no dedo da criança mede o nível de oxigênio no sangue de forma rápida e indolor.
  • Exames de sangue: podem ajudar a identificar sinais de infecção e a diferenciar entre causas virais e bacterianas.

Atualmente, a medicina busca desenvolver ferramentas que ajudem os médicos a identificar com mais precisão quais crianças com tosse e febre realmente possuem pneumonia confirmada por raio-X. Esse avanço visa otimizar o diagnóstico e garantir tratamentos mais direcionados.

É possível prevenir a pneumonia em crianças?

Embora nem todos os casos possam ser evitados, algumas medidas são altamente eficazes para reduzir o risco de pneumonia e outras doenças respiratórias. A prevenção é a melhor abordagem.

Para a prevenção, são recomendadas as seguintes estratégias:

  • Vacinação em dia: as vacinas contra pneumococo (Pneumocócica 10-valente), Haemophilus influenzae tipo b (presente na Pentavalente) e Influenza (gripe) são fundamentais e estão disponíveis no calendário nacional de vacinação.
  • Aleitamento materno: o leite materno fortalece o sistema imunológico do bebê, oferecendo proteção contra diversas infecções.
  • Higiene adequada: lavar as mãos com frequência, tanto da criança quanto dos cuidadores, ajuda a evitar a transmissão de vírus e bactérias.
  • Ambientes livres de fumo: a exposição à fumaça de cigarro aumenta significativamente o risco de infecções respiratórias.

Diante de qualquer suspeita, a orientação é clara: procure sempre um pediatra. Apenas um profissional de saúde pode realizar o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais seguro e eficaz para a criança.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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