07/05/2025
Revisado em: 07/05/2025
Uso de medicamentos e ajustes na alimentação são as melhores formas de tratar
Cansaço e aumento de peso sem motivo aparente são alguns dos sintomas de hipotireoidismo, o distúrbio mais comum da tireoide. Estima-se que a prevalência na população geral seja em torno de 4% a 10%, sendo maior no sexo feminino e em idosos.
No Brasil, aproximadamente 15% da população com mais de 45 anos apresenta problemas relacionados à tireoide, o que evidencia a importância de estar atento aos sinais e buscar diagnóstico precoce.
O hipotireoidismo ocorre quando a glândula tireoide passa a produzir quantidades insuficientes dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), essenciais para o equilíbrio do metabolismo e o bom funcionamento do corpo.
Geralmente em adultos, o hipotireoidismo surge devido a uma condição autoimune chamada tireoidite de Hashimoto, em que o próprio sistema imunológico ataca a glândula tireoide. Também pode ser desencadeado por fatores como o uso de certos medicamentos, como a amiodarona, ou pela falta de iodo na alimentação, o que não ocorre no Brasil.
Sintomas físicos e mentais mais comuns
O hipotireoidismo pode afetar a vida de muitas formas, tanto nos aspectos físicos quanto mentais. Alguns sintomas físicos bem comuns são:
Além disso, podem surgir alguns sintomas mentais, como dificuldade de concentração e alterações no sono.
Como o diagnóstico é realizado
Todo o processo até o diagnóstico do hipotireoidismo é feito pelo endocrinologista a partir da avaliação dos sintomas relatados pelo paciente e da análise de exames laboratoriais. Normalmente, é solicitado um exame de sangue para verificar os níveis dos hormônios tireoidianos (T3 e T4), além da dosagem de TSH, que ajuda a identificar se a tireoide está funcionando corretamente. Em alguns casos, o médico também pode pedir exames complementares, como a dosagem de anticorpos e a ultrassonografia da tireoide, especialmente quando há suspeita de tireoidite de Hashimoto.
Hipotireoidismo em mulheres: sinais específicos
Nas mulheres, o hipotireoidismo pode se manifestar de maneira bastante específica, afetando diferentes aspectos da saúde. Além dos sinais que também são comuns aos homens, como o sentimento constante de cansaço, mesmo após períodos de descanso e ganho de peso sem motivo aparente, nas mulheres ocorrem alterações no ciclo menstrual de forma frequente, com ciclos mais longos ou até ausentes, além de fluxo mais intenso.
A pele e os cabelos tendem a ficar mais secos, sendo possível notar o afinamento dos fios, especialmente na região da cabeça.
A constipação intestinal também pode surgir, assim como a dificuldade para engravidar ou manter uma gestação. Sendo assim, esses sinais indicam que os hormônios tireoidianos estão em desequilíbrio e merecem atenção.
Tratamento com reposição hormonal
O tratamento mais comum para o hipotireoidismo é a reposição hormonal com levotiroxina, um hormônio sintético que substitui o que a tireoide não está produzindo. A dose é ajustada conforme os exames de sangue e os sintomas de cada pessoa. Dessa forma, é possível controlar o metabolismo, melhorar o bem-estar e prevenir complicações, especialmente cardíacas.
Para manter os resultados, é essencial seguir o tratamento de forma contínua, conforme orientação médica, já que interrupções podem agravar o quadro.
Cuidados com alimentação e medicamentos
O controle do hipotireoidismo vai além do uso de medicamentos e envolve também o ajuste na alimentação e, em alguns casos, a suplementação de iodo.
Um acompanhamento nutricional é recomendado para ajudar o paciente a incluir alimentos ricos em gorduras boas, fibras e antioxidantes, que contribuem para o equilíbrio do metabolismo e o bom funcionamento do organismo. Essas mudanças nos hábitos alimentares, junto ao uso correto dos remédios prescritos, são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e controlar os sintomas da doença.
Quando buscar um endocrinologista
O ideal é procurar um endocrinologista quando há suspeita ou diagnóstico de hipotireoidismo. Isso porque é um especialista indicado para avaliar, diagnosticar e tratar alterações hormonais que afetam o funcionamento do corpo, como problemas na tireoide.
A importância do acompanhamento contínuo
O acompanhamento contínuo é essencial para garantir um tratamento eficaz e uma melhor qualidade de vida para quem convive com alterações hormonais, como o hipotireoidismo. Embora o endocrinologista seja o principal responsável pelo manejo da doença, outros profissionais da saúde também podem atuar em conjunto, como o clínico geral e o ginecologista, que fazem muitas vezes o diagnóstico inicial e seguem acompanhando o paciente ao longo do tratamento.
Além disso, em situações em que o quadro hormonal está associado a sintomas emocionais, o apoio de um psicólogo ou psiquiatra pode ser fundamental para o controle completo dos sintomas. Ou seja, ter um acompanhamento multidisciplinar e contínuo permite ajustes no tratamento sempre que necessário e contribui para o equilíbrio da saúde física e mental do paciente.
Perguntas frequentes
A pessoa com hipotireoidismo costuma se sentir constantemente cansada, mesmo após períodos de descanso, e pode enfrentar dificuldade para se concentrar nas tarefas do dia a dia. É comum que tenha alterações no sono, sentindo-se sonolenta ou com insônia. No corpo, percebe sinais como ganho de peso sem motivo claro, unhas quebradiças, pele áspera e seca, além de constipação intestinal e menstruação irregular. Dores de cabeça, musculares e nas articulações também são frequentes.
No hipotireoidismo elevado, os sintomas vão desde o aumento de peso inexplicável, unhas quebradiças, pele seca e áspera, constipação até menstruação irregular. Além disso, a pessoa também pode sentir dores de cabeça, musculares e nas articulações, assim como fadiga constante e batimentos cardíacos mais lentos.
É importante estar atento aos sinais que podem ser do hipotireoidismo, como cansaço excessivo, ganho de peso inexplicável, unhas quebradiças e pele seca. Ficar atento a esses sintomas, bem como alterações no sono e dificuldades de concentração, pois eles também podem indicar problemas na função da tireoide. Caso esses sintomas se apresentem de forma constante, é fundamental procurar um médico, especialmente o endocrinologista, para realizar os exames e confirmar o diagnóstico.
Quais os sintomas de que a tireoide não está bem?
Quando a tireoide não está funcionando corretamente, o corpo costuma dar alguns sinais que merecem atenção. Sintomas como cansaço frequente, ganho de peso sem motivo aparente, ressecamento da pele, unhas fracas, intestino preso e alterações no ciclo menstrual podem indicar que algo não vai bem. No campo mental e emocional, dificuldades de concentração e distúrbios no sono, como insônia ou sonolência excessiva, também podem estar ligados a um mau funcionamento da tireoide.
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