Resuma este artigo com IA:
Muitas vezes, a condição se manifesta com irritabilidade, dores e comportamentos de risco, em vez de tristeza aparente.

O dia parece mais pesado. A paciência, que já era curta, agora não existe. Qualquer comentário vira estopim para uma discussão em casa ou no trabalho. O refúgio tem sido estender o expediente ou consumir álcool com mais frequência, tudo para evitar o sentimento de vazio que insiste em aparecer no silêncio. Se essa cena parece familiar, saiba que ela pode indicar mais do que apenas estresse.
A depressão é um transtorno de humor que afeta milhões de pessoas globalmente. Estimativas apontam que essa condição de saúde atinge cerca de 350 milhões de indivíduos em todo o mundo, sendo uma das doenças mentais mais comuns globalmente.
Contudo, pressões sociais e expectativas de gênero podem fazer com que os homens manifestem a condição de formas distintas das mulheres. É importante notar que a depressão é aproximadamente duas vezes mais comum em mulheres do que em homens. Essa diferença na frequência sugere que os mecanismos de desenvolvimento da doença no corpo (sua patofisiologia) podem variar entre os gêneros.
Em comparação com os homens, a depressão em mulheres costuma surgir mais cedo na vida, durar mais tempo e apresentar maior gravidade. Sintomas como mudanças no apetite, no peso e problemas de sono são observados com maior frequência no sexo feminino.
Muitos homens são ensinados desde cedo a suprimir emoções, a não demonstrar vulnerabilidade e a serem "fortes". Esse condicionamento social dificulta a expressão de sentimentos como tristeza ou angústia. Em vez disso, a dor emocional pode ser externalizada através de outros comportamentos.
Além disso, é importante considerar que os homens têm quase o triplo de chance de desenvolver transtorno bipolar em comparação com as mulheres. Essa predisposição pode levar à manifestação de episódios de euforia ou mania, em vez de um quadro depressivo puro, o que pode dificultar o diagnóstico correto da depressão.
Assim, a depressão masculina frequentemente se esconde atrás de uma fachada de controle ou agressividade. Reconhecer essa diferença é o primeiro passo para oferecer e buscar o apoio adequado.
Psiquiatras e até mesmo urologistas podem acompanhá-lo e sugerir o melhor tratamento para o seu quadro. A Rede Américas conta com especialistas renomados atendendo em vários hospitais brasileiros.
Enquanto a imagem clássica da depressão está associada ao choro e ao recolhimento, nos homens os sinais podem ser mais ativos e destrutivos. É fundamental estar atento a mudanças de comportamento que fogem do padrão habitual da pessoa.
Um dos sinais mais característicos da depressão masculina é a irritabilidade constante. O homem pode se tornar mais cínico, crítico ou apresentar "pavio curto", com explosões de raiva desproporcionais aos gatilhos. Essa hostilidade pode ser uma defesa contra sentimentos de vulnerabilidade e desesperança.
Para lidar com o sofrimento interno, muitos homens recorrem a comportamentos de fuga. Isso pode se manifestar de várias formas, como:
Essas atitudes funcionam como uma distração temporária da dor emocional, mas acabam por agravar o problema a longo prazo.
A depressão pode fazer com que o homem se afaste de amigos e familiares. Ele pode recusar convites, abandonar hobbies e evitar interações sociais que antes lhe davam prazer. Essa reclusão agrava o sentimento de solidão e pode gerar conflitos sérios em relacionamentos amorosos e familiares, que muitas vezes não compreendem a mudança súbita de comportamento.
A conexão entre mente e corpo é inegável. Na depressão, o sofrimento psíquico frequentemente se traduz em queixas físicas. Segundo o Ministério da Saúde, é comum que homens procurem médicos por sintomas físicos sem perceber que a origem do problema é emocional.
Alguns dos sinais físicos mais comuns incluem:
O principal obstáculo para o diagnóstico e tratamento da depressão masculina é o estigma. O medo de ser visto como fraco ou incapaz impede que muitos homens admitam seu sofrimento e busquem ajuda. Eles podem acreditar que devem resolver seus problemas sozinhos ou que os sintomas são apenas uma fase de estresse.
Essa relutância agrava o quadro, permitindo que a depressão se aprofunde e cause prejuízos cada vez maiores na vida pessoal, profissional e social. É essencial normalizar a conversa sobre saúde mental masculina e reforçar que procurar apoio é um ato de coragem e autocuidado.
Se você se identificou com os sintomas descritos ou percebeu esses sinais em um amigo, familiar ou parceiro, a atitude mais importante é buscar avaliação profissional. A depressão é uma condição médica séria e tratável.
A dificuldade de diagnosticar a depressão apenas pelos sintomas é um desafio. Muitos sinais podem se confundir com outras condições, tornando mais difícil reconhecer manifestações atípicas, especialmente aquelas que são comuns em homens.
O diagnóstico é feito por um médico, geralmente um psiquiatra, que irá avaliar o quadro completo e descartar outras condições. O tratamento costuma envolver uma combinação de psicoterapia e, quando necessário, o uso de medicamentos antidepressivos prescritos por um especialista.
Familiares e amigos podem ajudar oferecendo um ombro amigo, ouvindo sem julgamento e incentivando a busca por ajuda profissional. A paciência e a empatia são fundamentais nesse processo, pois a recuperação leva tempo.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
BETE, T. et al. Depressive disorder, bipolar disorder, and associated factors among adults, in the Eastern part of Ethiopia. BMC Psychiatry, [S.l.], 3 jan. 2024. Disponível: https://link.springer.com/article/10.1186/s12888-023-05466-5. Acesso em: 04 dez. 2025.
CUI, L. et al. Major depressive disorder: hypothesis, mechanism, prevention and treatment. Signal Transduction and Targeted Therapy, fev. 2024. Disponível: https://www.nature.com/articles/s41392-024-01738-y. Acesso em: 04 dez. 2025.
DEAN, R. L. et al. Ketamine and other glutamate receptor modulators for depression in adults with unipolar major depressive disorder. The Cochrane Database of Systematic Reviews, set. 2021. Disponível: https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD011612.pub3/full. Acesso em: 04 dez. 2025.
SINGH, P. et al. Genetic landscape of major depressive disorder: assessment of potential diagnostic and antidepressant response markers. International Journal of Neuropsychopharmacology, [s.l.], jan. 2023. Disponível: https://doi.org/10.1093/ijnp/pyad001. Acesso em: 04 dez. 2025.
SU, W. J.; HU, T.; JIANG, C. L. Cool the inflamed brain: a novel anti-inflammatory strategy for the treatment of major depressive disorder. Current Neuropharmacology, [S. l.], 9 ago. 2023. Disponível: https://www.eurekaselect.com/article/133485. Acesso em: 04 dez. 2025.
POPULARES EM SAÚDE DO HOMEM
Os conteúdos mais buscados sobre Saúde do homem
A depressão em homens pode ter sinais sutis. Entenda como identificar os sintomas, desde a raiva até o cansaço extremo, e saiba como agir
Leia maisA infecção urinária masculina pode ter causas variadas, de obstruções a hábitos. Entenda os fatores de risco e saiba quando buscar ajuda.
Leia maisO câncer de próstata é uma doença silenciosa que pode causar sintomas urinários e sistêmicos. Saiba como identificar sinais de alerta e prevenir a doença
Leia mais