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Sintomas de clamídia no homem: quais são, tratamentos e quando buscar médico

Uma infecção que muitas vezes não mostra sinais, mas que, se não tratada, pode levar a complicações sérias. Conheça os riscos e proteja sua saúde.

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Começa com um desconforto sutil. Uma leve ardência ao urinar que você talvez ignore, atribuindo ao cansaço ou à desidratação. No entanto, esse sinal discreto pode ser o primeiro alerta para uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns e silenciosas: a clamídia.

Em muitos casos, a clamídia pode ser totalmente assintomática, ou seja, não apresenta sintomas perceptíveis, o que dificulta sua detecção e tratamento. Essa característica permite que a infecção progrida no corpo sem que o indivíduo sequer perceba.

Por isso o acompanhamento médico, para realizar exames de rotina é importante. Agende a sua consulta nos hospitais da Rede Américas.

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O que é a clamídia e por que ela é tão comum?

A clamídia é uma IST causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Sua alta prevalência se deve em grande parte à sua natureza assintomática.

Muitas pessoas são portadoras da bactéria e a transmitem sem saber que estão infectadas. Contrariando a ideia de que a clamídia é sempre uma infecção silenciosa, pesquisas indicam que a maioria das infecções (cerca de dois terços) avança e se manifesta como doença, afetando o trato urinário e reprodutivo.

Nos homens, a bactéria infecta primariamente a uretra, o canal que transporta a urina para fora do corpo. Sem o diagnóstico e tratamento adequados, a infecção pode progredir e afetar outras partes do sistema reprodutor masculino.

Quais são os principais sintomas de clamídia no homem?

A clamídia é frequentemente uma infecção silenciosa em homens. Estima-se que entre 85% e 90% dos indivíduos infectados não desenvolvem sintomas clínicos, mas continuam capazes de transmitir a doença. Essa ausência de sintomas é um dos maiores desafios para a detecção precoce.

Quando os sinais aparecem, eles geralmente surgem de uma a três semanas após a exposição à bactéria e podem ser intermitentes, o que dificulta a identificação. 

Os sintomas mais relatados são:

  • Dor ou ardência ao urinar (disúria): uma sensação de queimação que é um dos primeiros e mais comuns indicativos.
  • Corrimento peniano: saída de uma secreção pela uretra, que pode ser transparente, branca, turva ou amarelada, semelhante a pus.
  • Dor ou inchaço nos testículos: pode ocorrer em um ou ambos os testículos e indica que a infecção pode ter se espalhado, causando uma condição chamada epididimite.
  • Coceira ou irritação na abertura do pênis: vermelhidão e desconforto na ponta da uretra.
  • Aumento da frequência urinária: sentir necessidade de urinar mais vezes do que o normal.

É fundamental não ignorar esses sinais, mesmo que sejam leves. A ausência de sintomas não significa ausência de infecção ou de risco de transmissão.

A clamídia pode se manifestar em outras partes do corpo?

A infecção por clamídia não se restringe à área genital. Dependendo das práticas sexuais, a bactéria pode infectar outras mucosas do corpo.

Clamídia na garganta (faríngea)

Adquirida através do sexo oral com uma pessoa infectada, a clamídia na garganta é quase sempre assintomática. Em homens, a infecção na garganta é frequentemente silenciosa, o que reforça a necessidade de exames de rotina para detecção precoce. Em casos raros, pode causar dor de garganta persistente e gânglios inchados no pescoço.

Clamídia no reto (retal)

Resultante do sexo anal receptivo, a infecção retal também costuma ser silenciosa. A clamídia em homens é frequentemente assintomática no reto, o que reforça a importância dos exames regulares. Quando surgem sintomas, eles podem incluir dor, sangramento e corrimento anal.

Quais são as complicações da clamídia não tratada em homens?

Ignorar os sintomas ou a possibilidade de uma infecção assintomática pode levar a problemas de saúde graves e, por vezes, permanentes. O tratamento é simples, mas as consequências da negligência não são.

Em machos, a infecção por clamídia no trato urogenital pode levar a complicações reprodutivas sérias. 

As principais complicações incluem:

  • Epididimite: inflamação do epidídimo, o duto que armazena e transporta o esperma. Causa dor intensa e inchaço nos testículos e, se não tratada, pode levar à infertilidade.
  • Inflamação dos testículos (Orquite): A clamídia pode causar inflamação nos testículos, uma condição conhecida como orquite, que é uma complicação reprodutiva grave.
  • Prostatite: a infecção pode atingir a próstata, causando dor pélvica, dificuldade para urinar e desconforto durante a ejaculação. Lesões na próstata são uma das complicações possíveis da clamídia.
  • Infertilidade: em casos mais graves, a inflamação e as cicatrizes causadas pela epididimite podem bloquear a passagem dos espermatozoides, resultando em infertilidade masculina.
  • Artrite reativa: uma condição rara em que o corpo desenvolve inflamação nas articulações, olhos e uretra após uma infecção bacteriana.

Quando um homem deve procurar um médico?

A avaliação médica é indispensável para um diagnóstico correto e para evitar complicações. 

Procure um urologista ou clínico geral imediatamente se você:

  • Apresentar qualquer um dos sintomas mencionados, por mais leves que sejam.
  • Descobrir que uma parceria sexual foi diagnosticada com clamídia ou outra IST.
  • Tiver realizado sexo sem proteção com uma nova parceria.
  • Deseja realizar um check-up de rotina para ISTs, especialmente se for sexualmente ativo com múltiplas parcerias.

O diagnóstico é feito de forma simples, geralmente através de uma amostra de urina ou de uma coleta de secreção da uretra. O tratamento, prescrito pelo médico, é realizado com antibióticos e costuma ser altamente eficaz.

Como a prevenção continua sendo a melhor estratégia?

A forma mais segura de prevenir a clamídia e outras infecções sexualmente transmissíveis é o uso consistente e correto de preservativos (camisinha) em todas as relações sexuais (vaginal, anal e oral).

Além disso, realizar exames de rotina para ISTs é uma prática de autocuidado e responsabilidade com a sua saúde e a de suas parcerias. Converse abertamente sobre o histórico de saúde sexual e não hesite em procurar orientação profissional.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Bibliografia

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