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Saiba reconhecer os sinais, desde a clássica dor que migra pelo abdômen até as manifestações mais sutis nos pequenos.

Toda mãe, pai ou responsável já sentiu aquele aperto no peito quando a criança reclama de dor de barriga. Na maioria das vezes, não passa de gases ou má digestão. Contudo, é fundamental estar atento, pois essa queixa comum pode mascarar um quadro de apendicite aguda, uma condição que exige atenção médica imediata.
A apendicite é a inflamação do apêndice cecal, um pequeno órgão em formato de dedo que se localiza no início do intestino grosso. Quando ele inflama, geralmente por uma obstrução, causa dor intensa e outros sintomas que evoluem rapidamente.
Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum em crianças em idade escolar e adolescentes. O diagnóstico precoce é crucial para evitar complicações sérias, como o rompimento do órgão (apendicite supurada ou perfurada).
Estudos indicam que aproximadamente 30% dos pacientes pediátricos já chegam ao hospital com o apêndice em um estágio complicado, como perfurado ou gangrenado. Essa condição eleva significativamente as chances de complicações cirúrgicas, prolonga o tempo de internação e aumenta os custos do tratamento.
O quadro clínico da apendicite infantil costuma seguir um padrão, embora possa variar. O sinal mais característico é a dor abdominal com uma evolução específica.
A apresentação dos sintomas pode ser diferente em crianças mais novas, o que torna o diagnóstico mais desafiador. É importante conhecer essas variações para não subestimar os sinais.
Em crianças em idade pré-escolar e menores de 5 anos, a apendicite frequentemente se apresenta com características atípicas.
Os sintomas tendem a ser mais difusos e menos específicos, o que aumenta a dificuldade de um diagnóstico preciso e, consequentemente, o risco de complicações. Nesses casos, a doença pode avançar rapidamente, tornando a observação atenta dos pais ainda mais crucial.
Nesta faixa etária, os sintomas são menos claros. A dor pode ser difusa por todo o abdômen, em vez de localizada.
Outros sinais incluem:
Pela dificuldade da criança em descrever o que sente, os pais devem observar mudanças de comportamento e a aparência geral do pequeno.
Em crianças a partir dos 5 ou 6 anos e em adolescentes, o quadro tende a ser mais clássico, seguindo a descrição de dor que começa perto do umbigo e migra para o lado inferior direito do abdômen, acompanhada dos demais sintomas já citados.
Diversas outras doenças podem causar dor abdominal em crianças, o que reforça a necessidade de uma avaliação médica criteriosa.
Algumas condições com sintomas semelhantes incluem:
O diagnóstico é primariamente clínico, baseado na história dos sintomas e no exame físico realizado pelo médico. Durante a consulta, o especialista irá palpar o abdômen da criança para identificar pontos de maior sensibilidade.
Para auxiliar na precisão do diagnóstico, especialmente em casos desafiadores, profissionais de saúde podem utilizar ferramentas especializadas de avaliação de risco. Um exemplo é a calculadora pediátrica pARC, que ajuda a estimar a probabilidade de apendicite em crianças.
Para confirmar a suspeita, podem ser solicitados exames complementares, como:
A apendicite é uma emergência cirúrgica. A demora no tratamento aumenta significativamente o risco de perfuração e infecção generalizada (peritonite).
É importante saber que a perfuração do apêndice, uma complicação grave, pode ocorrer em cerca de 20% das crianças que demoram entre 36 e 48 horas para procurar ajuda médica após o início dos sintomas.
Não hesite em procurar um pronto-socorro se a criança apresentar:
É sempre melhor pecar pelo excesso de zelo. Diante da suspeita, a avaliação médica é indispensável e pode fazer toda a diferença no desfecho do quadro.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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