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Quais são os sintomas de apendicite em crianças: como identificar o alerta

Saiba reconhecer os sinais, desde a clássica dor que migra pelo abdômen até as manifestações mais sutis nos pequenos.

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Toda mãe, pai ou responsável já sentiu aquele aperto no peito quando a criança reclama de dor de barriga. Na maioria das vezes, não passa de gases ou má digestão. Contudo, é fundamental estar atento, pois essa queixa comum pode mascarar um quadro de apendicite aguda, uma condição que exige atenção médica imediata.

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O que é apendicite infantil?

A apendicite é a inflamação do apêndice cecal, um pequeno órgão em formato de dedo que se localiza no início do intestino grosso. Quando ele inflama, geralmente por uma obstrução, causa dor intensa e outros sintomas que evoluem rapidamente.

Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum em crianças em idade escolar e adolescentes. O diagnóstico precoce é crucial para evitar complicações sérias, como o rompimento do órgão (apendicite supurada ou perfurada).

Estudos indicam que aproximadamente 30% dos pacientes pediátricos já chegam ao hospital com o apêndice em um estágio complicado, como perfurado ou gangrenado. Essa condição eleva significativamente as chances de complicações cirúrgicas, prolonga o tempo de internação e aumenta os custos do tratamento.

Quais são os principais sintomas de apendicite em crianças?

O quadro clínico da apendicite infantil costuma seguir um padrão, embora possa variar. O sinal mais característico é a dor abdominal com uma evolução específica.

  • Dor que migra: tipicamente, a dor começa de forma vaga e difusa ao redor do umbigo. Com o passar das horas, geralmente entre 12 e 24 horas, ela se intensifica e migra, localizando-se de forma mais aguda no quadrante inferior direito do abdômen.
  • Piora com movimento: a dor tende a piorar com qualquer movimento, como andar, tossir ou pular. A criança pode preferir ficar deitada e quieta, muitas vezes com as pernas encolhidas.
  • Febre baixa: é comum o surgimento de uma febre entre 37,5 °C e 38,5 °C. Febre alta pode indicar uma complicação, como a perfuração.
  • Náuseas e vômitos: a maioria das crianças com apendicite sente náuseas e pode vomitar. Geralmente, esses sintomas surgem após o início da dor.
  • Perda de apetite: a recusa em comer é um sintoma quase universal em casos de apendicite. A criança perde completamente o interesse por alimentos.
  • Mal-estar geral: a criança pode parecer abatida, pálida e sem energia (prostrada).

Os sinais de apendicite mudam conforme a idade?

A apresentação dos sintomas pode ser diferente em crianças mais novas, o que torna o diagnóstico mais desafiador. É importante conhecer essas variações para não subestimar os sinais.

Em bebês e crianças pequenas (abaixo de 5 anos)

Em crianças em idade pré-escolar e menores de 5 anos, a apendicite frequentemente se apresenta com características atípicas. 

Os sintomas tendem a ser mais difusos e menos específicos, o que aumenta a dificuldade de um diagnóstico preciso e, consequentemente, o risco de complicações. Nesses casos, a doença pode avançar rapidamente, tornando a observação atenta dos pais ainda mais crucial.

Nesta faixa etária, os sintomas são menos claros. A dor pode ser difusa por todo o abdômen, em vez de localizada. 

Outros sinais incluem:

  • Inchaço abdominal visível;
  • Vômitos persistentes;
  • Febre;
  • Irritabilidade ou letargia incomuns;
  • Diarreia, em alguns casos.

Pela dificuldade da criança em descrever o que sente, os pais devem observar mudanças de comportamento e a aparência geral do pequeno.

Em crianças maiores e adolescentes

Em crianças a partir dos 5 ou 6 anos e em adolescentes, o quadro tende a ser mais clássico, seguindo a descrição de dor que começa perto do umbigo e migra para o lado inferior direito do abdômen, acompanhada dos demais sintomas já citados.

Quais outras condições podem ser confundidas com apendicite?

Diversas outras doenças podem causar dor abdominal em crianças, o que reforça a necessidade de uma avaliação médica criteriosa. 

Algumas condições com sintomas semelhantes incluem:

  • Gastroenterite (infecção intestinal): geralmente acompanhada de diarreia mais intensa e vômitos que precedem a dor.
  • Infecção do trato urinário: pode causar dor abdominal, mas costuma estar associada a dor para urinar e aumento da frequência urinária.
  • Constipação intestinal severa: a dor pode ser forte, mas geralmente melhora após a evacuação.
  • Doenças ginecológicas: em meninas adolescentes, cistos ovarianos ou dor de ovulação (mittelschmerz) podem simular os sintomas.

Como o diagnóstico de apendicite é confirmado?

O diagnóstico é primariamente clínico, baseado na história dos sintomas e no exame físico realizado pelo médico. Durante a consulta, o especialista irá palpar o abdômen da criança para identificar pontos de maior sensibilidade.

Para auxiliar na precisão do diagnóstico, especialmente em casos desafiadores, profissionais de saúde podem utilizar ferramentas especializadas de avaliação de risco. Um exemplo é a calculadora pediátrica pARC, que ajuda a estimar a probabilidade de apendicite em crianças.

Para confirmar a suspeita, podem ser solicitados exames complementares, como:

  • Exames de sangue: para verificar a presença de sinais de infecção, como o aumento de leucócitos.
  • Exames de urina: para descartar uma infecção urinária.
  • Ultrassonografia abdominal: é o exame de imagem mais utilizado em crianças por não envolver radiação e ser eficaz para visualizar o apêndice inflamado.

Quando devo levar meu filho ao pronto-socorro?

A apendicite é uma emergência cirúrgica. A demora no tratamento aumenta significativamente o risco de perfuração e infecção generalizada (peritonite).

É importante saber que a perfuração do apêndice, uma complicação grave, pode ocorrer em cerca de 20% das crianças que demoram entre 36 e 48 horas para procurar ajuda médica após o início dos sintomas. 

Não hesite em procurar um pronto-socorro se a criança apresentar:

  • Dor abdominal que piora progressivamente ou se torna muito intensa.
  • Dor que se concentra no lado inferior direito da barriga.
  • Febre persistente junto com a dor.
  • Vômitos que não melhoram.
  • Recusa total de alimentos e líquidos.
  • Dificuldade para andar ou se mover por causa da dor.

É sempre melhor pecar pelo excesso de zelo. Diante da suspeita, a avaliação médica é indispensável e pode fazer toda a diferença no desfecho do quadro.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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