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Entenda os sinais que vão além da palidez e saiba por que o diagnóstico precoce é fundamental para o desenvolvimento infantil.

Toda mãe e todo pai conhecem a cena: a criança que antes corria pela casa agora parece preferir o sofá, reclama de cansaço para brincar e está mais irritadiça que o normal. Muitas vezes, esses sinais são vistos como uma fase, mas podem indicar uma condição comum e que exige atenção: a anemia infantil.
A anemia é uma condição na qual o sangue não possui glóbulos vermelhos saudáveis em quantidade suficiente.
Essas células são responsáveis por transportar oxigênio para todo o corpo com a ajuda de uma proteína chamada hemoglobina. Quando a produção de hemoglobina é baixa, os tecidos e órgãos recebem menos oxigênio, comprometendo seu funcionamento.
Em crianças, a causa mais frequente é a deficiência de nutrientes essenciais, principalmente o ferro. Essa condição é conhecida como anemia ferropriva e pode ocorrer por uma dieta pobre no mineral ou por fases de crescimento acelerado, nas quais a demanda do corpo aumenta.
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Os sintomas de anemia em crianças podem ser sutis no início, mas tendem a se intensificar conforme a deficiência de ferro aumenta. É importante observar um conjunto de alterações no comportamento e na aparência da criança.
A palidez é talvez o sinal mais conhecido, é um dos sinais mais comuns de anemia grave em crianças pequenas. A pele pode parecer mais clara que o habitual, especialmente no rosto. Outros locais importantes para observar essa alteração são as mucosas, como a parte interna das pálpebras e as gengivas, além das palmas das mãos e do leito ungueal (a pele sob as unhas).
Além disso, unhas e cabelos podem se tornar mais fracos e quebradiços. O desejo de consumir itens não alimentares, como terra, argila ou gelo (comportamento conhecido como pica), é um sintoma que pode indicar deficiência grave de ferro em crianças pequenas e deve motivar uma avaliação médica.
A falta de oxigênio nos tecidos afeta diretamente a disposição. Uma criança com anemia pode apresentar:
Um truque antigo, mas que tem fundamento, é observar a conjuntiva palpebral. Ao puxar suavemente a pálpebra inferior para baixo, a mucosa interna deve ter uma cor vermelho-viva.
Em crianças com anemia, essa área tende a ficar rosa-pálido ou esbranquiçada, sendo um forte indicativo da condição que precisa de avaliação médica.
Em casos mais avançados, os sintomas podem se agravar. Falta de ar durante esforços leves, tontura, dor de cabeça e aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia) são sinais de alerta. Se notar algum desses sintomas, procure atendimento médico imediatamente.
O ferro desempenha um papel crucial no desenvolvimento do cérebro. A deficiência de ferro em bebês, mesmo que leve, pode prejudicar o desenvolvimento psicomotor e mental, afetando negativamente o comportamento socioemocional.
Essa falta de ferro, além de causar problemas no sangue, está ligada ao comprometimento do desenvolvimento cognitivo, motor e emocional de bebês e crianças. Mesmo antes de a anemia se manifestar completamente, a deficiência crônica de ferro em crianças pode prejudicar o desenvolvimento psicomotor e intelectual, e esses danos podem se tornar permanentes.
A condição também compromete o crescimento e enfraquece o sistema imunológico. Assim, a criança anêmica fica mais suscetível a infecções recorrentes, criando um ciclo vicioso de debilidade e doença.
A suspeita de anemia nunca deve ser tratada apenas com base nos sintomas. A confirmação depende de uma avaliação clínica completa feita por um pediatra, que irá investigar o histórico de saúde e os hábitos alimentares da criança.
O diagnóstico definitivo é realizado por meio de um exame de sangue simples, o hemograma completo. Ele mede os níveis de hemoglobina e avalia o tamanho e a cor dos glóbulos vermelhos, fornecendo informações precisas sobre a presença e a gravidade da anemia.
Confirmada a anemia, o pediatra indicará o tratamento adequado, que geralmente envolve a correção da causa base. Na anemia ferropriva, o tratamento inclui ajustes na dieta e, na maioria das vezes, a suplementação de ferro por via oral.
É fundamental seguir rigorosamente a orientação profissional, pois a dosagem e o tempo de tratamento variam para cada caso. A automedicação é perigosa e pode trazer riscos à saúde da criança.
A prevenção é a melhor estratégia e começa com uma alimentação balanceada e rica em ferro. Existem dois tipos de ferro nos alimentos: o ferro heme, de origem animal e melhor absorvido pelo corpo, e o ferro não-heme, de origem vegetal.
Para otimizar a absorção do ferro não-heme, é recomendado consumi-lo junto a uma fonte de vitamina C. Veja alguns exemplos:
Monitorar os sinais de saúde do seu filho e manter uma rotina de consultas pediátricas regulares são as melhores formas de garantir um crescimento saudável e detectar qualquer alteração precocemente.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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