Revisado em: 27/11/2025
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A vesícula inflamada causa dor intensa no lado direito do abdômen

A vesícula biliar é um pequeno órgão em formato de pera. Fica localizado logo abaixo do fígado, no lado direito superior do abdômen. A sua função é atuar como um reservatório, armazenando bile, um líquido digestivo produzido pelo fígado.
Quando o órgão passa por algum processo inflamatório, a condição é denominada colecistite, popularmente chamada de vesícula inflamada.
Na maioria dos casos, essa inflamação é desencadeada pela obstrução do duto cístico (canal de saída da vesícula) por um cálculo biliar (pedra na vesícula). A condição não pode ser ignorada.
O diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para evitar complicações graves: infecções generalizadas e perfuração da vesícula biliar.
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A vesícula biliar faz parte do sistema digestivo e é responsável por armazenar a bile. O fígado produz a bile, que se desloca pelos ductos biliares até a vesícula. Ela é um líquido espesso, amarelo-esverdeado, que auxilia na digestão. Principalmente de alimentos ricos em gordura.
O fluxo da bile pode ir diretamente do fígado para o intestino, por isso quando a remoção da vesícula é feita o corpo se adapta a nova anatomia. É possível viver sem a vesícula biliar. Quando ela está saudável, se esvazia de forma eficiente após as refeições.
Mas quando há presença de cálculos biliares ou outros fatores que comprometem a sua função, ocorre o acúmulo de bile, que leva à inflamação do órgão.
A inflamação na vesícula, também chamada de colecistite, tem a presença de cálculos biliares (colelitíase) como a sua principal causa. Os cálculos são aglomerados sólidos tipo pedras, que se formam dentro da vesícula.
Quando um deles se move e bloqueia a saída da bile, ela fica retida. Essa retenção aumenta a pressão interna, causando irritação e inflamação da parede do órgão. Existem
alguns fatores de risco para a formação desses aglomerados sólidos, são eles:
Existe uma outra forma menos comum e mais grave do problema, a colecistite alitiásica. Ela ocorre sem a presença de cálculos.
Sendo mais frequente em pacientes em pós-operatório de cirurgias de grande porte, com queimaduras graves e infecções na corrente sanguínea (sepse). Também atinge indivíduos que estão em jejum prolongado ou recebendo alimentação intravenosa.
Os sintomas da vesícula inflamada costumam ser intensos e não devem ser ignorados. É comum que se manifestem ou se intensifiquem após a ingestão de refeições gordurosas, pois a vesícula se contrai para liberar a bile.
Uma crise de colecistite geralmente se inicia com dor abdominal. Ela possui características específicas, como a localização.
Geralmente o paciente relata dor na parte superior direita do abdômen. Sendo ela forte e constante, podendo se tornar insuportável. A sensação dolorosa pode se estender para a parte inferior do ombro direito ou para as costas.
Outros sintomas da vesícula inflamada como náuseas e vômitos também podem estar presentes. Assim como febre e calafrios. A febre costuma aumentar gradualmente e pode estar acompanhada de calafrios.
A área do abdômen acima da vesícula biliar fica muito sensível ao toque (sinal de Murphy positivo). Em pessoas mais velhas os sintomas podem ser vagos ou inespecíficos, sendo representados pela falta de apetite, cansaço, fraqueza ou apenas vômito. A febre pode estar ausente.
O que diferencia um quadro agudo do crônico é a intensidade e duração dos sintomas. A colecistite aguda é caracterizada por um início súbito e dor mais intensa e duradoura. A sensação pode persistir por horas ou alguns dias.
A sua apresentação aguda é resultado de uma obstrução completa e repentina dos ductos biliares. Já a colecistite crônica causa episódios repetidos de inflamação aguda, muitas vezes leves. Ela é causada pela obstrução temporária dos ductos.
Os sintomas da vesícula inflamada nesses casos são menos frequentes e intensos, sendo caracterizados por crises recorrentes de dor, a denominada cólica biliar. A dor é menos intensa e não dura tanto quanto a aguda. Há períodos de alívio.
A inflamação persistente resulta em cicatrizes e espessamento da parede da vesícula. Além de poder causar a vesícula de porcelana, quando ela fica endurecida em decorrência do depósito de cálcio.
O diagnóstico é estabelecido por meio da avaliação clínica dos sintomas da vesícula inflamada, do exame físico e dos exames complementares. A presença do sinal de Murphy positivo é um forte indicativo de colecistite.
Para detectar os cálculos biliares, o exame de escolha é a ultrassonografia abdominal. Ela também pode identificar sinais de inflamação aguda, como o espessamento da parede da vesícula, distensão e líquido ao redor do órgão.
A sensibilidade na região da vesícula durante o exame também pode ser um achado. Se existe a suspeita de que o cálculo tenha atingido o canal colédoco, a tomografia e a ressonância podem ser solicitadas. O canal colédoco é responsável por transportar a bile para o intestino.
Exames de sangue como hemograma completo e proteína C-reativa são utilizados para verificar a contagem de glóbulos brancos (leucocitose) e outros marcadores inflamatórios.
O diagnóstico definitivo da colecistite aguda costuma ser feito com base nos Critérios de Tóquio. Eles combinam sinais de inflamação local, sinais sistêmicos e achados nos exames de imagem.
Ao suspeitar dos sintomas da vesícula inflamada, é preciso procurar atendimento médico de emergência. A colecistite aguda requer internação hospitalar para que seja realizado o tratamento adequado.
O tratamento inicial envolve a hidratação intravenosa e controle da dor com analgésicos, como anti-inflamatórios não esteroides ou opioides. Bem como jejum e administração de antibióticos por via intravenosa para prevenir ou tratar infecções secundárias.
A cirurgia para a remoção da vesícula biliar é o tratamento definitivo para o problema e para a cólica biliar. A recomendação é de que seja feita nas primeiras 24 a 72 horas após o diagnóstico definitivo, em pessoas com baixo risco cirúrgico.
Em pacientes com alto risco cirúrgico devido a outras doenças graves, a cirurgia pode ser adiada até que o quadro clínico se estabilize. A colecistostomia percutânea, a drenagem da vesícula, é uma alternativa temporária ao procedimento cirúrgico.
O processo inflamatório da cirurgia é uma condição séria e deve ser tratada como tal. Caso não tenha o tratamento adequado pode evoluir para complicações graves e com risco de vida.
Uma das possíveis complicações é a gangrena e necrose. A inflamação severa e a falta de fluxo sanguíneo podem levar à morte do tecido da vesícula biliar.
A necrose pode ocasionar um rompimento na parede do órgão, liberando bile e bactérias na cavidade abdominal. Esse extravasamento resulta em uma infecção grave chamada peritonite.
O indivíduo pode desenvolver uma infecção generalizada que pode ser fatal, a sepse. A pancreatite biliar também é um risco provável. Ela ocorre quando o cálculo biliar migra para o ducto pancreático, resultando numa obstrução e causando a inflamação do pâncreas.
Pode haver também, a formação de bolsas de pus na vesícula biliar (abcessos) e icterícia. O amarelamento dos olhos e da pele ocorre se o cálculo bloqueia o duto biliar comum. O que provoca o acúmulo de bile no fígado.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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