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Sinais de apendicite: quais são as características e quando buscar médico 

Saiba identificar os sintomas clássicos da inflamação do apêndice e entenda a importância de um diagnóstico rápido.

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Começa com um desconforto vago no meio da barriga, que você talvez confunda com gases ou algo que comeu. Em poucas horas, essa dor muda de lugar, se intensifica e se instala firmemente no lado direito do seu abdômen. Essa migração da dor é um dos roteiros mais clássicos da apendicite, uma condição que exige atenção imediata.

A apendicite é a inflamação do apêndice, um pequeno órgão em formato de tubo que se projeta do intestino grosso. Quando obstruído, ele inflama e pode se romper, causando uma infecção grave. Por isso, reconhecer os sinais é o primeiro passo para um tratamento seguro e eficaz.

A retirada do apêndice muitas vezes é necessária quando há inflamação. Ela pode ser realizada por um cirurgião geral. 

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Quais são os principais sinais de apendicite?

O quadro clínico da apendicite pode variar, mas um conjunto de sintomas é frequentemente observado por equipes médicas. Eles geralmente aparecem de forma progressiva.

A dor abdominal característica

O sintoma mais comum e revelador é a dor abdominal. Ela costuma seguir um padrão específico:

  • Início: a dor geralmente surge na região periumbilical, ou seja, ao redor do umbigo. É uma dor difusa e de intensidade moderada.
  • Migração: o sintoma clássico é essa dor migrar e se localizar, em poucas horas, de forma mais intensa no quadrante inferior direito do abdômen.
  • Piora: a dor se torna aguda, constante e piora com qualquer movimento, como tossir, espirrar, caminhar ou até mesmo ao passar por uma lombada dentro de um carro.

Náuseas, vômitos e perda de apetite

Logo após o início da dor, é comum que o paciente sinta náuseas e perca completamente o apetite. Vômitos também podem ocorrer, mas geralmente não são numerosos. A sequência "dor primeiro, vômito depois" é um indicativo importante para o diagnóstico.

Febre baixa e mal-estar geral

A inflamação do apêndice desencadeia uma resposta do sistema imunológico. Isso frequentemente resulta em febre baixa, com temperaturas corporais entre 37,5°C e 38,3°C. Um sentimento geral de mal-estar, semelhante ao de uma virose, também é comum.

Outros sintomas relevantes

Além dos sinais mais clássicos, outros sintomas podem estar presentes, como inchaço abdominal, dificuldade para eliminar gases e alterações no ritmo intestinal, que podem se manifestar como prisão de ventre ou, menos comumente, diarreia.

Como a dor da apendicite costuma evoluir?

A progressão dos sintomas é uma pista diagnóstica valiosa. A apendicite não costuma ser uma dor que vai e volta; ela é contínua e progressiva. O quadro tende a piorar de forma constante ao longo de 24 a 48 horas.

É importante notar que a apendicite pode se manifestar de formas variadas. Embora alguns casos mais leves possam até se resolver naturalmente sem intervenção, o tratamento médico é focado na detecção e tratamento rápidos das formas mais graves, que não se curam sozinhas. 

A doença pode variar desde quadros mais brandos, que às vezes são tratados com antibióticos, até situações complexas com perfuração ou gangrena, que progridem rapidamente e exigem cirurgia de emergência.

Se a dor abdominal for muito intensa e súbita ou se, após um pico de dor, houver um alívio repentino seguido por uma piora do estado geral, isso pode indicar uma complicação grave: o rompimento do apêndice. Esta situação, conhecida como peritonite, é uma emergência cirúrgica.

Os sintomas de apendicite são diferentes em crianças, idosos ou gestantes?

Sim, a apresentação dos sintomas pode ser atípica em alguns grupos, o que torna o diagnóstico mais desafiador. É preciso ter atenção redobrada nesses casos.

  • Crianças pequenas: podem ter dificuldade em localizar a dor, apontando para a barriga de forma geral. 

Nestes casos, febre e vômitos podem ser sintomas proeminentes. Em crianças, marcadores como febre, sensibilidade na parte inferior direita da barriga e uma alta contagem de neutrófilos no sangue são indicativos importantes para identificar apendicite mais grave ou complicada.

  • Idosos: a dor pode ser menos intensa e a sensibilidade abdominal, menos evidente. A febre também pode estar ausente, mesmo em casos avançados.
  • Gestantes: o útero em crescimento pode deslocar o apêndice para cima. Assim, a dor pode ser sentida na parte superior direita do abdômen, confundindo-se com problemas na vesícula biliar.

Quais outras condições podem ser confundidas com apendicite?

Diversas outras doenças podem causar dor no lado direito do abdômen, o que reforça a necessidade de uma avaliação médica para diferenciar os quadros. 

Entre os diagnósticos diferenciais mais comuns estão:

  • Doença inflamatória pélvica
  • Cisto ovariano roto ou torcido
  • Gravidez ectópica
  • Endometriose
  • Infecção urinária ou pedra nos rins
  • Gastroenterite
  • Doença de Crohn

Como é feito o diagnóstico da apendicite?

O diagnóstico é primariamente clínico, baseado na história contada pelo paciente e no exame físico. Exames de imagem e laboratoriais ajudam a confirmar a suspeita.

Exame físico e sinais clássicos

O médico realizará a palpação do abdômen. Um sinal clássico é o de Blumberg positivo: a dor é mais intensa quando o médico descomprime bruscamente a região inferior direita do abdômen. Outros sinais, como o de Rovsing (dor no lado direito ao pressionar o esquerdo), também podem ser pesquisados.

Exames complementares

Para confirmar o diagnóstico e descartar outras condições, podem ser solicitados:

  • Exames de sangue: geralmente mostram um aumento no número de leucócitos, indicando uma infecção.
  • Ultrassonografia de abdômen: ajuda a visualizar o apêndice inflamado, sendo muito útil em crianças e gestantes.
  • Tomografia computadorizada: é o exame com maior acurácia para detectar a apendicite e suas possíveis complicações.

O que fazer ao suspeitar de apendicite?

A apendicite é uma emergência médica. Ao identificar um conjunto de sintomas compatíveis, especialmente a dor que migra para o quadrante inferior direito e piora progressivamente, a orientação é clara: procure um pronto-socorro imediatamente. Buscar atendimento médico sem demora é crucial, pois o atraso no diagnóstico e tratamento pode aumentar significativamente a gravidade da doença e o risco de complicações.

Não consuma alimentos, bebidas ou analgésicos antes da avaliação médica, pois isso pode mascarar os sintomas e interferir no diagnóstico ou no tratamento, que geralmente é a remoção cirúrgica do apêndice (apendicectomia).

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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