07/05/2025
Revisado em: 07/05/2025
Complicação afeta a retina e pode comprometer a visão de forma irreversível
Quando o diabetes não é adequadamente controlado, pode afetar várias funções do corpo. O excesso contínuo de glicose no sangue provoca danos nos vasos sanguíneos da retina, levando à retinopatia diabética, uma complicação que, em casos mais graves, ocasiona perda de visão.
Estima-se que aproximadamente um terço das pessoas com diabetes acima dos 40 anos já apresente sinais desta condição. No Brasil, cerca de sete milhões de pessoas convivem com esse problema ocular.
A retinopatia diabética é uma complicação do diabetes que atinge os vasos sanguíneos da retina, que é a parte do olho responsável por captar as imagens. Quando esses vasinhos sofrem danos, a visão pode ser afetada de forma gradual e, em casos mais graves, levar até à cegueira.
A retinopatia diabética se manifesta de duas formas: não-proliferativa, que é a mais leve, e proliferativa, a mais grave. Na forma não-proliferativa, os vasos sanguíneos da retina ficam estreitos ou obstruídos, causando pequenos sangramentos, geralmente sem sintomas evidentes.
Já na forma proliferativa, os danos são mais avançados e levam à formação de novos vasos anormais e frágeis, que podem romper-se com facilidade, provocando hemorragias, inchaço na retina (edema macular) e até descolamento da retina, o que compromete seriamente a visão.
O diabetes pode afetar gravemente a saúde dos olhos, principalmente ao danificar os pequenos vasos sanguíneos da retina, estrutura responsável por captar as imagens.
Entre as complicações causadas pelo diabetes não controlado estão a retinopatia diabética, que causa sangramentos e pode levar à perda de visão e o edema macular, que provoca visão embaçada devido ao acúmulo de líquido na mácula, que é a região central da retina responsável pela visão nítida, detalhada e pela percepção de cores.
Além disso, o diabetes aumenta o risco de catarata precoce e glaucoma, doenças que também comprometem a visão. Por isso, é fundamental que pessoas com diabetes façam exames oftalmológicos regulares, mesmo sem sintomas, para identificar e tratar precocemente qualquer alteração ocular.
Na fase inicial, a retinopatia diabética geralmente não apresenta sintomas. Com o avanço da doença, no entanto, podem surgir sinais como visão borrada, percepção de flashes luminosos, presença de manchas escuras ou áreas distorcidas no campo visual. Em estágios mais graves, ocorre perda parcial ou total da visão.
O diagnóstico da retinopatia diabética é feito por um oftalmologista por meio de uma avaliação detalhada dos olhos. Durante a consulta, são analisados aspectos como a acuidade visual, a pressão intraocular e estruturas como a córnea, a íris e o cristalino.
O principal exame para identificar alterações na retina é o fundo de olho, que permite observar diretamente a presença de sangramentos, inchaço e problemas na circulação local.
Em alguns casos, exames de imagem, como a angiografia e a tomografia de coerência óptica costumam ser solicitados para auxiliar na definição do melhor tratamento.
Os fatores de risco para retinopatia diabética englobam a duração do diabetes, pois o risco aumenta conforme o tempo de convivência com a doença.
O descontrole nos níveis de glicose no sangue também é um fator crítico, pois o excesso de açúcar danifica os vasos sanguíneos da retina. Outros fatores como hipertensão, níveis elevados de colesterol, tabagismo e gravidez em mulheres com diabetes também pioram o quadro.
Controlar a glicemia é essencial para prevenir ou retardar o surgimento da retinopatia diabética. Quando os níveis de glicose estão altos, eles afetam os vasos da retina, aumentando o risco de perda de visão. Portanto, manter a glicemia sob controle reduz as complicações oculares e outras relacionadas ao diabetes.
Inicialmente, é essencial controlar o diabetes e tratar problemas relacionados, como pressão alta e colesterol alto, que pioram a retinopatia diabética.
No tratamento oftalmológico, a abordagem depende da gravidade da condição. Em casos mais leves, pode-se usar medicamentos, como colírios ou injeções no olho, para evitar o crescimento de novos vasos sanguíneos e diminuir o inchaço da retina.
Quando há vasos sanguíneos anormais, o tratamento com laser (chamado fotocoagulação) pode ser feito para "selá-los". Se a retina se desprender, a cirurgia é necessária para remover o sangue acumulado e recolocar a retina no lugar.
Prevenção com acompanhamento oftalmológico
A prevenção da retinopatia diabética é fundamental para evitar danos graves à visão. O acompanhamento oftalmológico regular é a melhor forma de detectar alterações nos olhos desde os estágios iniciais, mesmo sem sintomas aparentes. Isso é especialmente importante para pessoas com diabetes, pois a doença costuma afetar a visão de maneira silenciosa.
Exames como o fundo de olho ajudam o oftalmologista a identificar problemas na retina antes que se tornem graves, possibilitando um tratamento mais eficaz e rápido. O acompanhamento contínuo também permite monitorar a evolução da doença e ajustar o tratamento conforme necessário.
Quando a glicose no sangue permanece alta por muito tempo - o que acontece no diabetes sem o devido controle -, ela prejudica os vasos sanguíneos e os nervos, afetando várias partes do corpo e podendo causar complicações como a retinopatia diabética, que prejudica a visão, a neuropatia, que causa dor e perda de sensibilidade nos nervos e doenças do coração e problemas nos rins.
Ter o diabetes sob controle também melhora o dia a dia, diminuindo sintomas como cansaço, sede excessiva e dificuldade de concentração, o que evita problemas graves no futuro e aumenta a qualidade de vida.
Na retinopatia diabética, o excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos da retina, que é a parte do olho responsável por captar a luz e enviar as imagens ao cérebro. Isso pode causar estreitamento, rompimento e vazamento de fluido, formando manchas escuras na visão. Com o tempo, novos vasos frágeis surgem, levando a sangramentos e inchaços. Em casos graves, a retina se desprende, ocasionando perda de visão se não for tratada a tempo.
A retinopatia diabética não pode ser totalmente revertida, mas tende a ser controlada e estabilizada com o tratamento adequado. O controle rigoroso da glicose no sangue é essencial para evitar o agravamento da doença. Tratamentos como injeções no olho e fotocoagulação a laser ajudam a prevenir o crescimento de vasos sanguíneos anormais e a reduzir o risco de sangramentos. Em casos graves, a cirurgia pode ser necessária. Além disso, o acompanhamento oftalmológico regular e o controle da pressão arterial e colesterol são fundamentais para prevenir complicações.
Uma pessoa com retinopatia diabética apresenta diversos problemas de visão, que tendem a variar, principalmente nos estágios iniciais. Conforme a condição avança, esses problemas envolvem visão embaçada ou distorcida, moscas volantes (pontos escuros ou linhas que parecem flutuar no campo visual), cores apagadas, áreas escuras ou vazias no campo visual, e dificuldade para enxergar à noite. Também pode ocorrer perda de visão de forma gradual ou súbita. Nos estágios mais avançados, a perda de visão é tão significativa que dificulta atividades como ler, dirigir e reconhecer rostos.
Nos estágios iniciais, a retinopatia diabética costuma evoluir de forma silenciosa, sem sintomas evidentes. Algumas pessoas percebem sinais leves, como visão turva, manchas escuras ou moscas volantes, mas essas alterações visuais também estão relacionadas a outras condições oculares. Alterações nos vasos sanguíneos da retina, como microaneurismas, geralmente só são identificadas por um oftalmologista durante um exame detalhado. Por isso, é fundamental que pessoas com diabetes realizem exames oftalmológicos para permitir a detecção precoce da doença, evitando a sua progressão.
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