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Entenda as principais classes de medicamentos para a saúde prostática, seus mecanismos de ação e a importância do diagnóstico médico.

A cena se repete: mais uma noite de sono interrompida por uma vontade urgente de ir ao banheiro. Ao chegar lá, o jato urinário sai fraco, demorado e com a sensação de que a bexiga não esvaziou por completo.
Esses sinais, comuns em homens acima dos 50 anos, frequentemente estão ligados a uma condição: a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), ou simplesmente, a próstata aumentada.
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino localizada logo abaixo da bexiga, envolvendo a uretra, o canal que transporta a urina. Com o envelhecimento, é comum que a próstata aumente de tamanho. Este crescimento, na maioria dos casos, não está relacionado ao câncer e por isso é chamado de benigno.
Urologistas são os especialistas mais indicados para entender o quadro e realizar o tratamento de acordo com o seu caso. A Rede Américas conta com um corpo clínico especializado e de renome.
Contudo, ao crescer, a próstata comprime a uretra. Essa compressão dificulta a passagem da urina, gerando os sintomas urinários característicos, como jato fraco, necessidade de urinar com frequência e a sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. É para gerenciar esses sintomas que os medicamentos entram em cena.
O tratamento medicamentoso para a HPB não visa a cura, mas sim o controle dos sintomas e a melhora da qualidade de vida. As abordagens variam conforme a necessidade do paciente e podem ser divididas em algumas categorias principais.
Os alfabloqueadores atuam relaxando a musculatura lisa da próstata e do colo da bexiga. Essa ação alivia a pressão sobre a uretra, facilitando o fluxo de urina. Por agirem diretamente nos músculos, seus efeitos costumam ser percebidos rapidamente, em questão de dias ou poucas semanas.
É importante notar que, embora aliviem os sintomas urinários, esses medicamentos geralmente não diminuem o volume da glândula prostática. Além disso, alguns pacientes podem experimentar efeitos colaterais como tontura.
Alguns dos princípios ativos mais utilizados nesta classe são:
Diferentemente dos alfabloqueadores, esta classe de medicamentos age na causa hormonal do crescimento prostático. Eles bloqueiam a ação da enzima 5-alfa redutase, que converte a testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), o hormônio responsável por estimular o aumento da glândula.
Ao reduzir os níveis de di-hidrotestosterona (DHT) e testosterona, esses medicamentos são eficazes em diminuir o tamanho da próstata. O efeito, no entanto, é mais lento, podendo levar de três a seis meses para ser notado.
Contudo, o uso de inibidores da 5-alfa redutase pode estar associado a efeitos adversos, como a impotência sexual, um ponto importante a ser discutido com o médico.
Os principais medicamentos são:
Originalmente conhecidos pelo tratamento da disfunção erétil, alguns medicamentos desta classe, como a tadalafila em doses diárias baixas, também se mostraram eficazes para aliviar os sintomas da HPB.
Seu mecanismo envolve o relaxamento da musculatura da bexiga e da próstata, melhorando o fluxo urinário.
Em alguns casos, especialmente em próstatas muito grandes com sintomas intensos, o urologista pode prescrever a combinação de um alfabloqueador com um inibidor da 5-alfa redutase. Essa abordagem une o alívio rápido do primeiro com a redução do volume da próstata a longo prazo, oferecida pelo segundo.
Não há uma resposta única para essa pergunta. O melhor remédio é aquele indicado para o seu caso específico.
A escolha do tratamento ideal depende de uma avaliação médica detalhada, que levará em conta fatores como:
Portanto, a consulta com um urologista é indispensável para um diagnóstico preciso e a definição da terapia mais segura e eficaz para você.
É importante reconhecer que os medicamentos convencionais, como alfabloqueadores e inibidores da 5-alfa redutase, podem falhar para alguns homens com HPB. Essa falha pode estar ligada ao fato de que esses remédios não bloqueiam a ação de certas substâncias, como as prostaglandinas, que causam a contração muscular.
A ativação da via das prostaglandinas em pacientes que não respondem à terapia médica para HPB e sintomas do trato urinário inferior tem sido observada em estudos.
A pesquisa científica está constantemente buscando novas opções de tratamento para a HPB. Pesquisas recentes indicam que a metformina, um medicamento conhecido para diabetes, mostra-se promissora no tratamento da próstata aumentada. Ela atua reequilibrando os hormônios sexuais e freando o crescimento das células da próstata.
Outro campo de estudo explora o potencial do ácido ursólico, que pode ser um tratamento futuro para o aumento da próstata. Essa substância age ao causar a morte das células que a aumentam e ao frear sua multiplicação, abrindo portas para novas alternativas terapêuticas.
É comum encontrar na internet menções a tratamentos naturais, como extrato de saw palmetto, sementes de abóbora ou licopeno (presente no tomate). Embora populares, a maioria dos remédios caseiros e suplementos não possui comprovação científica robusta que valide sua eficácia de forma consistente, segundo as principais diretrizes médicas.
Alguns estudos limitados sugerem benefícios, mas os resultados são inconclusivos. Substituir um tratamento médico validado por uma alternativa sem eficácia comprovada pode levar à piora dos sintomas e a complicações. Sempre converse com seu médico antes de iniciar o uso de qualquer suplemento.
Qualquer sintoma urinário que interfira na sua qualidade de vida deve ser avaliado. Não ignore os sinais.
Procure um especialista se você apresentar:
A avaliação médica é crucial não apenas para tratar a HPB, mas também para descartar outras condições mais graves, como o câncer de próstata.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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