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Quem tem H. pylori pode tomar leite? Saiba quais alimentos você deve evitar

Entenda como o leite e seus derivados interagem com o tratamento da bactéria e saiba fazer as escolhas certas para sua dieta.

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Você recebe o diagnóstico de Helicobacter pylori e, junto com a prescrição de medicamentos, surge uma dúvida comum na cozinha: e agora, o que posso comer? O copo de leite do café da manhã, por exemplo, vira um ponto de interrogação. Essa é uma preocupação válida, pois a alimentação desempenha um papel importante no manejo dos sintomas.

A bactéria H. pylori possui uma estratégia de sobrevivência notável no ambiente ácido do estômago. Ela produz uma enzima chamada urease, que consegue quebrar a ureia em amônia. Esse processo neutraliza o ácido gástrico ao redor da bactéria, elevando o pH e permitindo sua sobrevivência.

O leite realmente faz mal para quem trata H. pylori?

Não há uma proibição absoluta do consumo de leite durante o tratamento da H. pylori. A recomendação varia conforme a tolerância de cada pessoa e, principalmente, o tipo de leite consumido. O principal ponto de atenção está no teor de gordura.

Alimentos gordurosos tendem a permanecer mais tempo no estômago, o que pode estimular a produção de suco gástrico. Para quem já tem a mucosa gástrica inflamada pela bactéria, esse excesso de acidez pode intensificar sintomas como azia, queimação e dor abdominal. Por essa razão, o leite integral, mais rico em gordura, pode ser problemático para algumas pessoas.

Contudo, alguns estudos trazem uma perspectiva mais complexa sobre o consumo de leite. Em um programa nutricional, por exemplo, crianças infectadas com H. pylori que beberam 150 ml de leite integral diariamente por 90 dias apresentaram uma redução significativa em indicadores de inflamação e disfunção intestinal. Isso sugere que, em certos contextos e com orientação, o leite pode oferecer benefícios.

Além disso, em alguns casos, a inflamação gástrica pode afetar temporariamente a produção de lactase, a enzima que digere a lactose. Isso pode levar a uma intolerância secundária, causando gases, inchaço e diarreia após o consumo de laticínios. Assim, se você notar esses sintomas, é importante relatar ao seu médico.

Um especialista em nutrologia pode acompanhá-lo no tratamento. Agende a sua consulta.

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Quais tipos de leite e laticínios são mais indicados?

A escolha correta pode permitir que você continue consumindo laticínios sem agravar o quadro. A moderação é sempre a chave. Veja as opções mais recomendadas:

Tipo de Laticínio

Recomendação

Observação

 

Leite Desnatado

Preferencial

Possui baixo teor de gordura, o que reduz o estímulo à produção de ácido gástrico. É a opção mais segura.

Leite Semidesnatado

Com moderação

Pode ser uma alternativa se bem tolerado, mas a versão desnatada ainda é a mais indicada na fase aguda dos sintomas.

Leite Sem Lactose

Condicional

Indicado apenas se houver suspeita ou diagnóstico de intolerância à lactose. Escolha as versões desnatadas ou semidesnatadas.

Iogurte Natural Desnatado

Recomendado

Fonte de probióticos, que podem ajudar a equilibrar a flora intestinal, especialmente durante o uso de antibióticos. O consumo de probióticos, como os encontrados em iogurtes (Lactobacillus spp.), pode ser particularmente benéfico durante o tratamento com antibióticos, pois pode aumentar a taxa de erradicação da bactéria H. pylori e diminuir efeitos colaterais comuns, como a diarreia.

Queijos Brancos e Magros

Com moderação

Queijos como cottage, ricota e minas frescal light são opções com menos gordura em comparação aos queijos amarelos e processados.

Além disso, alguns componentes derivados do leite, como a Lactoferrina Bovina, quando combinados com antibióticos, podem aumentar significativamente a taxa de sucesso no tratamento e erradicação da bactéria H. pylori. Essa substância é um exemplo de como certos elementos do leite podem ter um papel terapêutico.

E o café com leite, está liberado?

Essa é outra dúvida frequente. O problema aqui geralmente não é o leite em si, mas o café. A cafeína é uma substância que estimula a secreção ácida no estômago, podendo irritar a mucosa gástrica e piorar os sintomas da gastrite causada pela H. pylori.

Durante a fase mais crítica do tratamento, muitos profissionais recomendam evitar ou reduzir drasticamente o consumo de café. Se você não abre mão da bebida, opte por uma quantidade muito pequena e use leite desnatado, sempre observando como seu corpo reage.

Quais alimentos devem ser evitados durante o tratamento?

Para proteger seu estômago e facilitar a recuperação, é aconselhável evitar alimentos que possam irritar a mucosa gástrica. A lista geralmente inclui:

  • Bebidas: refrigerantes, sucos cítricos (laranja, limão, abacaxi), café e chás com cafeína (preto, mate).
  • Alimentos gordurosos: frituras, carnes gordas, embutidos (linguiça, bacon, salame) e queijos amarelos.
  • Condimentos e temperos: pimenta, molhos industrializados (ketchup, mostarda), caldos prontos e temperos muito fortes.
  • Doces e industrializados: chocolates, biscoitos recheados e alimentos ultraprocessados em geral.
  • Bebidas alcoólicas: o álcool agride diretamente a parede do estômago e deve ser completamente evitado.

O que incluir na dieta para ajudar no tratamento da H. pylori?

Uma dieta equilibrada pode fortalecer seu organismo e até mesmo auxiliar na eficácia do tratamento. Priorize alimentos de fácil digestão e com propriedades anti-inflamatórias.

  1. Vegetais cozidos: legumes como chuchu, abobrinha e batata são suaves para o estômago. Brócolis e couve-flor também são benéficos por seus compostos.
  2. Frutas não ácidas: É importante ressaltar que a baixa ingestão de frutas tem sido associada a um risco maior de desenvolver câncer gástrico em pessoas infectadas pela H. pylori. Por isso, incluir uma variedade de frutas na dieta é uma medida preventiva valiosa. Opte por mamão, banana, maçã e pera, que são geralmente bem toleradas. Frutas vermelhas, como morango e mirtilo, também são ricas em antioxidantes.
  3. Proteínas magras: frango sem pele, peixes e ovos, preparados de forma grelhada, cozida ou assada.
  4. Gorduras boas: azeite de oliva extravirgem e abacate podem ser consumidos com moderação.
  5. Probióticos: iogurtes naturais desnatados e kefir podem ajudar a repor as bactérias benéficas no intestino.

Manter-se bem hidratado, bebendo bastante água ao longo do dia, também é essencial para a saúde digestiva. O tratamento para a H. pylori é um processo que envolve medicação e cuidados com a alimentação. Seguir as orientações médicas é o caminho mais seguro para a sua completa recuperação.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Bibliografia

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