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Reversão de laqueadura é difícil e aumenta o risco de gravidez ectópica
“Quem faz laqueadura pode engravidar”? A resposta mais rápida e objetiva é sim. Mas embora a resposta seja simples, o processo para reverter uma laqueadura não é fácil. A depender do processo pela qual ela seja realizada, pode ser irreversível, e nesses casos não é possível que a mulher volte a engravidar.
A laqueadura é uma cirurgia que pode ser realizada por diversos métodos como a laparotomia ou cirurgia videolaparoscópica. Ela bloqueia as tubas uterinas impedindo a fecundação.
Esse bloqueio pode ser feito com um grampo, um anel ou por eletrocoagulação, e podem haver complicações raras como reação alérgica ao anestésico e infecção e sangramento no local da incisão.
O Ministério da Saúde considera a laqueadura tubária como uma esterilização definitiva em mulheres. O bloqueio realizado nas tubas uterinas impede que os espermatozoides encontrem o óvulo que foi depositado ali pelo ovário durante aquele ciclo menstrual.
Para ficar mais claro é preciso entender um pouco melhor sobre como o óvulo chega nas tubas.
O sistema reprodutor feminino é formado por duas tubas uterinas (trompas de falópio), por dois ovários, um útero e uma vagina. As trompas ligam os ovários ao útero, e a cada ciclo menstrual os ovários liberam um óvulo em direção a elas para ser fecundado pelos espermatozoides.
A esterelização impede que os espermatozoides alcancem o óvulo, e, consequentemente, que haja a fecundação e a gestação. Esse procedimento pode ser realizado por mulheres a partir dos 21 anos ou que tenham dois filhos vivos.
Caso a gestação ofereça risco de vida para o feto ou para mãe, ou ainda para a saúde da mulher, então a laqueadura tubária é indicada.
Quando se fala em saúde reprodutiva, existem diversos métodos contraceptivos disponíveis como o DIU, os anticoncepcionais injetáveis mensais e trimestrais, pílulas anticoncepcionais, diafragma e os preservativos femininos e masculinos.
A laqueadura é mais um desses métodos e possui uma taxa de falha de 0,41%. Dessa maneira, a probabilidade de engravidar após o procedimento é baixíssima. Isso se deve a forma como ela é realizada, já que obstrui as trompas de falópio.
Os tipos de barreira podem ser:
A interrupção na passagem da tuba pode ser feita por cirurgias como a laparotomia e a cirurgia videolaparoscópica, sendo essa última considerada padrão-ouro, pois a recuperação é mais rápida, de 10 a 15 dias e a cicatriz fica esteticamente mais apresentável. Além disso, o risco de complicação é menor.
Mesmo pequeno, existe um risco de complicação ao realizar a laqueadura, como: infecção e sangramento no local da incisão, infecção ou sangramento intra-abdominal, lesão de órgãos pélvicos ou abdominais, reação alérgica ao anestésico ou embolia pulmonar (bloqueio de uma veia ou artéria do pulmão por um coágulo).
A laqueadura, embora chamada de esterilização definitiva na mulher, é reversível. Quem faz a laqueadura pode engravidar, mas isso depende da quantidade de tuba uterina que não sofreu alteração. Sendo assim, a gravidez após a cirurgia depende diretamente da saúde e funcionalidade das tubas uterinas.
Ainda assim, a probabilidade de engravidar é baixa, a gravidez pode ser arriscada e o acesso a essa reversão é difícil, não sendo possível para a maioria das mulheres. De acordo com estudo publicado (Glowm, 2014), o tipo de barreira com maior potencial de ser revertido é a salpingectomia parcial, sendo ela realizada com a técnica Pomeroy.
O maior risco da reversão da laqueadura é o seu insucesso, ou seja, pode não ser algo possível de acontecer a depender da quantidade de tuba obstruída.
Mesmo que o procedimento de reversão seja bem sucedido, a possibilidade de engravidar pode ser baixa ou inexistente. Ou ainda, pode resultar numa gravidez ectópica. Esse tipo de gravidez ocorre fora do útero, sendo mais comum que o óvulo fertilizado pelo espermatozoide seja implantado nas tubas uterinas em cerca de 95% dos casos.
A gravidez ectópica é caracterizada por sintomas como dor abdominal ou pélvica, sangramento vaginal anormal e dor no ombro. As manifestações podem ocorrer entre a 4º e 12º semana de gestação. Sendo assim, se a mulher realizar a reversão da esterilização e começar a sentir um desconforto pélvico persistente, deve procurar uma avaliação médica.
Embora a laqueadura seja considerada um método de esterilização definitiva, a realidade é que quem faz laqueadura pode engravidar, mas essa possibilidade é rara e depende de fatores específicos, como a extensão da obstrução das trompas e a técnica utilizada no procedimento.
A reversão da laqueadura, quando possível, envolve cirurgias complexas, apresenta risco de insucesso e aumenta a chance de complicações, incluindo a gravidez ectópica.
A laqueadura deve ser encarada como uma decisão permanente, indicada apenas após avaliação criteriosa da saúde da mulher, de seus planos reprodutivos e dos riscos envolvidos. Para aquelas que consideram a reversão no futuro, é essencial compreender que a probabilidade de engravidar novamente é limitada, e que o acompanhamento médico especializado é indispensável para garantir segurança e orientação adequada.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
SCHMIDT, E. O.; DIEDRICH, J. T.; EISENBERG, D. L. Surgical Procedures for Tubal Sterilization. In: GLOWM. Global Library of Women's Medicine, set. 2014. Disponível em: https://www.glowm.com/section-view/heading/Surgical%20Procedures%20for%20Tubal%20Sterilization/item/399. Acesso em: 29 set. 2025.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Idade para realização de laqueadura e vasectomia passa de 25 para 21 anos. Brasília, DF, 3 mar. 2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/marco/idade-para-realizacao-de-laqueadura-e-vasectomia-passa-de-25-para-21-anos-de-idade#:~:text=A%20partir%20de%20agora%2C%20a,que%20era%20obrigat%C3%B3rio%20at%C3%A9%20ent%C3%A3o. Acesso em: 29 set. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde sexual e saúde reprodutiva. 1. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_sexual_saude_reprodutiva.pdf. Acesso em: 29 set. 2025.
SAÚDE AMÉRICAS. Gravidez ectópica: sintomas iniciais, sinais e diagnóstico. [S. l.], 19 set. 2025. Disponível em: https://www.saudeamericas.com.br/post/gravidez-ectopica-sintomas-iniciais/. Acesso em: 29 set. 2025.
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