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Quem é considerado cardiopata? Veja os tipos, os cuidados e os tratamentos

O termo abrange diversas condições que afetam o coração, desde anomalias congênitas até problemas adquiridos ao longo da vida.

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O termo "cardiopata" pode surgir em uma conversa familiar, no resultado de um exame ou em uma consulta médica, gerando dúvidas e preocupação. Entender o que essa palavra realmente significa é o primeiro passo para cuidar da saúde do coração e buscar o tratamento adequado.

O que define um cardiopata?

Uma pessoa é considerada cardiopata quando apresenta qualquer doença que compromete a estrutura ou o funcionamento do coração. Não se trata de uma única condição, mas de um termo abrangente que engloba diversos problemas. Entre eles, estão a doença cardíaca coronariana, a insuficiência cardíaca, o infarto do miocárdio e a fibrilação atrial.

Essa definição também inclui condições congênitas (de nascença) e adquiridas, como febre reumática, cardiomiopatia ou hipertensão pulmonar. Pessoas com anomalias elétricas no coração ou doenças estruturais, como as que causam insuficiência cardíaca congestiva, são igualmente consideradas cardiopatas.

  • o músculo cardíaco (miocárdio): responsável pelo bombeamento do sangue;
  • as válvulas cardíacas: que controlam o fluxo sanguíneo dentro do coração;
  • os vasos sanguíneos (artérias e veias): que irrigam o próprio coração e transportam o sangue para o corpo;
  • o sistema elétrico: que coordena os batimentos cardíacos.

Assim, um cardiopata é alguém cujo coração não funciona perfeitamente devido a uma patologia específica. A gravidade e o impacto na vida diária variam enormemente dependendo do tipo e do estágio da doença.

Cardiologistas são os especialistas que podem ajudá-lo no diagnóstico e tratamento. A Rede Américas conta com profissionais renomados em vários hospitais do Brasil.

Quais são os principais tipos de cardiopatia?

As doenças cardíacas são classificadas com base em sua origem e na parte do coração que afetam. Conhecer os tipos mais comuns ajuda a compreender a diversidade de condições que definem um cardiopata.

Cardiopatia congênita

Refere-se a malformações na estrutura do coração presentes desde o nascimento. Estas condições são um dos tipos de doenças cardíacas que classificam uma pessoa como cardiopata. 

Podem ser defeitos nas paredes que separam as câmaras cardíacas, problemas nas válvulas ou anomalias nos grandes vasos sanguíneos. Algumas são diagnosticadas ainda na gestação, enquanto outras se manifestam apenas na vida adulta.

Cardiopatia isquêmica

É causada pela redução do fluxo de sangue para o músculo cardíaco, geralmente devido ao acúmulo de placas de gordura nas artérias coronárias (aterosclerose). Esta é uma forma de doença cardíaca coronariana. 

A angina (dor no peito) e o infarto agudo do miocárdio são as manifestações mais conhecidas da cardiopatia isquêmica. Além disso, a insuficiência cardíaca congestiva pode ter origem em uma cardiomiopatia de tipo isquêmico.

Cardiopatia hipertensiva

Resulta dos danos causados pela pressão arterial elevada e não controlada ao longo do tempo. As doenças hipertensivas são uma das condições frequentemente diagnosticadas em cardiopatas. 

A hipertensão força o coração a trabalhar mais para bombear o sangue, o que pode levar ao espessamento do músculo cardíaco (hipertrofia) e, eventualmente, à insuficiência cardíaca. A cardiomiopatia de origem hipertensiva é uma causa comum de insuficiência cardíaca congestiva.

Valvopatias (doenças das válvulas)

Ocorrem quando uma ou mais das quatro válvulas cardíacas não funcionam corretamente. As doenças valvulares estão entre as condições diagnosticadas em cardiopatas. 

Elas podem não se abrir o suficiente (estenose) ou não se fechar completamente (insuficiência ou regurgitação), dificultando o fluxo sanguíneo adequado. A origem valvular também pode ser uma causa de cardiomiopatia.

Miocardiopatias (doenças do músculo cardíaco)

Afetam diretamente o miocárdio, o músculo cardíaco, alterando sua capacidade de contração. As miocardiopatias são uma categoria de doenças cardíacas que podem levar à insuficiência cardíaca congestiva. 

Existem vários tipos, como a dilatada, a hipertrófica e a restritiva. Suas causas podem ser diversas, incluindo origens isquêmicas, idiopáticas, hipertensivas, da doença de Chagas e valvulares.

Arritmias cardíacas

São alterações no ritmo dos batimentos cardíacos, que podem ser muito rápidos (taquicardia), muito lentos (bradicardia) ou irregulares. Estas são consideradas anomalias elétricas ou estruturais do coração. 

A fibrilação atrial é um exemplo comum de arritmia cardíaca. Embora nem toda arritmia indique uma cardiopatia grave, algumas podem ser perigosas e exigir tratamento específico.

Quais sintomas podem indicar uma cardiopatia?

Os sinais de uma doença cardíaca podem ser muito variados e, por vezes, sutis. É fundamental estar atento a sintomas que persistem ou se agravam, especialmente se houver fatores de risco associados, como histórico familiar, diabetes, tabagismo ou obesidade.

Os principais alertas incluem:

  • dor ou desconforto no peito, que pode irradiar para braços, costas ou pescoço;
  • falta de ar, mesmo em repouso ou durante atividades leves;
  • cansaço excessivo e desproporcional ao esforço realizado;
  • palpitações ou sensação de coração acelerado ou "falhando";
  • tontura, vertigem ou desmaios;
  • inchaço (edema) nos tornozelos, pés e pernas.

A presença de um ou mais desses sintomas não confirma um diagnóstico, mas indica a necessidade de uma avaliação médica detalhada.

Como é feito o diagnóstico de uma doença cardíaca?

O diagnóstico de uma cardiopatia começa com uma consulta médica, na qual o cardiologista avalia o histórico clínico, os sintomas e os fatores de risco do paciente. Em seguida, o exame físico permite identificar sinais como sopros cardíacos ou alterações na pressão arterial.

Para confirmar a suspeita e identificar o tipo e a gravidade da doença, o diagnóstico envolve exames complementares. Estes exames são cruciais para a identificação precisa das condições cardíacas.

  • eletrocardiograma (ECG);
  • ecocardiograma;
  • teste de esforço (ergométrico);
  • holter 24 horas;
  • cintilografia miocárdica;
  • cateterismo cardíaco.

Qual a diferença entre cardiopatia e cardiopatia grave?

Enquanto "cardiopatia" é um termo amplo, "cardiopatia grave" é uma classificação usada para descrever quadros clínicos nos quais a função do coração está severamente comprometida. A condição é definida por uma perda significativa da capacidade funcional do paciente, limitando suas atividades diárias e representando um risco elevado à sua vida.

Essa classificação é frequentemente utilizada em contextos legais. Condições como insuficiência cardíaca avançada, arritmias complexas e cardiopatias isquêmicas graves podem se enquadrar nesta categoria, mas a avaliação depende de laudos médicos detalhados.

Ser cardiopata tem cura?

A resposta depende do tipo de cardiopatia. Algumas condições, como certas arritmias ou defeitos congênitos, podem ser corrigidas com procedimentos cirúrgicos ou intervenções, levando à cura. No entanto, a maioria das cardiopatias, como as de origem isquêmica ou hipertensiva, são crônicas.

Nesses casos, o foco do tratamento não é a cura, mas o controle da doença. Com o manejo adequado, é possível estabilizar o quadro, prevenir complicações, aliviar os sintomas e garantir uma boa qualidade de vida ao paciente.

Como viver bem sendo cardiopata?

Receber o diagnóstico de uma cardiopatia exige uma mudança de hábitos e um compromisso com a saúde. A adesão ao tratamento e a adoção de um estilo de vida saudável são essenciais para controlar a progressão da doença.

Medidas importantes incluem:

  • acompanhamento médico regular: realizar consultas e exames periódicos conforme a orientação do cardiologista.
  • uso correto de medicamentos: seguir rigorosamente as prescrições médicas para controlar a pressão, o colesterol, o ritmo cardíaco ou outras condições.
  • alimentação equilibrada: priorizar uma dieta com baixo teor de sal, gorduras saturadas e açúcar, rica em frutas, vegetais e grãos integrais.
  • prática de atividade física: realizar exercícios de forma regular e sempre com supervisão e liberação médica.
  • controle de outros fatores de risco: parar de fumar, moderar o consumo de álcool e gerenciar o estresse.

Viver com uma cardiopatia é um desafio, mas com o suporte médico adequado e o engajamento do paciente, é totalmente possível manter uma vida ativa e plena.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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