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Quanto tempo dura uma sessão de quimioterapia? Entenda detalhes essenciais

Saiba quanto tempo dura uma sessão de quimioterapia e entenda os fatores que influenciam esse processo.

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Se você ou alguém próximo está iniciando o tratamento oncológico, entender como funciona uma sessão de quimioterapia traz clareza e reduz a ansiedade. Uma dúvida frequente é sobre a duração efetiva de cada aplicação. 

Conforme explicam especialistas do Instituto Oncoguia, existem várias nuances que definem o tempo de permanência na sala de tratamento. Neste artigo, respondemos detalhadamente quanto dura uma sessão de quimioterapia, os fatores envolvidos e o que esperar durante o processo, utilizando informações atualizadas para seu melhor entendimento.

Qual é o tempo médio de uma sessão?

A duração de uma sessão de quimioterapia varia significativamente, sendo influenciada por múltiplos fatores. Geralmente, segundo o Hospital de Amor, o período pode variar entre 30 minutos e 6 horas. Essa variação expressiva ocorre porque:

Padrões e duração segundo protocolos frequentes

Tipo de aplicação

Tempo médio

Frequência comum

 

Quimioterapia intravenosa (IV) simples

30-60 minutos

Semanal ou quinzenal

Protocolos combinados (multiagentes)

2-4 horas

A cada 21-28 dias

Infusões contínuas de longo prazo

4-6 horas

Segundo radioterapia localizar

Protocolos orais

Minutos (autoaplicável)

Diária

Fatores que influenciam na duração da sessão

1. Tipo de medicamento utilizado

Certas terapias como a bleomicina exigem menos de 30 minutos enquanto outros como o paclitaxel podem precisar de 3 horas de infusão devido a protocolos específicos de diluição e velocidade de aplicação. A ação metabólica dos fármacos varia e afeta diretamente o tempo necessário.

2. Objetivo terapêutico do protocolo

Cada tratamento tem sua estratégia conforme o câncer:

  • Neoadjuvante (antes da cirurgia): sessões mais concentradas e curtas, geralmente 1-2 horas.
  • Adjuvante (pós-cirurgia): programação mais espaçada, com sessões de aproximadamente 2-3 horas a cada 3 semanas.
  • Paliativas: intensidade e tempo variáveis conforme resposta clínica.

3. Irritabilidade vascular e agentes de proteção

Um importante estudo publicado na Proceedings of the Human Factors and Ergonomics Society (2024) salienta que várias medidas de proteção multiplicam o tempo de aplicação. Os especialistas demonstram que cateteres especiais e momentos de observação podem acrescentar 30-45 minutos.

O conceito de ciclo: quanto dura o tratamento todo?

Entender o "ciclo" esclarece por que existem intervalos precisos, especialmente os de 21 dias tão comuns em tratamentos como para câncer de mama ou próstata:

  1. Dias ativos: período de administração da medicação de 1 a 5 dias.
  2. Intervalo de recuperação: período médio de 2-3 semanas para restabelecer células saudáveis.
  3. Avaliação de parâmetros: antes de cada novo ciclo, exames determinam se condições hematológicas permitem continuidade.

Estudos da Oncologia Clínica apontam que o intervalo padrão de 21 dias proporciona o equilíbrio ideal entre eliminação cancerosa e menor chance de toxicidade sistêmica, uma vez que permite a replicação intermitente de células não oncogênicas.

O que esperar durante a sessão de aplicação?

Cada experiência varia, mas alguns aspectos quase universais:

  • Confecção de acesso venoso: instalação da agulha ou cateter pode levar 10-20 minutos.
  • Hidratação prévia: em certos protocolos, requer 30 minutos extras.
  • Infusão escalonada: se múltiplos fármacos são combinados, cada um tem regras próprias de administração que são respeitadas—o que aumenta o tempo total.
  • Observação pós-infusão: pode envolver até 1 hora de monitoramento farmacocinético.

Relação com efeitos colaterais: tempo e resposta

Conforme dado relevante fornecido pelo A.C. Camargo, administrações muito rápidas podem incrementar os efeitos danosos ao organismo. Por isso, existem protocolos com horários diferenciados dependendo da medicação. Por exemplo:

  • Medicamentos como a doxorrubicina precisam de um gotejo lento para prevenir cardiotoxidades.
  • Aplicar a platina de modo inadequado pode aumentar risco de neurotoxidade danificando nervos periféricos.

Dúvidas frequentes acerca da duração da quimioterapia

Por que alguns ciclos de tratamento têm pausa de exatamente 21 dias?

Como explicado em pareceres do Oncocentro Oncologia, esse intervalo otimiza a danificação das células malignas enquanto minimiza a toxicidade concatenada. Fisiologicamente corresponde ao período para reconstrução ótima de células de crescimento rápido, como as hematopoiéticas atacadas pelos quimioterápicos.

É normal variar o tempo nas sessões de mesmo paciente?

Perfeitamente dentro do previsto. Alguns medicamentos podem diminuir a função renal alterando a eliminação corpórea de certos agentes. Além disso, mudanças no peso corporal podem demandar recálculo de dosagem. Ambos os casos implicam dilatada modificação sobretudo em casos de terapias orientadas pela função metabólica precisas.

Se cada paciente é único, o mesmo aplica-se ao seu tratamento. Seja um protocolo de apenas 20 minutos ou uma sessão de 6 horas mais reposição líquida, nunca subestime a capacidade da medicina especializada em adaptar-se à sua condição.

Este conteúdo não substitui avaliação profissional. Em caso de dúvidas, procure um especialista.

 

Bibliografia

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Quimioterapia. Brasília: INCA, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/acesso-a-informacao/perguntas-frequentes/quimioterapia. Acesso em: 25 jul. 2025.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Quimioterapia. Brasília: INCA, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tratamento/quimioterapia. Acesso em: 25 jul. 2025.

BRASIL. Ministério da Saúde. Tratamento. In: Câncer. Brasília: Ministério da Saúde, [2025]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/cancer/tratamento. Acesso em: 25 jul. 2025.

Wang, M., Fok, M., Kim, J., Izaac, V., Hornburg, C. B., Scarpa, A., Jeon, M., & Kim, S. (2024). Exploring Neurodiverse Collaboration Between Autistic and Non-autistic Adults in an Online Setting: A Pilot Study. Proceedings of the Human Factors and Ergonomics Society Annual Meeting68(1), 611-612. https://doi.org/10.1177/10711813241260310 (Original work published 2024)

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