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Quando a febre do bebê é motivo para ir ao hospital?

Alguns sinais indicam que a febre do bebê não deve esperar. Veja quando é preciso buscar ajuda médica sem demora.

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A febre em bebês é um sinal de alerta que sempre exige atenção dos pais e cuidadores. Embora seja uma resposta natural do corpo a infecções, em certas situações, pode indicar um quadro mais grave que necessita de avaliação médica urgente em um pronto-socorro ou hospital. A decisão de buscar ajuda profissional deve considerar a idade do bebê, a altura da temperatura e, crucialmente, a presença de outros sintomas.

A idade do bebê e a temperatura corporal

A idade do lactente é um fator determinante na gravidade da febre e na necessidade de atendimento hospitalar. Quanto mais novo o bebê, maior a preocupação.

  • Bebês com menos de 3 meses: Qualquer febre em um recém-nascido ou lactente com menos de 3 meses (temperatura retal igual ou superior a 38°C) é considerada uma emergência médica. O sistema imunológico deles ainda é imaturo, e uma infecção pode progredir rapidamente para um quadro grave. Nesses casos, o atendimento deve ser imediato, sem hesitação.
  • Bebês de 3 a 6 meses: Se a temperatura atingir 38,5°C ou mais, é fundamental procurar o pediatra. Embora possa não ser uma emergência imediata como nos recém-nascidos, a avaliação profissional é crucial para descartar condições sérias, especialmente se a febre persistir ou o bebê apresentar outros sinais de mal-estar.
  • Bebês acima de 6 meses: Febres de até 39°C podem, por vezes, ser manejadas em casa com as orientações médicas e observação atenta. No entanto, temperaturas superiores a 39°C, ou qualquer febre acompanhada de sintomas preocupantes, justificam uma visita ao hospital.

Sinais de alerta que exigem ida ao hospital

A temperatura por si só nem sempre conta a história completa. O comportamento do bebê e a presença de sintomas adicionais são indicadores vitais de que a febre pode ser um sinal de algo mais grave. Preste atenção aos seguintes sinais, independentemente da temperatura:

  • Letargia ou irritabilidade extrema: O bebê está muito "molinho", sonolento em excesso, difícil de acordar, ou, ao contrário, chora de forma inconsolável e não se acalma.
  • Dificuldade respiratória: Respiração muito rápida, ruidosa, com chiado, retração das costelas (quando a pele entre as costelas afunda ao respirar) ou batimento das asas do nariz.
  • Alterações na pele: Erupções cutâneas, manchas roxas que não desaparecem ao serem pressionadas, pele muito pálida ou azulada.
  • Sinais de desidratação: Boca seca, poucas ou nenhuma lágrima ao chorar, afundamento da moleira (fontanela), olhos encovados, diminuição significativa da quantidade de fraldas molhadas.
  • Vômitos persistentes ou diarreia intensa: Especialmente se dificultarem a hidratação e a administração de medicamentos.
  • Convulsão febril: Embora as convulsões febris sejam comuns em algumas crianças e geralmente inofensivas, a primeira ocorrência ou convulsões prolongadas requerem avaliação médica imediata.
  • Rigidez na nuca: O bebê não consegue dobrar o pescoço para a frente ou parece sentir dor ao fazê-lo.
  • Febre que não cede: A febre não diminui após a administração de medicamentos antitérmicos ou persiste por mais de 24 a 72 horas (dependendo da idade).
  • Sintomas associados a doenças graves: Dor intensa em alguma parte do corpo (orelha, garganta), inchaço nas articulações ou qualquer outro sinal que cause grande preocupação aos pais.

Além disso, se o bebê tiver alguma condição de saúde crônica, estiver realizando tratamento com medicamentos que afetam o sistema imunológico, ou se a febre surgir após uma cirurgia recente, vacinação ou contato com alguma doença infecciosa grave, a vigilância deve ser redobrada e o contato médico é imprescindível.

Em suma, confie sempre no seu instinto parental. Se você estiver genuinamente preocupado com a condição do seu bebê, não hesite em procurar atendimento médico de emergência. É sempre melhor pecar pela cautela quando se trata da saúde de uma criança pequena.

Perguntas frequentes

Quantos graus de febre é perigoso em bebês?

A temperatura que indica perigo na febre de um bebê varia significativamente com a idade e os sintomas associados. É crucial entender que a febre em bebês, especialmente nos muito jovens, requer atenção médica imediata.

  • Em bebês menores de 3 meses: Qualquer temperatura retal igual ou superior a 38°C é considerada uma emergência médica. Nesses casos, o contato imediato com o pediatra ou a busca por atendimento de emergência é indispensável, pois pode sinalizar uma infecção grave.
  • Em bebês de 3 a 6 meses: Uma temperatura de 38,5°C ou mais, ou febre de qualquer intensidade que persista por mais de 24 horas, ou que esteja acompanhada de outros sintomas preocupantes, deve ser avaliada por um profissional de saúde.
  • Em bebês acima de 6 meses: Geralmente, febres até 39°C podem ser manejadas em casa com as orientações do pediatra. Contudo, se a febre ultrapassar 39,5-40°C, não ceder com medicação antitérmica, ou se o bebê apresentar sinais de alerta (como letargia, dificuldade para respirar, manchas na pele, choro persistente, desidratação ou convulsões febris), a consulta médica é urgente.

Vale reforçar que a prostração ou irritabilidade excessiva do bebê, independentemente do nível da febre, são sinais importantes para buscar auxílio profissional. Fique atento a qualquer mudança no comportamento habitual da criança.

Como baixar a febre do bebê após a vacina?

A febre após a vacinação é uma reação comum e esperada do sistema imunológico, indicando que o corpo do bebê está desenvolvendo proteção. Geralmente, é um quadro leve e passageiro. Para aliviar o desconforto e ajudar a baixar a febre, algumas medidas podem ser tomadas:

  • Hidratação Adequada: Ofereça líquidos com frequência ao bebê. Para os que são amamentados, o leite materno continua sendo a melhor opção. Para os que usam fórmula ou já ingerem água, mantenha a oferta constante em pequenas quantidades.
  • Roupas Leves e Ambiente Arejado: Evite agasalhar demais o bebê. Opte por roupas leves e mantenha o ambiente ventilado. Isso facilita a dissipação do calor corporal, contribuindo para a redução da temperatura.
  • Banhos Mornos: Um banho com água morna (ligeiramente abaixo da temperatura corporal do bebê, cerca de 36-37°C) pode proporcionar conforto e ajudar a baixar a temperatura. É importante evitar banhos com água fria ou gelada, pois podem causar tremores e, paradoxalmente, elevar a temperatura interna.
  • Compressas Morna: Aplique panos úmidos com água morna na testa, axilas e virilhas do bebê. Jamais utilize álcool para as compressas, pois ele pode ser absorvido pela pele sensível do bebê, causando intoxicação.
  • Medicação Antitérmica: O uso de medicamentos como paracetamol ou ibuprofeno (este último, para bebês acima de 6 meses) deve ser feito estritamente sob orientação e prescrição do pediatra. A dose e o intervalo entre as doses são cruciais para a segurança e eficácia. Não administre medicamentos preventivamente antes da vacina, a menos que seja especificamente recomendado pelo médico.

É fundamental observar atentamente o comportamento do bebê após a vacinação. Se a febre for muito alta, persistir por mais de 24-48 horas ou se surgirem outros sintomas preocupantes (como choro inconsolável, recusa alimentar, manchas na pele ou dificuldade respiratória), procure o pediatra imediatamente. Ele poderá avaliar a situação e indicar o melhor tratamento.

 

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