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Quando a cirurgia bariátrica é indicada e quais são as novas regras médicas

Entenda os critérios de IMC, comorbidades e outras avaliações médicas essenciais para a recomendação do procedimento, incluindo as atualizações mais recentes.

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Você já tentou diversas dietas, rotinas de exercícios e tratamentos, mas a balança e, principalmente, a sua saúde ainda não mostram os resultados esperados. Se essa situação parece familiar, é possível que a cirurgia bariátrica já tenha sido mencionada como uma alternativa. Contudo, essa não é uma decisão simples nem uma solução universal.

O procedimento, também conhecido como cirurgia de redução do estômago, é uma ferramenta poderosa no tratamento da obesidade grave e de doenças associadas. De fato, a cirurgia bariátrica é reconhecida como o tratamento mais eficaz para casos de obesidade severa e complexa. 

Ela é fundamental no combate a doenças graves associadas, como diabetes, problemas cardiovasculares e certos tipos de câncer. Sua indicação segue critérios médicos rigorosos, estabelecidos por órgãos como o Conselho Federal de Medicina (CFM) para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.

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Quais são os principais critérios para a indicação da cirurgia bariátrica?

A elegibilidade para a cirurgia bariátrica não se baseia apenas no peso de uma pessoa. Ela envolve uma análise complexa que considera o grau de obesidade, o impacto na saúde geral e o histórico de tratamentos. Os três pilares dessa indicação são o IMC, a presença de comorbidades e a falha de tratamentos anteriores.

O cálculo do índice de massa corporal (IMC)

O Índice de Massa Corporal é a principal métrica utilizada para avaliar a elegibilidade. Ele é calculado dividindo-se o peso (em quilos) pela altura ao quadrado (em metros).

Conforme as diretrizes médicas, uma das principais indicações para a cirurgia bariátrica é ter um IMC igual ou superior a 35 kg/m². Também é indicada para IMC acima de 30 kg/m² na presença de comorbidades associadas à obesidade. 

As diretrizes atuais, baseadas em resoluções do CFM, estabelecem duas faixas principais:

  • IMC igual ou superior a 40 kg/m²: pacientes nesta faixa, classificada como obesidade grau III (ou mórbida), têm indicação para a cirurgia, independentemente da presença de outras doenças.
  • IMC entre 35 e 39,9 kg/m²: para este grupo (obesidade grau II), a cirurgia pode ser indicada na presença de comorbidades, ou seja, doenças agravadas ou causadas pela obesidade. 

As diretrizes médicas mais recentes apontam que a cirurgia bariátrica pode ser considerada para pacientes nesta faixa de IMC, mesmo que não apresentem outras doenças associadas, após uma avaliação cuidadosa de uma equipe multidisciplinar.

A tabela abaixo ajuda a visualizar a classificação da obesidade segundo a OMS:

Classificação

IMC (kg/m²)

 

Normal

18,5 - 24,9

Sobrepeso

25,0 - 29,9

Obesidade Grau I

30,0 - 34,9

Obesidade Grau II

35,0 - 39,9

Obesidade Grau III

≥ 40,0

A presença de comorbidades associadas à obesidade

Para pacientes com IMC entre 35 e 39,9 kg/m², a presença de doenças associadas é um fator decisivo. A cirurgia, nesse caso, passa a ser também metabólica, visando não apenas a perda de peso, mas o controle dessas condições.

A cirurgia bariátrica demonstra uma forte associação com a resolução ou melhora significativa do diabetes tipo 2. Este benefício pode ser observado até mesmo em pacientes adultos com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 e 35 kg/m². 

Algumas das principais comorbidades consideradas são:

  • diabetes tipo 2;
  • hipertensão arterial sistêmica (pressão alta);
  • apneia do sono;
  • doença do refluxo gastroesofágico;
  • doenças cardiovasculares;
  • esteatose hepática (gordura no fígado);
  • dislipidemia (colesterol e/ou triglicerídeos altos);
  • doenças articulares degenerativas.

A falha do tratamento clínico conservador

A cirurgia bariátrica não é a primeira opção de tratamento. Um critério fundamental é que o paciente tenha se submetido a tratamentos clínicos para emagrecimento por, no mínimo, dois anos sem obter sucesso ou com recidiva do peso. 

Esses tratamentos devem ser supervisionados por profissionais e incluir acompanhamento nutricional, prática de atividade física e, quando indicado, uso de medicamentos.

Existem novas regras ou exceções para a indicação?

O Conselho Federal de Medicina atualizou as diretrizes, ampliando as possibilidades de indicação. 

Uma mudança importante é a inclusão de pacientes com IMC entre 30 e 34,9 kg/m² (obesidade grau I), desde que sejam portadores de diabetes tipo 2 de difícil controle e sem resposta ao tratamento clínico convencional. Essa indicação é mais específica e exige uma avaliação criteriosa do endocrinologista.

Para pacientes com obesidade de grau I e diabetes tipo 2, a cirurgia bariátrica demonstra uma forte associação com a resolução da doença. Seus benefícios são notáveis, mesmo em indivíduos com IMC entre 30 e 35 kg/m². Pode ser considerada quando a condição não melhora adequadamente com o uso de medicamentos orais e insulina.

Além disso, a idade também é um fator. O procedimento é geralmente indicado para pessoas entre 18 e 65 anos. Contudo, adolescentes a partir de 16 anos podem ser operados em casos especiais, após avaliação e consentimento da família e da equipe multidisciplinar.

Quem não pode fazer a cirurgia bariátrica?

A cirurgia é contraindicada em algumas situações que aumentam os riscos ou comprometem os resultados a longo prazo. 

As principais contraindicações incluem:

  • transtornos psiquiátricos não controlados, como psicose ou depressão grave;
  • dependência de álcool ou drogas ilícitas;
  • doenças graves que aumentam o risco cirúrgico de forma proibitiva;
  • dificuldade de compreensão ou incapacidade de aderir às mudanças de estilo de vida necessárias no pós-operatório.

Como é o processo de avaliação para a cirurgia?

A decisão de operar nunca é tomada por um único profissional. É obrigatória a avaliação por uma equipe multidisciplinar para garantir que o paciente esteja preparado física e psicologicamente para o procedimento e para a vida após a cirurgia.

Avaliação cirúrgica e endocrinológica

O cirurgião avalia a saúde geral e discute os tipos de procedimento. O endocrinologista investiga as causas secundárias da obesidade e verifica o estado de saúde metabólica do paciente.

Avaliação nutricional

O nutricionista analisa os hábitos alimentares e prepara o paciente para a dieta que deverá seguir antes e depois da cirurgia, que é fundamental para o sucesso do tratamento.

Avaliação psicológica

O psicólogo ou psiquiatra avalia a saúde mental, as expectativas do paciente em relação à cirurgia e sua capacidade de adaptação às profundas mudanças de vida que ocorrerão.

Quais os tipos de cirurgia bariátrica mais comuns?

Existem diferentes técnicas cirúrgicas, sendo as duas mais realizadas no Brasil a gastrectomia vertical (sleeve) e o bypass gástrico. A escolha do método depende do perfil de cada paciente e é discutida em conjunto com a equipe médica.

  • Bypass Gástrico: cria uma pequena bolsa no estômago e desvia parte do intestino, reduzindo a quantidade de alimento ingerido e a absorção de calorias.
  • Gastrectomia Vertical (Sleeve): remove cerca de 80% do estômago, transformando-o em um tubo fino. A restrição é puramente de volume, sem desvio intestinal.

Decidir pela cirurgia bariátrica é um passo significativo. Portanto, é essencial estar bem informado sobre os critérios e conversar abertamente com uma equipe médica qualificada para entender se este é o caminho mais adequado para sua saúde e bem-estar.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Bibliografia 

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