15/08/2025
Revisado em: 15/08/2025
O tratamento para o câncer de pele oferece altas taxas de cura; saiba quais são as principais opções e em que casos são indicadas.
Após a ansiedade da suspeita e a confirmação do diagnóstico por meio da biópsia, surge a pergunta mais importante: "e agora, qual o tratamento para o câncer de pele?". O que se segue, na maioria das vezes, é uma jornada com altas perspectivas de cura, pois as abordagens terapêuticas são muito bem estabelecidas.
O caminho é individualizado, e o dermatologista definirá a melhor estratégia com base no tipo de tumor e em suas características.
O câncer de pele não é uma doença única, na realidade, ele é dividido em dois grandes grupos: o não melanoma e o melanoma, que têm comportamentos e prognósticos muito diferentes.
O tipo não melanoma é, de longe, o mais frequente no Brasil e no mundo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), ele corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Este grupo inclui principalmente dois tipos:
O melanoma é outro tipo de câncer de pele que exige muito mais atenção. Embora seja o tipo mais raro, representando menos de 5% dos casos de tumores de pele, ele é o mais perigoso devido ao seu alto potencial de metástase.
Esse tipo de câncer de pele tem origem nos melanócitos, que são as células que produzem o pigmento da pele, e sua gravidade reforça a importância de entender qual a diferença de câncer maligno e benigno.
A confirmação definitiva do diagnóstico vem da análise do tecido no microscópio, um exame chamado de histopatológico. O seu laudo informa o tipo exato de câncer e detalha dados como a profundidade de invasão do tumor na pele. Com base nessas informações, o médico consegue definir o tratamento mais adequado para cada caso.
Ambas são ferramentas importantes no arsenal terapêutico contra o câncer de pele, mas utilizadas em cenários muito específicos, geralmente quando a cirurgia não é a melhor ou a única opção.
No caso da radioterapia, são utilizados feixes de radiação de alta energia para destruir as células cancerígenas em uma área localizada.
Ela pode ser uma excelente opção de tratamento principal para pacientes que, por questões de saúde, não podem passar por um procedimento cirúrgico, ou para tumores localizados em áreas de difícil abordagem, como a pálpebra ou a ponta do nariz.
A radioterapia também atua como tratamento adjuvante. Nesse caso, o tratamento é feito após a cirurgia, quando a análise da biópsia revela que o tumor era muito agressivo ou que havia risco das células terem ficado para trás. A aplicação de radiação na área operada ajuda a reduzir as chances de a doença retornar.
A quimioterapia para o câncer de pele pode ser de dois tipos completamente diferentes: tópica ou sistêmica. A quimioterapia tópica é um tratamento local, apresentado em forma de creme que provoca uma reação inflamatória intensa que destrói as células doentes.
Em lesões pré-cancerosas, como as queratoses actínicas, ou para carcinomas basocelulares muito superficiais, a quimioterapia é indicada.
Já as terapias sistêmicas são reservadas para os casos de melanoma em estágio avançado, quando a doença se espalhou para outros órgãos. Hoje, a quimioterapia intravenosa tradicional é menos utilizada como primeira linha.
Os tratamentos mais modernos para o melanoma metastático são a imunoterapia (que estimula o próprio sistema de defesa do paciente a atacar o tumor) e a terapia-alvo (com medicamentos que atacam mutações específicas presentes nas células do câncer).
As perspectivas são muito animadoras, especialmente com o diagnóstico precoce. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), os carcinomas basocelular e espinocelular, quando detectados e tratados em sua fase inicial, apresentam taxas de cura superiores a 95%.
Para o melanoma, a detecção precoce é decisiva. De acordo com o INCA, quando diagnosticado em estágio inicial, com o tumor ainda localizado e fino, as chances de cura também são muito altas, ultrapassando os 90%.
O conhecimento sobre os tratamentos para o câncer de pele é poderoso porque revela um cenário de altas chances de cura. Essa perspectiva otimista, porém, depende diretamente da detecção precoce.
Mais do que se preocupar com cada nova pinta, o objetivo é transformar a informação em uma atitude de cuidado: realize o autoexame da sua pele e não hesite em procurar um especialista ao notar qualquer mudança.
Referências Bibliográficas:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA (SBD). Tipos de Câncer da Pele. Rio de Janeiro: SBD, [s. d.]. Disponível em: https://www.sbd.org.br/doencas/cancer-da-pele/. Acesso em: 30 jul. 2025.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA). Câncer de Pele Melanoma. Rio de Janeiro: INCA, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/pele-melanoma. Acesso em: 30 jul. 2025.
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