Resuma este artigo com IA:
Conhecer os profissionais certos é o primeiro passo para diagnosticar e controlar essa condição crônica que afeta principalmente mulheres
A cena é familiar para muitas mulheres: uma sensação de peso e dor nas pernas, um acúmulo de gordura nos quadris e coxas que parece desproporcional ao resto do corpo e que simplesmente não responde a dietas ou exercícios.
Se essa descrição soa familiar, você pode estar lidando com o lipedema, e a dúvida principal que surge é: qual médico pode realmente me ajudar? Dentre eles está o cirurgião vascular. Agende a sua avaliação em um hospital da Rede Américas.
O lipedema é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo de gordura que causa dor, além de um aumento na formação de pequenos vasos sanguíneos e inflamação. Pesquisas indicam que tratamentos futuros podem mirar em marcadores moleculares para corrigir a disfunção na microvasculatura do corpo.
O lipedema é uma doença crônica do tecido adiposo que por muito tempo foi confundida com obesidade ou linfedema. Por ser frequentemente confundido, o diagnóstico correto e precoce é essencial para controlar os sintomas e evitar o sofrimento psicossocial das pacientes.
Apenas em 2022 a condição foi oficialmente incluída na Classificação Internacional de Doenças (CID-11) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que ajuda a explicar por que muitos profissionais ainda não estão familiarizados com seu diagnóstico e manejo.
Essa falta de conhecimento generalizado pode levar a uma jornada frustrante para as pacientes, que muitas vezes passam anos sem um diagnóstico correto. Por isso, saber qual é a porta de entrada para o tratamento é fundamental para obter o cuidado adequado e melhorar a qualidade de vida.
O ponto de partida para a investigação do lipedema geralmente se concentra na saúde vascular, pois os sintomas podem se sobrepor a outras doenças circulatórias. Assim, os especialistas mais indicados para o diagnóstico inicial são o angiologista e o cirurgião vascular.
Esses médicos são especialistas no sistema circulatório (artérias, veias e vasos linfáticos). Eles são os mais capacitados para diferenciar o lipedema de outras condições com sintomas semelhantes, como insuficiência venosa crônica e linfedema. A avaliação inicial é a etapa mais importante para um plano de tratamento bem-sucedido.
Durante a consulta, o médico irá realizar um exame físico detalhado, avaliando a distribuição da gordura, a sensibilidade ao toque, a presença de nódulos e a textura da pele.
É importante que este exame seja feito por um profissional com anos de experiência e especialização comprovada na avaliação do lipedema para garantir um diagnóstico preciso. Além disso, a sua história clínica e familiar será cuidadosamente analisada.
O diagnóstico do lipedema é primariamente clínico. Não existe um único exame de sangue ou imagem que confirme a doença. Para evitar erros e garantir o tratamento correto, o diagnóstico exige a consideração de pelo menos cinco características específicas bem estabelecidas.
Isso reforça a necessidade de buscar um profissional de saúde especializado e atualizado sobre a condição. No entanto, o médico pode solicitar exames complementares, como um ultrassom com Doppler vascular, para descartar outras patologias venosas ou linfáticas que possam estar ocorrendo simultaneamente.
Uma vez confirmado o diagnóstico, fica claro que o tratamento do lipedema não depende de um único médico. A abordagem mais eficaz é multidisciplinar, envolvendo uma equipe de profissionais que atuam em diferentes frentes para controlar os sintomas e evitar a progressão da doença. Essa equipe deve incluir médicos para a avaliação inicial e encaminhamentos, além de terapeutas certificados e cirurgiões com experiência na doença.
Para casos mais avançados ou quando o tratamento conservador não é suficiente para aliviar os sintomas, a cirurgia pode ser indicada. O cirurgião plástico especializado em lipedema é o profissional que realiza a lipoaspiração para remover o tecido gorduroso doente.
É importante ressaltar que essa não é uma lipoaspiração estética convencional; são utilizadas técnicas específicas que preservam os vasos linfáticos.
O lipedema tem uma forte conexão com as flutuações hormonais femininas, manifestando-se ou piorando em períodos como puberdade, gravidez e menopausa. O endocrinologista auxilia na investigação e no manejo de desequilíbrios hormonais e de outras condições metabólicas associadas, como a resistência à insulina, que podem agravar o quadro.
A alimentação desempenha um papel central no controle da inflamação crônica característica do lipedema.
Um nutricionista ou médico nutrólogo pode desenvolver um plano alimentar anti-inflamatório personalizado. O objetivo não é apenas a perda de peso (que muitas vezes não afeta a gordura do lipedema), mas sim a redução da inflamação, da dor e do inchaço.
O fisioterapeuta vascular ou linfático é essencial no tratamento conservador. As principais terapias incluem:
A jornada da paciente com lipedema pode ser organizada de forma clara. A tabela abaixo resume o caminho mais comum para o tratamento.
Para otimizar sua consulta com o angiologista ou cirurgião vascular, chegue preparada. Anotar informações e organizar seu histórico pode acelerar o diagnóstico e direcionar o tratamento. Considere levar:
Buscar ajuda especializada é um ato de cuidado. Com o diagnóstico correto e uma equipe multidisciplinar dedicada, é totalmente possível controlar os sintomas do lipedema e recuperar sua qualidade de vida.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
AL-GHADBAN, S. et al. Enhanced angiogenesis in HUVECs preconditioned with media from adipocytes differentiated from lipedema adipose stem cells in vitro. International Journal of Molecular Sciences, [S. l.], v. 24, n. 17, 01 set. 2023. DOI: https://doi.org/10.3390/ijms241713572. Disponível em: https://www.mdpi.com/1422-0067/24/17/13572. Acesso em: 11 dez. 2025.
CHAKRABORTY, A. et al. Indications of peripheral pain, dermal hypersensitivity, and neurogenic inflammation in patients with lipedema. International Journal of Molecular Sciences, [S.l.], v. 23, n. 18, set. 2022. DOI: https://doi.org/10.3390/ijms231810313. Disponível em: https://www.mdpi.com/1422-0067/23/18/10313. Acesso em: 11 dez. 2025.
HERBST, K. L. et al. Standard of care for lipedema in the United States. Phlebology, 28 maio 2021. DOI: https://doi.org/10.1177/02683555211015887. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/02683555211015887. Acesso em: 11 dez. 2025.
KEITH, L. et al. Proposed framework for research case definitions of lipedema. Lymphatic Research and Biology, 17 abr. 2024. DOI: https://doi.org/10.1089/lrb.2023.0062. Disponível em: https://www.liebertpub.com/doi/10.1089/lrb.2023.0062. Acesso em: 11 dez. 2025.
POOJARI, A.; DEV, K.; RABIEE, A. Lipedema: insights into morphology, pathophysiology, and challenges. Biomedicines, [S.l.], v. 10, n. 12, nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.3390/biomedicines10123081. Disponível em: https://www.mdpi.com/2227-9059/10/12/3081. Acesso em: 11 dez. 2025.
POPULARES EM ESPECIALIDADES MÉDICAS
Os conteúdos mais buscados sobre Especialidades médicas
Quer saber qual a duração ideal do sono REM? Entenda essa fase essencial do descanso e veja dicas para melhorar a qualidade das suas noites
Leia mais
Pernas pesadas e gordura que não some? Entenda qual médico trata o lipedema e como funciona a abordagem multidisciplinar para o seu caso
Leia mais
Dificuldade de foco e impulsividade? Saiba qual o papel do neurologista no diagnóstico do TDAH e quando procurar ajuda
Leia mais
Encontre um hospital
