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Embora relacionados, convulsão é um evento único e um sintoma, enquanto epilepsia é uma doença neurológica crônica.

Imagine a cena: durante uma reunião de família, uma pessoa de repente cai no chão, seu corpo se enrijece e começa a ter tremores incontroláveis. O pânico se instala e a primeira palavra que vem à mente de muitos é "epilepsia". No entanto, o que foi presenciado é uma convulsão, que é um sintoma e nem sempre significa a presença da doença.
Compreender a distinção entre esses dois termos é crucial, pois uma convulsão pode ser um episódio único, enquanto a epilepsia é uma condição que exige acompanhamento médico contínuo. A confusão entre eles pode gerar ansiedade e desinformação.
Uma convulsão é um evento neurológico súbito e temporário. Ela ocorre devido a uma descarga elétrica excessiva e desorganizada dos neurônios, as células do cérebro. Pense nisso como um "curto-circuito" cerebral momentâneo.
Essa atividade anormal pode se manifestar de várias formas, mas a mais conhecida é a crise tônico-clônica, que envolve:
Contudo, é importante saber que uma convulsão não é a doença em si, mas sim um sinal de que algo irritou o cérebro. É um sintoma, assim como a febre é um sintoma de uma infecção.
Neurologistas podem acompanhar no diagnóstico e tratamento dessas condições. A Rede Américas possui profissionais renomados no Brasil inteiro.
A epilepsia é uma doença neurológica crônica. Sua principal característica é a predisposição duradoura do cérebro para gerar crises epilépticas recorrentes e não provocadas, incluindo convulsões, de forma repetida. É uma condição definida pela ocorrência de crises convulsivas repetidas e sem causa imediata identificável, o que a diferencia de uma única crise isolada que pode acontecer por diversas razões.
Para que um médico diagnostique a epilepsia, geralmente é necessário que o paciente tenha tido pelo menos duas crises não provocadas, com um intervalo de mais de 24 horas entre elas. "Não provocada" significa que a crise não foi causada por um gatilho temporário e reversível.
A forma mais simples de entender é pensar em frequência e causa. Uma convulsão é o evento; a epilepsia é a condição que causa a repetição desses eventos sem um gatilho externo claro. Uma pessoa pode ter uma única convulsão na vida e nunca ser diagnosticada com epilepsia.
Enquanto uma convulsão é um evento isolado, que pode ser provocado por diversas condições e, muitas vezes, não se repete, a epilepsia é uma doença neurológica crônica. Esta é caracterizada por crises recorrentes, espontâneas e não provocadas, havendo um alto risco de sua repetição. A distinção fundamental é que a convulsão é o episódio, e a epilepsia é a condição subjacente que causa a recorrência desses episódios.
Para facilitar a visualização, veja a tabela abaixo:
Diversos fatores podem irritar o cérebro e provocar uma convulsão isolada. Nestes casos, uma vez que a causa subjacente é tratada ou removida, a pessoa não volta a ter crises. Algumas causas comuns incluem:
Quando alguém apresenta uma crise convulsiva pela primeira vez, a avaliação médica é fundamental. O especialista, geralmente um neurologista, irá investigar o histórico completo do paciente e do evento para determinar a causa.
Exames como o eletroencefalograma (EEG), que registra a atividade elétrica do cérebro, e exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, podem ser solicitados. Eles ajudam a identificar se há alguma anormalidade cerebral que predisponha a novas crises, o que poderia indicar um diagnóstico de epilepsia.
Manter a calma é o primeiro passo. A maioria das crises dura apenas alguns minutos. O objetivo principal é garantir a segurança da pessoa até que ela recupere a consciência.
Após a crise, a pessoa pode ficar sonolenta e confusa. Permaneça com ela até que esteja totalmente desperta e orientada. Chame ajuda médica de emergência se a convulsão durar mais de cinco minutos ou se a pessoa tiver dificuldade para respirar.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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