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Entenda as diferenças entre dermatite de contato, atópica, urticária e outras reações para buscar o diagnóstico e tratamento corretos.

Aquela coceira que surge de repente após usar um creme novo ou a vermelhidão que aparece depois de um passeio no parque podem ser mais do que um simples incômodo. Essas são manifestações comuns de uma alergia na pele, uma condição que afeta milhões de pessoas e gera muitas dúvidas.
A alergia na pele, ou dermatose alérgica, é uma resposta exagerada do sistema de defesa do corpo a uma substância específica. Quando o organismo identifica esse elemento, chamado alérgeno, como uma ameaça, ele libera mediadores inflamatórios, como a histamina, que causam os sintomas cutâneos.
Estudos recentes mostram que a dermatose alérgica é uma categoria comum de doenças de pele, assim como o eczema, que é uma lesão cutânea frequentemente observada em pacientes.
Essa reação pode ser desencadeada por inúmeros fatores, desde produtos químicos em cosméticos e metais de bijuterias até alimentos, medicamentos, picadas de insetos e exposição solar. O importante é saber que a alergia não é contagiosa e seu tratamento depende da identificação correta do tipo e do gatilho.
Clínicos gerais podem orientá-lo na identificação do tipo de alergia e conduzir os primeiros tratamentos. A Rede Américas conta com profissionais renomados atendendo em vários hospitais brasileiros.
As reações alérgicas na pele podem se apresentar de formas muito distintas. Conhecer as características de cada uma ajuda a direcionar a busca por ajuda especializada. Abaixo, detalhamos os tipos mais frequentes.
A dermatite de contato surge quando a pele toca diretamente uma substância que provoca a reação. Existem dois subtipos principais:
A dermatite atópica é uma condição inflamatória crônica e de origem genética. É considerada o tipo mais comum de doença inflamatória crônica da pele, e sua prevalência é notavelmente alta em países desenvolvidos.
Ela se caracteriza por uma pele muito seca e sensível, que reage facilmente a fatores ambientais, manifestando-se com sintomas como vermelhidão, descamação, espessamento da pele e coceira intensa.
A principal causa da dermatite atópica é um defeito na barreira protetora da pele. Esse defeito permite a entrada de alérgenos, desencadeando a resposta inflamatória. É mais comum em bebês e crianças, especialmente nas dobras dos braços e joelhos.
Em adultos, pode afetar também o rosto, pescoço e mãos. Fatores como poeira, ácaros, suor, estresse e certos alimentos podem piorar as crises.
A urticária se manifesta como placas avermelhadas e elevadas na pele, semelhantes a vergões, que coçam intensamente. Uma característica marcante é que as lesões podem mudar de lugar, desaparecendo de uma área e surgindo em outra em questão de horas.
As causas da urticária aguda (duração de até seis semanas) incluem alimentos, medicamentos, infecções e picadas de insetos. Quando os sintomas persistem por mais tempo, a condição é classificada como crônica, e a causa muitas vezes é mais difícil de ser identificada.
Embora muitas pessoas com urticária crônica suspeitem de alergia alimentar, testes rigorosos de provocação oral confirmam que a alergia alimentar é uma causa incomum para essa condição.
Frequentemente associado à urticária, o angioedema é um inchaço que ocorre nas camadas mais profundas da pele. Ele afeta principalmente áreas de tecido mole, como pálpebras, lábios, língua, mãos, pés e genitais. Diferente da urticária, a sensação predominante pode ser de dor ou queimação, em vez de coceira.
O angioedema pode ser perigoso quando atinge a garganta ou a língua, pois há risco de obstrução das vias aéreas. Nesses casos, o atendimento médico de emergência é indispensável.
Muito comum em crianças, o prurigo estrófulo é uma reação alérgica intensa a picadas de insetos, principalmente mosquitos, pernilongos e pulgas. A condição causa o surgimento de pequenas bolhas ou pápulas (elevações sólidas) avermelhadas e muito pruriginosas no local da picada, que podem persistir por dias.
A fotodermatite é uma reação cutânea desencadeada pela exposição à luz solar. Ela pode ser causada pela interação da radiação ultravioleta (UV) com algum medicamento ou produto aplicado na pele. Os sintomas incluem vermelhidão, coceira, bolhas ou placas nas áreas expostas ao sol.
Além dos tipos mais comuns, existem outras reações cutâneas graves que merecem atenção. Por exemplo, a dermatose bolhosa, caracterizada pela formação de bolhas na pele, pode ser desencadeada pelo uso de medicamentos específicos, como o antibiótico Vancomicina.
Embora os sintomas possam ser parecidos, alguns detalhes ajudam na diferenciação. A observação da aparência da lesão, sua localização e o histórico de exposição a possíveis alérgenos são pistas importantes. A tabela abaixo resume as principais diferenças.
Vale reforçar que apenas um profissional de saúde pode confirmar o diagnóstico.
A maioria das alergias de pele é controlável, mas alguns sinais indicam a necessidade de avaliação médica imediata. Procure um serviço de emergência se a reação cutânea for acompanhada de:
Esses podem ser sintomas de anafilaxia, uma reação alérgica grave e potencialmente fatal.
A prevenção é a melhor estratégia. Uma vez identificado o alérgeno causador, a principal medida é evitar o contato com ele. Outras ações incluem manter a pele bem hidratada, especialmente em casos de dermatite atópica, usar produtos de higiene hipoalergênicos e sem perfume, e optar por roupas de algodão.
Consultar um alergista ou dermatologista é o passo mais importante. O profissional poderá realizar testes específicos para identificar os gatilhos e indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir o uso de cremes, anti-histamínicos orais ou outras terapias para controlar os sintomas e melhorar sua qualidade de vida.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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