Resuma este artigo com IA:
Entenda os sinais que indicam uma produção excessiva de hormônios pela tireoide e por que a avaliação médica é fundamental.
Você se sente constantemente ligado na tomada, mesmo sem cafeína? O coração dispara em momentos de calma, as mãos tremem levemente e o calor parece insuportável enquanto todos ao redor estão com frio. Sintomas como ansiedade, insônia, palpitações e perda de peso sem explicação também são frequentemente relatados. Esses sinais, muitas vezes atribuídos ao estresse do dia a dia, podem na verdade ser o seu corpo pedindo atenção para a tireoide.
A tireoide é uma glândula em formato de borboleta localizada na base do pescoço. Ela produz os hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), que regulam o metabolismo, ou seja, a velocidade com que o corpo utiliza energia.
O hipertireoidismo é a condição em que a tireoide se torna hiperativa e libera esses hormônios em excesso. Com mais "combustível" do que o necessário, todas as funções do corpo aceleram, como um motor que funciona em rotação máxima o tempo todo. Essa aceleração generalizada é a causa direta da maioria dos sintomas.
Os sinais do hipertireoidismo podem ser sutis no início, mas tendem a se intensificar com o tempo. Eles afetam o corpo de maneiras diversas e podem ser agrupados por sistemas para facilitar a identificação.
Como o metabolismo está acelerado, o corpo queima calorias muito mais rápido. Isso leva a manifestações clássicas:
O coração é um dos órgãos mais afetados pela sobrecarga hormonal. A aceleração pode causar:
O sistema nervoso também fica em estado de alerta permanente, o que se reflete no comportamento e no estado emocional. Sinais como ansiedade, insônia, nervosismo e tremores finos nas mãos são manifestações comuns desse estado de hiperatividade hormonal:
A condição pode afetar diversas outras partes do corpo, manifestando-se por meio de:
Dois sinais físicos são particularmente característicos de problemas na tireoide. Um deles é o bócio, um aumento visível do volume da glândula tireoide que causa um inchaço na parte da frente do pescoço, conforme observado em alguns casos de hipertireoidismo.
Outro sinal, associado principalmente à Doença de Graves (a causa mais comum de hipertireoidismo), é a oftalmopatia. Nessa condição, os olhos podem parecer mais saltados (exoftalmia), as pálpebras ficam inchadas e retraídas, e pode haver visão dupla ou irritação ocular.
A presença de olhos saltados é um dos sinais visíveis que podem acompanhar a condição, como o bócio.
Embora raro, o hipertireoidismo não tratado ou mal controlado pode evoluir para uma complicação grave chamada crise tireotóxica ou "tempestade tireoidiana". Trata-se de uma exacerbação súbita e intensa dos sintomas, com febre alta, batimentos cardíacos extremamente rápidos, agitação intensa, confusão mental e até perda de consciência.
A crise tireotóxica é uma emergência médica que exige hospitalização imediata. Por isso, o acompanhamento regular é vital para manter a condição sob controle.
Se você se identifica com vários dos sintomas descritos, o próximo passo é procurar um médico, preferencialmente um endocrinologista. O profissional irá realizar uma avaliação clínica completa e ouvir seu histórico de saúde.
Para confirmar o diagnóstico, são solicitados exames de sangue que medem os níveis dos hormônios tireoidianos (T3 e T4) e do hormônio estimulante da tireoide (TSH), produzido pela hipófise. No hipertireoidismo, os níveis de T3 e T4 geralmente estão altos, enquanto o TSH está baixo.
O reconhecimento precoce dos sintomas é o primeiro passo para obter o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado, que visa normalizar os níveis hormonais e devolver a qualidade de vida ao paciente.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
KOSTOPOULOS, G.; EFFRAIMIDIS, G. Epidemiology, prognosis, and challenges in the management of hyperthyroidism-related atrial fibrillation. European Thyroid Journal, Apr. 2024. Disponível em: https://etj.bioscientifica.com/view/journals/etj/13/2/ETJ-23-0254.xml. Acesso: 15 set. 2025.
LEE, S. Y.; PEARCE, E. N. Hyperthyroidism. JAMA, Out. 2023. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jama/article-abstract/2810692. Acesso: 15 set. 2025.
MAGANHA, C. A. et al. Screening, diagnosis and management of hyperthyroidism in pregnancy. RBGO Gynecology & Obstetrics, set. 2022. Disponível em: https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/abstract/10.1055/s-0042-1756521. Acesso: 15 set. 2025.
XU, W. et al. Causal validation of the relationship between 35 blood and urine biomarkers and hyperthyroidism: a bidirectional Mendelian randomization study and meta-analysis. Frontiers in Endocrinology, ago. 2024. Disponível em: https://www.frontiersin.org/journals/endocrinology/articles/10.3389/fendo.2024.1430798/full. Acesso: 15 set. 2025.
POPULARES EM SINTOMAS
Os conteúdos mais buscados sobre Sintomas
Notou uma lesão estranha na boca? Pode ser HPV. Entenda os sintomas, o que fazer e como se proteger. Continue lendo e saiba mais.
Leia maisCansaço, dor no abdômen, inchaço? Saiba se podem ser sinais de gordura no fígado e a importância do diagnóstico. Continue lendo.
Leia maisSintomas iniciais do Alzheimer em idosos: saiba o que observar, quando buscar ajuda e como oferecer cuidado para garantir qualidade de vida.
Leia mais