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Quais os sintomas da osteoporose e quando buscar ajuda médica especializada

Muitas vezes, a condição não apresenta sinais evidentes até que uma fratura ocorra. Entenda os alertas que seu corpo pode dar.

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Você se olha no espelho e sente que sua postura não é mais a mesma, talvez até pareça que "encolheu" um pouco com o passar dos anos. Ou, de repente, uma dor aguda surge nas costas sem uma causa aparente. Essas situações, muitas vezes atribuídas ao envelhecimento natural, podem ser os primeiros sinais de uma condição que se desenvolve em silêncio: a osteoporose.

Por que a osteoporose é chamada de doença silenciosa?

A osteoporose é caracterizada pela diminuição da massa óssea e pela deterioração da microarquitetura dos ossos, o que os torna mais frágeis e suscetíveis a fraturas. O processo de perda óssea é lento, gradual e, mais importante, indolor.

Conhecida como uma doença silenciosa (assintomática), a osteoporose geralmente não apresenta sintomas claros. Ela só costuma manifestar seus sinais mais graves quando ocorre uma fratura óssea. Diferente de outras doenças que causam sintomas claros desde o início, a osteoporose não gera dor ou desconforto enquanto enfraquece o esqueleto.

Por essa razão, muitas pessoas só descobrem a condição quando sofrem a sua consequência mais grave: uma fratura por fragilidade. Tais fraturas, que podem resultar de quedas leves ou traumas mínimos, devem ser vistas como um sinal urgente de fragilidade óssea. As fraturas podem ocorrer em atividades rotineiras como tossir, se abaixar ou levantar um objeto leve.

Reumatologistas são especialistas que podem acompanhá-lo durante o tratamento. A Rede Américas conta com profissionais de renome atendendo em vários hospitais do Brasil.

Quais são os primeiros sinais e sintomas da osteoporose?

Embora a doença em si seja assintomática, suas consequências geram sinais que servem de alerta. É fundamental estar atento a eles, especialmente após os 50 anos e, no caso das mulheres, após a menopausa.

Sinais indiretos que podem surgir com o tempo

Esses são os indicadores mais comuns de que a estrutura óssea pode estar comprometida:

  • Fraturas por baixo impacto: este é o sinal mais clássico da osteoporose, que frequentemente se manifesta clinicamente através desses eventos. 

Quebrar um osso, como o punho, o quadril ou uma vértebra, após uma queda da própria altura ou um trauma mínimo é um forte indicativo de fragilidade óssea. No caso da osteoporose pós-menopausa, essa elevada suscetibilidade a fraturas é sua manifestação mais grave e visível.

  • Perda gradual de altura: uma redução na estatura, especialmente se for superior a 4 centímetros, é um forte indicador de fraturas da coluna vertebral. 

Essas fraturas podem ocorrer mesmo que a pessoa não sinta dor e são causadas pelo achatamento das vértebras da coluna sob o peso do corpo.

  • Postura encurvada ou "corcunda": conhecida tecnicamente como cifose dorsal, essa alteração postural ocorre pelo colapso ou achatamento das vértebras frontais, levando a uma curvatura acentuada da parte superior das costas.
  • Dor súbita e intensa nas costas: uma dor aguda e localizada na coluna, sem histórico de lesão, pode ser o sintoma de uma fratura vertebral aguda. Muitas vezes, essa dor é confundida com um "mau jeito" ou problema muscular.

Outros sinais menos comuns

Embora menos diretos, alguns achados podem estar correlacionados com a baixa densidade óssea:

  • Retração gengival: a perda de densidade óssea pode afetar a mandíbula, levando a problemas dentários e à retração das gengivas.
  • Redução da força para segurar objetos: alguns estudos apontam uma correlação entre a diminuição da força de preensão manual e a baixa densidade mineral óssea em outras partes do corpo, como o quadril.

A dor na osteoporose é constante?

É importante esclarecer: a osteoporose em si não dói. A dor associada à doença é sempre uma consequência das fraturas. As fraturas ósseas, especialmente no quadril e na coluna, podem ser extremamente dolorosas e potencialmente fatais. Uma fratura aguda no punho ou no quadril causa dor intensa e imediata.

No caso das fraturas vertebrais, a dor pode ser aguda no momento da lesão e se tornar crônica com o tempo, devido à alteração na mecânica da coluna. Portanto, a ausência de dor não significa que a saúde óssea esteja em dia. A prevenção e o diagnóstico precoce são as melhores ferramentas.

Quais são os fatores de risco que exigem mais atenção?

Conhecer os fatores de risco ajuda a identificar quem deve ter uma vigilância maior sobre a saúde óssea. Se você se enquadra em algum desses grupos, a conversa com um médico se torna ainda mais importante.

Fator de Risco

Descrição

 

Idade

O risco aumenta significativamente após os 50 anos.

Gênero

Mulheres são mais suscetíveis, especialmente após a menopausa, devido à queda do estrogênio.

Histórico familiar

Ter pais com histórico de osteoporose ou fratura de quadril aumenta o risco.

Estilo de vida

Sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e dieta pobre em cálcio e vitamina D.

Uso de medicamentos

Uso prolongado de corticoides, por exemplo, pode acelerar a perda óssea.

Como é feito o diagnóstico se não há sintomas claros?

Dado que a osteoporose é silenciosa, o diagnóstico não pode depender do aparecimento de sintomas. A principal ferramenta para avaliar a saúde óssea é a densitometria óssea. Este é um exame de imagem rápido, indolor e com baixa dose de radiação que mede a densidade mineral dos ossos em áreas-chave, como a coluna lombar e o fêmur.

O exame é recomendado para todas as mulheres a partir dos 65 anos e homens a partir dos 70, ou antes, caso existam fatores de risco importantes. É a única forma de diagnosticar a osteoporose antes que a primeira fratura ocorra.

Quando procurar um médico?

Não espere por um sintoma claro ou uma fratura. A abordagem proativa é a chave para manter os ossos fortes. 

Procure avaliação de um especialista, como um reumatologista, endocrinologista ou geriatra, se você:

  • É mulher e entrou na menopausa.
  • Tem mais de 50 anos e apresenta algum dos fatores de risco mencionados.
  • Sofreu uma fratura após um trauma considerado leve.
  • Notou uma diminuição na sua altura ou alteração na sua postura.
  • Sente dores nas costas sem causa aparente.

O acompanhamento médico permitirá avaliar a necessidade de realizar uma densitometria óssea e, se necessário, iniciar o tratamento adequado para prevenir fraturas e garantir sua qualidade de vida.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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