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Próstata aumentada causa impotência? Entenda a relação e os tratamentos

A preocupação sobre a relação entre o aumento da próstata e a disfunção erétil é comum. Esclareça suas dúvidas e conheça as opções terapêuticas.

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A cena se repete: você acorda no meio da noite com uma vontade urgente de ir ao banheiro, pela segunda ou terceira vez. Essa interrupção do sono, somada à sensação de que a bexiga nunca esvazia completamente, começa a gerar preocupação não apenas com a saúde, mas também com a intimidade e o relacionamento. Essa é uma dúvida frequente no consultório urológico e merece uma resposta clara.

Qual é a real relação entre próstata aumentada e disfunção erétil?

Para entender a conexão, é preciso primeiro separar os conceitos. A próstata aumentada não causa disfunção erétil de forma direta, pois as estruturas anatômicas responsáveis pela ereção não são as mesmas envolvidas no crescimento benigno da glândula.

Urologistas são os especialistas mais indicados para entender o quadro e realizar o tratamento de acordo com o seu caso. A Rede Américas conta com um corpo clínico especializado e de renome.

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Contudo, a relação indireta existe e se manifesta de algumas formas. A qualidade de vida do homem pode ser severamente impactada pelos sintomas urinários, o que, por sua vez, afeta a esfera sexual. Embora a HPB não cause diretamente a disfunção erétil, o aumento da próstata pode, sim, impactar o bem-estar sexual masculino.

O que é a hiperplasia prostática benigna (HPB)?

A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é o termo médico para o aumento não cancerígeno da próstata, uma condição comum com o envelhecimento masculino. A próstata, uma glândula do tamanho de uma noz localizada abaixo da bexiga, envolve a uretra. Quando ela cresce, pode comprimir esse canal, dificultando a passagem da urina.

Os principais sintomas incluem:

  • Jato urinário fraco ou interrompido;
  • Dificuldade para iniciar a micção;
  • Necessidade de urinar com frequência, especialmente à noite (noctúria);
  • Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
  • Urgência para urinar.

Como os sintomas da HPB influenciam a vida sexual?

A ligação entre HPB e disfunção erétil é majoritariamente funcional e psicológica. O desconforto constante, a preocupação com a saúde, a ansiedade e as noites mal dormidas podem diminuir o desejo sexual (libido) e a autoconfiança, fatores essenciais para uma ereção satisfatória. 

A condição pode, por exemplo, levar a problemas de ereção e ejaculação, afetando a qualidade de vida e a intimidade.

Além disso, a urgência urinária pode gerar receio durante a relação sexual, criando um estado de alerta que dificulta o relaxamento necessário para a resposta erétil. Em casos mais raros, uma próstata excessivamente grande pode causar uma compressão de nervos e vasos sanguíneos pélvicos, afetando a circulação na região, mas essa não é a causa principal.

Os tratamentos para próstata aumentada podem causar impotência?

Esta é uma preocupação válida e um ponto crucial na discussão com o urologista. Sim, alguns tratamentos para a HPB podem interferir na função sexual. No entanto, a medicina avançou significativamente para minimizar esses efeitos e oferecer alternativas que preservam a qualidade de vida do paciente.

Medicamentos e seus possíveis efeitos colaterais

Existem duas classes principais de medicamentos para HPB, e uma delas está mais associada a efeitos na esfera sexual:

  • Alfa-bloqueadores: relaxam a musculatura da próstata e do colo da bexiga, facilitando a passagem da urina. Geralmente, têm baixo impacto na ereção, mas podem causar ejaculação retrógrada (o sêmen vai para a bexiga em vez de sair pela uretra).
  • Inibidores da 5-alfa-redutase: atuam diminuindo o tamanho da próstata. Esta classe de medicamentos pode, em uma parcela dos pacientes, causar diminuição da libido, disfunção erétil e redução do volume ejaculado.

É fundamental discutir com o médico os prós e contras de cada opção, pois a escolha dependerá da intensidade dos sintomas e do perfil de cada paciente. Em alguns casos, terapias médicas específicas, como os inibidores de fosfodiesterase-5, podem auxiliar na mitigação dos sintomas relacionados à função sexual.

Cirurgias e técnicas modernas

Quando o tratamento medicamentoso não é suficiente, a cirurgia pode ser indicada. As técnicas evoluíram muito para se tornarem menos invasivas e mais precisas, com o objetivo de preservar os nervos responsáveis pela ereção.

Procedimentos como a Ressecção Transuretral da Próstata (RTU), embora eficazes, apresentam maiores riscos de complicações sexuais. É importante notar que, embora a próstata aumentada possa impactar a função sexual, existem tratamentos cirúrgicos minimamente invasivos que buscam aliviar os sintomas urinários priorizando a saúde sexual.

Essas abordagens visam preservar a função sexual, incluindo a capacidade de ereção e ejaculação, oferecendo uma melhor qualidade de vida ao paciente. 

Já técnicas mais modernas, como o laser (HoLEP) ou terapias minimamente invasivas como Rezum (vapor de água) e UroLift, buscam desobstruir o canal urinário com um impacto significativamente menor na função erétil e ejaculatória.

Como diferenciar os sintomas da HPB dos de outras condições?

Os sintomas urinários não são exclusivos da HPB. Por isso, a avaliação médica é indispensável para um diagnóstico correto, descartando outras condições como prostatite ou câncer de próstata.

  • HPB vs. Câncer de Próstata: a HPB é uma condição benigna. O câncer de próstata é maligno e, em fases iniciais, pode não apresentar sintomas. O diagnóstico diferencial é feito com exames como o toque retal e o PSA (Antígeno Prostático Específico).
  • HPB vs. Prostatite: a prostatite é uma inflamação ou infecção da próstata, que pode causar dor pélvica, febre e ardência ao urinar, sintomas menos comuns na HPB.

O que fazer para tratar a próstata aumentada e preservar a função sexual?

A abordagem ideal combina diagnóstico preciso, comunicação aberta e um plano de tratamento personalizado.

  1. Procure um urologista: não ignore os sintomas. Um diagnóstico precoce permite mais opções de tratamento.
  2. Seja transparente: converse abertamente sobre sua vida sexual, suas preocupações e seus objetivos. A função sexual é um pilar da qualidade de vida e deve ser considerada na decisão terapêutica.
  3. Informe-se sobre as opções: questione sobre os tratamentos com menor impacto na ereção e ejaculação. Entender as alternativas te ajuda a participar ativamente da decisão.
  4. Adote um estilo de vida saudável: fatores como dieta equilibrada, atividade física regular e controle de doenças como diabetes e hipertensão beneficiam tanto a saúde da próstata quanto a função cardiovascular, essencial para a ereção. 

Muitos casos de próstata aumentada podem ser inicialmente manejados com ajustes no estilo de vida, como controle de fluidos, prática regular de exercícios e uma dieta saudável. 

Estudos indicam que uma alimentação rica em vegetais, frutas, nozes, legumes e peixes, com menor consumo de carne vermelha, pode trazer benefícios tanto para a função erétil quanto para a redução dos sintomas da próstata aumentada.

Portanto, é perfeitamente possível ter uma vida sexual ativa e satisfatória mesmo com o diagnóstico de próstata aumentada. O segredo está em buscar ajuda especializada e encontrar, junto ao seu médico, o caminho que equilibre o alívio dos sintomas urinários com a manutenção do seu bem-estar sexual.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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