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Descubra por que esse evento é comum no início da gestação e aprenda a identificar os sinais que exigem atenção médica

Você vai ao banheiro e, ao se limpar, nota uma pequena mancha amarronzada na calcinha ou no papel higiênico. Se esta é sua primeira gravidez, o coração pode acelerar e a preocupação surgir instantaneamente. Essa é uma experiência muito comum, mas que ainda gera muitas dúvidas e ansiedade.
Embora qualquer sangramento possa assustar, o corrimento marrom no começo da gestação é frequente e nem sempre indica um problema. Compreender suas possíveis causas é o primeiro passo para ter mais tranquilidade e saber como agir.
O corrimento marrom, também conhecido como "spotting", ocorre pela presença de sangue antigo ou líquido escuro que se acumulou em alguma região e é liberado aos poucos. Quando o sangue leva mais tempo para sair do útero e passar pelo canal vaginal, ele entra em contato com o ar, perdendo a cor vermelha viva e adquirindo um tom marrom, similar à borra de café.
Diferente de um sangramento ativo, que costuma ser vermelho e mais volumoso, esse tipo de corrimento geralmente aparece em pequena quantidade, como um "escape" ou mancha, e tende a durar poucos dias.
No primeiro trimestre, o corpo da mulher passa por transformações intensas para acolher o embrião. Diversos processos naturais podem levar a um leve sangramento que resulta no corrimento marrom. As causas mais comuns são benignas e esperadas.
A causa mais conhecida para um pequeno sangramento no início da gestação é a nidação. Este é o nome do processo em que o embrião se fixa na parede do útero (endométrio), um ambiente rico em vasos sanguíneos. Esse evento pode romper alguns desses pequenos vasos, causando um sangramento discreto.
Geralmente, o sangramento de nidação acontece entre 6 a 12 dias após a fecundação, período que coincide com a data esperada para a menstruação. Por isso, muitas vezes é confundido. Ele costuma ser leve e durar de um a três dias.
Durante a gravidez, o fluxo sanguíneo para a região pélvica aumenta significativamente, deixando o colo do útero mais sensível e vascularizado.
Por conta disso, atividades que causam atrito na área, como uma relação sexual ou um exame ginecológico (Papanicolau ou toque vaginal), podem provocar um leve sangramento, que aparecerá como corrimento marrom horas ou dias depois.
Apesar de ser comum, é essencial saber diferenciar uma situação normal de um potencial problema. A observação de certas características ajuda a determinar a necessidade de uma avaliação médica urgente.
A principal recomendação é sempre informar seu médico sobre qualquer ocorrência. Veja na tabela abaixo as principais diferenças:
Causas mais sérias para sangramentos, como uma gravidez ectópica (fora do útero) ou um risco de aborto espontâneo, geralmente vêm acompanhadas de dor intensa e sangramento progressivo de cor vermelha.
É importante lembrar que qualquer sangramento vaginal durante a gestação deve ser investigado por um médico imediatamente. Essa medida é fundamental para descartar riscos como uma gravidez ectópica (quando o embrião se desenvolve fora do útero) e outras complicações sérias, como o aborto séptico ou até mesmo um parto prematuro.
É importante destacar que o bom funcionamento da tireoide é fundamental na gravidez. Desequilíbrios hormonais relacionados à tireoide podem estar associados a sangramentos anormais e a complicações como o descolamento de placenta. Monitorar a tireoide durante o pré-natal é, portanto, muito importante.
Manter a calma é o primeiro passo. Em seguida, adote uma postura proativa para garantir que tudo está bem com você e seu bebê. A orientação é clara:
Ao relatar o corrimento marrom, seu médico fará uma avaliação completa. Dependendo do quadro clínico e da idade gestacional, ele poderá solicitar alguns exames para confirmar se a gravidez está evoluindo bem.
Lembre-se que o acompanhamento pré-natal é a ferramenta mais importante para uma gestação saudável e segura. Não hesite em levar todas as suas dúvidas e preocupações para as consultas.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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