12/08/2025
Revisado em: 21/08/2025
Pequenos deslizes na alimentação podem ter grandes impactos na saúde.
Manter uma alimentação saudável é um pilar essencial para a saúde e o bem-estar, conforme amplamente divulgado por instituições como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS).
No entanto, o caminho para ter bons hábitos alimentares é frequentemente marcado por equívocos que podem comprometer os resultados. Identificar esses erros é o primeiro passo para corrigi-los e construir uma dieta verdadeiramente nutritiva.
Um dos maiores vilões da alimentação contemporânea é a alta ingestão de produtos ultraprocessados. Itens como refrigerantes, salgadinhos, biscoitos recheados e refeições prontas são carregados de açúcares, sódio, gorduras não saudáveis e aditivos químicos.
O Ministério da Saúde, através do seu Guia Alimentar para a População Brasileira, desaconselha fortemente o consumo desses alimentos, pois eles contribuem para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial e obesidade.
Uma alimentação saudável vai muito além de "comer salada". Ela exige variedade para garantir o aporte de todos os macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e micronutrientes (vitaminas e minerais) essenciais.
Muitas pessoas erram ao focar em um único grupo alimentar ou excluir outros sem orientação profissional.
É importante incluir diversas fontes de vegetais, frutas, leguminosas, grãos integrais e proteínas magras para um equilíbrio completo, evitando carências nutricionais.
A correria do dia a dia leva muitas pessoas a pular refeições importantes, como o café da manhã ou o almoço.
Esse hábito pode gerar uma fome excessiva, que, por sua vez, leva a escolhas alimentares ruins e ao consumo por impulso de alimentos calóricos e pouco nutritivos nas refeições seguintes.
Um planejamento adequado das refeições e lanches ao longo do dia é crucial para manter os níveis de energia estáveis e evitar armadilhas alimentares.
A água é um nutriente vital, frequentemente subestimado. Muitas pessoas não consomem a quantidade ideal de líquidos, confundindo sede com fome ou substituindo água por bebidas açucaradas, como sucos industrializados e refrigerantes.
A desidratação impacta funções metabólicas, digestão e até o humor. A OPAS/OMS reitera a importância da água como bebida principal em qualquer dieta saudável.
A falta de atenção aos rótulos dos alimentos pode levar ao consumo inconsciente de ingredientes prejudiciais, mesmo em produtos que parecem saudáveis.
Além disso, a busca por soluções rápidas leva muitos a aderir a dietas restritivas da moda, que prometem resultados milagrosos, mas geralmente são insustentáveis e podem causar deficiências nutricionais e o temido "efeito sanfona".
A educação alimentar e a busca por orientação de um nutricionista são caminhos mais seguros e eficazes.
Mesmo alimentos saudáveis, quando consumidos em excesso, podem levar ao ganho de peso. Por outro lado, restrições calóricas extremas, sem acompanhamento, podem resultar em desnutrição e falta de energia.
Compreender as porções adequadas para suas necessidades energéticas e objetivos é um erro comum que impede o sucesso de uma alimentação saudável e equilibrada.
Para construir um prato verdadeiramente saudável e nutritivo, é tão importante saber o que incluir quanto o que evitar.
Certos grupos de alimentos, quando consumidos em excesso, podem comprometer a saúde a longo prazo, contribuindo para o desenvolvimento de doenças crônicas e impactando o bem-estar geral. Priorizar a moderação e a substituição inteligente é fundamental.
Os alimentos ultraprocessados são formulações industriais que contêm poucos ingredientes naturais e, frequentemente, muitos aditivos como corantes, conservantes, aromatizantes e realçadores de sabor. Eles são caracterizados por altas concentrações de açúcar, sódio, gorduras não saudáveis e baixo teor de fibras, vitaminas e minerais.
Exemplos incluem biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, refrigerantes, sucos artificiais, embutidos e pizzas congeladas.
O consumo excessivo desses produtos está associado a um risco aumentado de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e até mesmo alguns tipos de câncer, conforme alertado por diversas organizações de saúde.
O Ministério da Saúde, em seu "Guia Alimentar para a População Brasileira", recomenda fortemente evitar o consumo desses alimentos.
O açúcar refinado, presente em doces, sobremesas, bebidas açucaradas e muitos produtos industrializados, é uma fonte de calorias vazias que não oferece nutrientes essenciais. Seu consumo exagerado contribui para o ganho de peso, aumenta o risco de diabetes e pode levar à inflamação sistêmica.
Assim, vale dizer que o açúcar refinado pode ser tão prejudicial quanto a falta de nutrientes em outros alimentos.
Da mesma forma, o sódio, em grandes quantidades, é um dos principais fatores para o desenvolvimento de hipertensão arterial (pressão alta), o que, por sua vez, eleva o risco de acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e doenças cardíacas.
Alimentos processados e ultraprocessados são as maiores fontes de sódio na dieta moderna, superando o sal adicionado nas refeições caseiras.
Enquanto algumas gorduras são essenciais para o funcionamento do corpo, outras devem ser limitadas. As gorduras trans, encontradas em margarinas, frituras, produtos de panificação e industrializados, são especialmente perigosas.
Elas elevam o colesterol "ruim" (LDL) e diminuem o colesterol "bom" (HDL), aumentando significativamente o risco de doenças cardiovasculares.
As gorduras saturadas, presentes em carnes vermelhas gordurosas, laticínios integrais e alguns óleos tropicais (coco e palma), também devem ser consumidas com moderação.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) enfatiza a importância de reduzir a ingestão de gorduras saturadas para menos de 10% da ingestão calórica diária e eliminar as gorduras trans da dieta.
Carboidratos refinados são aqueles que passaram por um processo de moagem que removeu o farelo e o germe, resultando na perda de fibras, vitaminas e minerais. Exemplos incluem pão branco, arroz branco, massas comuns e produtos feitos com farinha de trigo branca.
Embora forneçam energia, eles são digeridos rapidamente, causando picos de glicemia e insulina, o que pode levar a um ciclo vicioso de fome e consumo excessivo.
Substituir esses carboidratos por suas versões integrais (arroz integral, pão integral, aveia) é uma estratégia eficaz para aumentar a ingestão de fibras e nutrientes, promovendo maior saciedade e um melhor controle dos níveis de açúcar no sangue.
Assim, ao montar seu prato, a escolha inteligente faz toda a diferença.
Bibliografia
BRASIL. Ministério da Saúde. Alimentação saudável. BVSMS, 2024. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/alimentacao-saudavel/. Acesso em: 25 jul. 2025.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Alimentação saudável. OPAS/OMS, 2024. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/alimentacao-saudavel. Acesso em: 25 jul. 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Alimentação adequada e saudável faz bem pra você, pra sociedade e pro planeta. Gov.br, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-alimentar-melhor/noticias/2022/alimentacao-adequada-e-saudavel-faz-bem-pra-voce-pra-sociedade-e-pro-planeta. Acesso em: 25 jul. 2025.
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