15/08/2025
Revisado em: 15/08/2025
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Os cuidados contra o câncer são essenciais para a cura ou para que a doença não evolua
O diagnóstico de câncer costuma chegar acompanhado de dúvidas, medos e decisões difíceis. Em meio a tantas mudanças, uma das questões mais urgentes é entender como será o tratamento. Saber o que é tratamento oncológico pode trazer mais segurança para quem está começando essa jornada.
Hoje, a medicina oferece diferentes formas de enfrentar a doença. Em muitos casos, o tratamento combina mais de uma estratégia, como cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou terapias mais recentes, adaptadas à realidade de cada paciente.
Mesmo diante dos desafios, é possível passar por essa fase com cuidado. Informações claras, orientações profissionais e rede de suporte fazem parte do caminho.
Compreender como funcionam os principais tratamentos é um passo importante para seguir adiante com mais confiança.
Tratamento oncológico é o conjunto de terapias utilizadas para combater o câncer. Isso inclui desde cirurgias até métodos como quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, terapias-alvo e transplantes.
O objetivo pode variar, como eliminar as células tumorais, controlar o crescimento da doença ou apenas aliviar sintomas, quando não há possibilidade de cura.
A escolha do tratamento depende de múltiplos fatores. Entre eles:
Por isso, o plano terapêutico é individualizado e conduzido por uma equipe multiprofissional.
Ao contrário do que muitos imaginam, o tratamento contra câncer nem sempre segue um protocolo rígido. É comum que os médicos ajustem a conduta ao longo do tempo, conforme a resposta clínica. A flexibilidade é essencial para garantir o melhor cuidado possível.
Existem diferentes abordagens para tratar o câncer. Algumas são mais conhecidas, enquanto outras envolvem tecnologias recentes. Veja a seguir as principais opções.
A cirurgia é um dos métodos mais antigos e eficazes para tratar tumores sólidos. O procedimento consiste na retirada total ou parcial da massa tumoral. Em muitos casos, a cirurgia é curativa, especialmente quando o câncer é identificado em estágio inicial.
No entanto, nem todos os pacientes podem ser operados. Tumores muito avançados, com metástases (disseminação para outros órgãos), geralmente não são candidatos à cirurgia como tratamento principal.
Ainda assim, o procedimento pode ser indicado para aliviar sintomas ou reduzir o volume da doença antes de outras terapias.
A quimioterapia utiliza medicamentos que circulam pelo organismo para destruir as células cancerígenas. Esses fármacos afetam células que se dividem rapidamente, o que inclui tanto células tumorais quanto células saudáveis, como as da medula óssea e do trato gastrointestinal.
Essa abordagem pode ser utilizada em diferentes momentos: antes da cirurgia (neoadjuvante), após a cirurgia (adjuvante), como tratamento principal, ou para controle de sintomas em casos avançados.
Os efeitos colaterais variam conforme os medicamentos usados, mas podem incluir:
A radioterapia consiste na aplicação de radiações ionizantes para destruir o DNA das células tumorais. O objetivo é impedir que elas continuem se multiplicando.
A radioterapia é frequentemente utilizada de forma complementar à cirurgia e à quimioterapia. Pode ser usada para tentar curar a doença, controlar o avanço do câncer ou aliviar dores e outros sintomas.
A imunoterapia é um dos avanços mais promissores da oncologia nos últimos anos. O tratamento estimula o próprio sistema imunológico do paciente a reconhecer e atacar as células tumorais.
Esse tipo de terapia pode ser feita com anticorpos monoclonais, inibidores de checkpoint imunológico ou vacinas terapêuticas.
A imunoterapia tem se mostrado eficaz em diversos tipos de câncer, como melanoma, câncer de pulmão e bexiga. No entanto, nem todos os tumores respondem bem à abordagem, e os efeitos colaterais podem variar bastante.
As terapias-alvo atuam diretamente em alterações genéticas específicas presentes nas células cancerosas. Ao contrário da quimioterapia, que age de forma mais ampla, essas terapias são desenhadas para atingir alvos moleculares únicos do tumor.
Esse tipo de tratamento costuma apresentar menos efeitos colaterais, mas só funciona se o tumor apresentar a mutação específica.
Por isso, antes de iniciar essa abordagem, os médicos solicitam testes para avaliar a elegibilidade do paciente.
Utilizada principalmente em cânceres que dependem de hormônios para crescer, como câncer de mama e de próstata, a hormonoterapia bloqueia ou reduz a ação dos hormônios no organismo.
Pode ser usada isoladamente ou associada a outras terapias, dependendo da resposta clínica.
O transplante de medula óssea, também chamado de transplante de células-tronco hematopoéticas, é indicado em alguns tipos de câncer hematológicos, como leucemias, linfomas e mieloma múltiplo.
O procedimento permite restaurar a produção de células sanguíneas após tratamentos intensivos, como quimioterapia em altas doses.
Existem dois tipos principais: o autólogo - quando o paciente recebe as próprias células - e o alogênico, quando as células vêm de um doador compatível.
O tratamento paliativo não tem o objetivo de curar a doença, mas sim de melhorar a qualidade de vida, controlar sintomas e oferecer conforto.
Pode incluir medicamentos para dor, intervenções para reduzir efeitos colaterais de outros tratamentos e suporte emocional.
Essa abordagem é fundamental em estágios avançados da doença ou quando os tratamentos curativos já não são mais eficazes.
O caminho durante o tratamento contra câncer é desafiador, tanto física quanto emocionalmente.
Além das intervenções médicas, o autocuidado é parte essencial da jornada. Manter o bem-estar pode ajudar a reduzir efeitos colaterais e melhorar a resposta terapêutica.
Uma alimentação balanceada fornece energia através de nutrientes necessários para enfrentar o tratamento. Em alguns casos, o suporte de um nutricionista oncológico é fundamental para ajustar a dieta conforme os sintomas enfrentados, como náuseas, falta de apetite ou alterações no paladar.
Evitar alimentos ultraprocessados, priorizar frutas, legumes, proteínas magras e manter a hidratação são estratégias básicas, mas eficazes.
A prática de exercícios pode parecer difícil durante a fase ativa do tratamento, mas atividades leves, como caminhadas e alongamentos, ajudam a manter a disposição, prevenir perda muscular e melhorar o humor.
O ideal é que a atividade seja adaptada à condição física de cada paciente e sempre com liberação médica.
Enfrentar um câncer impacta diretamente o estado emocional. É comum sentir medo, tristeza, ansiedade e insegurança.
O acompanhamento psicológico, seja individual ou em grupo, pode ajudar a lidar com essas emoções e fortalecer o enfrentamento. Além disso, o suporte da rede de apoio contribui para a sensação de acolhimento e pertencimento.
Comparecer às consultas, seguir corretamente as orientações da equipe médica e comunicar qualquer efeito colateral ou sintoma novo são atitudes que fazem diferença no sucesso do tratamento. A adesão é essencial para garantir os melhores resultados.
A medicina oncológica tem evoluído rapidamente. Nos últimos anos, a combinação entre terapias clássicas e tecnologias inovadoras têm permitido tratamentos mais eficazes e menos agressivos.
No relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), lançado em 2024, diz que o acesso a tratamentos modernos ainda é um desafio em muitos países. No entanto, políticas públicas, parcerias institucionais e a expansão de centros de referência têm ampliado o alcance da oncologia de precisão, especialmente na América Latina.
A pesquisa científica também continua a desenvolver novos medicamentos e formas de diagnóstico precoce, o que aumenta as chances de cura e sobrevida.
Entender o que é tratamento oncológico e conhecer as opções disponíveis ajuda o paciente a se sentir mais preparado para lidar com o diagnóstico. Cada tipo de câncer exige uma abordagem personalizada, mas o avanço das terapias, o suporte das equipes multidisciplinares e o cuidado contínuo fazem a diferença ao longo do processo.
Se você ou alguém próximo está passando por essa fase, busque informação de qualidade, mantenha o acompanhamento com a equipe médica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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NATIONAL CANCER INSTITUTE (NCI). Types of Cancer Treatment. Disponível em: https://www.cancer.gov/about-cancer/treatment/types. Acesso em: 31 jul. 2025.
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