14/08/2025
Revisado em: 14/08/2025
Entenda como a quimioterapia combate o câncer, quando é indicada, seus efeitos no corpo e as diferenças em relação a outros tratamentos.
Se você já se perguntou o que é quimioterapia, saiba que essa é uma das dúvidas mais comuns entre pacientes, familiares e até profissionais que não atuam diretamente na oncologia.
O termo costuma gerar apreensão, mas na prática diz respeito a um conjunto de medicamentos usados para combater o câncer em diferentes estágios e localizações, usados para destruir as células cancerosas.
Esses medicamentos agem, sobretudo, impedindo que essas células cancerosas se dividam e se multipliquem com rapidez, o que é uma característica do câncer.
Todo o processo da quimioterapia, desde a escolha do protocolo, a avaliação da extensão da doença e o estado geral da pessoa, exige conhecimento técnico e o acompanhamento contínuo por profissionais habilitados que monitoram individualmente cada paciente.
O tratamento pode ser indicado com diferentes objetivos: reduzir o tamanho do tumor, impedir o avanço da doença, eliminar células cancerígenas residuais após cirurgia ou mesmo aliviar sintomas em estágios mais avançados.
A escolha do protocolo depende do tipo de câncer, da extensão da doença e do estado geral da pessoa. Ou seja, cada caso é avaliado individualmente por uma equipe especializada.
A quimioterapia faz parte de uma estratégia integrada, que pode incluir cirurgia, radioterapia, imunoterapia e outros tratamentos. Por isso é importante entender o que é quimioterapia e conhecer suas possibilidades, limitações e impactos no organismo.
Os medicamentos quimioterápicos atuam principalmente sobre as células que se multiplicam com rapidez, uma característica comum das células cancerígenas. Esses medicamentos interferem nesse ciclo de divisão, impedindo que o tumor cresça ou se espalhe para outros órgãos.
É dessa forma que a quimioterapia impede que o tumor cresça ou se espalhe para outros órgãos saudáveis.
A ação da quimioterapia pode ser localizada ou sistêmica, dependendo do tipo e da via de administração escolhida. Ainda que o objetivo principal seja atingir o câncer, os efeitos sobre o restante do corpo são uma parte importante do planejamento terapêutico.
A quimioterapia pode ser classificada de acordo com o momento em que é utilizada ou com o tipo de medicamento aplicado. Um mesmo paciente pode receber diferentes formas ao longo do tratamento.
Os medicamentos também podem ser usados de maneira isolada ou em combinação, com esquemas chamados de protocolos. Cada escolha depende do tipo de câncer, da resposta esperada e das condições clínicas da pessoa.
Nem todo diagnóstico de câncer leva automaticamente à quimioterapia. A indicação depende de fatores como o tipo do tumor, sua localização, extensão, se há a presença de metástase, que é a formação de novos tumores a partir de um tumor inicial, e a resposta esperada com esse método.
É comum que a quimioterapia seja recomendada em casos de câncer de mama, pulmão, intestino, ovário, linfomas e leucemias, entre outros. Em tumores sólidos, ela pode ser associada à cirurgia ou à radioterapia. Já nas neoplasias hematológicas (também conhecida como neoplasias do sangue), ela costuma ser a principal linha de tratamento.
A decisão de iniciar o processo envolve sempre uma avaliação multidisciplinar, levando em conta também os riscos, os benefícios e os objetivos do cuidado em cada fase da doença.
Os ciclos de quimioterapia seguem uma lógica de administração que se intercalam com os períodos de descanso. Nesse tempo, o corpo se recupera dos efeitos adversos da quimioterapia e o tratamento pode ser mantido de forma contínua.
Um ciclo pode durar de dias a semanas, dependendo do protocolo adotado. Durante esse tempo, a pessoa recebe o(s) medicamento(s), geralmente por via intravenosa, oral ou subcutânea. Em seguida, há um intervalo até o próximo ciclo.
Esse padrão se repete por várias vezes, conforme o planejamento da equipe médica. O número de ciclos, os medicamentos usados e a frequência das aplicações variam de acordo com o tipo de câncer e a resposta individual ao tratamento.
Os efeitos colaterais da quimioterapia variam conforme os medicamentos utilizados, a dose administrada e a sensibilidade de cada pessoa.
Como o tratamento tem como objetivo atingir as células cancerosas que se multiplicam rapidamente, é possível que os medicamentos afetem células saudáveis que têm essa característica de divisão rápida, como é o caso das células da medula óssea, do trato gastrointestinal e dos folículos capilares. Mas em todos os pacientes apresentam as mesmas reações.
Quando os pacientes apresentam as reações adversas, os sintomas mais comuns são:
Alguns desses efeitos são transitórios e tendem a passar após o fim do tratamento. Já outros exigem cuidados contínuos e um acompanhamento médico mais próximo. A identificação desses sinais ajuda a prevenir possíveis complicações e a manter a segurança do paciente durante o tratamento.
Ainda que ambos métodos sejam usados no tratamento do câncer, eles têm mecanismos de ação diferentes. Enquanto a quimioterapia atua por meio de medicamentos que circulam pelo corpo, a radioterapia utiliza radiação, que é direcionada a áreas específicas onde há células tumorais.
A quimioterapia é um tratamento que percorre todo o organismo e pode atingir células cancerígenas em qualquer local. Já a radioterapia é localizada, com maior precisão sobre o foco da doença.
Em alguns casos, os dois métodos são combinados, de forma sequencial ou simultânea, com o intuito de aumentar a eficácia do tratamento. Essa decisão depende do tipo de tumor, do estágio da doença e da condição clínica da pessoa.
Bibliografia
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Quimioterapia. Brasília: INCA, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/acesso-a-informacao/perguntas-frequentes/quimioterapia. Acesso em: 25 jul. 2025.
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