Revisado em: 14/11/2025
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Dor de dente intensa pode indicar um quadro de pulpite grave

A dor de dente é uma das experiências mais desagradáveis que existem. Ela é um sinal de que algo mais sério está acontecendo na saúde bucal.
Quando essa dor se torna intensa, persistente e latejante, é provável que a causa seja a pulpite, a inflamação da polpa dentária. A condição não é apenas um incômodo passageiro, mas costuma ser uma urgência odontológica.
Caso não seja tratada, pode ter um impacto significativo na qualidade de vida do paciente e levar a consequências graves, como a perda do dente.
A pulpite é uma inflamação dolorosa da polpa do dente. Para entender melhor essa condição, é preciso conhecer a anatomia do dente. A polpa é o tecido mole localizado na parte mais interna do dente, onde fica a dentina e o esmalte.
Ela é de suma importância para a saúde do dente, pois contém os nervos, vasos sanguíneos e tecido conjuntivo que fornecem nutrição e sensibilidade. Ao ser acometida por bactéria ou sofrer algum trauma, a sua reação é inflamar.
Por causa da rigidez das paredes dos dentes, o inchaço causado pela inflamação pressiona os nervos internos, causando dor intensa. Quando não tratada, a pulpite pode evoluir para quadros mais graves, como a necrose (morte) da polpa e o desenvolvimento de um abscesso periapical (bolsa de pus na raiz do dente).
Há risco também da infecção se espalhar para outras áreas do corpo, seja para a mandíbula ou para os seios nasais.
Garanta um diagnóstico rápido e preciso. Agende seu atendimento com profissionais qualificados em urgências odontológicas.
A causa mais frequente de pulpite é a cárie dentária. Quando a cárie não é tratada, ela avança e destrói o esmalte e a dentina, chegando a polpa e deixando o nervo do dente inflamado exposto a bactérias.
Não apenas isso, a inflamação pode ser causada por outros fatores como os traumas no dente. Pancadas ou lesões que resultam em fraturas ou trincas no dente, deixam-no mais suscetível à entrada de bactérias ou podem resultar em danos diretos à polpa.
Restaurações muito profundas ou mal ajustadas podem irritar a parte interna. O desgaste excessivo dos dentes devido ao ato de ranger ou apertar (bruxismo) pode levar a inflamação pulpar.
Assim como procedimentos realizados na mesma estrutura por muitas vezes e a exposição a substâncias irritantes ou mudanças bruscas de temperatura.
Os sintomas de pulpite são variáveis de acordo com o grau de inflamação, mas a dor e sensibilidade são os sinais de alerta mais comuns. Por isso a dor pode se manifestar de várias maneiras.
Ela pode ser aguda, ao consumir alimentos ou bebidas geladas, quentes ou doces. Pode indicar pulpite reversível ou irreversível, a depender da duração. A dor também pode ser persistente.
Nesse caso, a sensação não para imediatamente após a remoção do estímulo, durando mais de 1 a 2 segundos. Esse é considerado um sinal clássico de pulpite irreversível. A dor também pode ser espontânea e latejante.
Ela surge sem um estímulo aparente e costuma piorar no período da noite, indicativo de estágio avançado. Ao mastigar, pode haver sensibilidade extrema. Assim como ao tocar no dente. Esse sintoma pode indicar que a inflamação se espalhou para os tecidos ao redor.
A classificação do pulpite é essencial para determinar o tratamento e o prognóstico. Ela se baseia na capacidade de recuperação da polpa após ser feita a remoção do que está causando a inflamação.
Esse tipo se caracteriza pela inflamação leve e o dano à polpa é reversível, passível de cura. O sintoma mais comum é a sensibilidade a estímulos, que desaparece rapidamente após cessar.
O tratamento aqui é conservador: é feita a remoção do agente agressor, como a cárie, e o dente é restaurado. Ele deve ser feito o mais rápido possível, para que a polpa se recupere e o dente volte ao normal, sem a necessidade de fazer um tratamento de canal.
A inflamação aqui já é extensa demais para ser revertida. Ela é grave e leva à necrose do tecido pulpar se não for tratada. A dor é o sintoma mais marcante. Ela costuma persistir por bastante tempo mesmo após o estímulo ser removido. Também pode ser espontânea e latejante.
Nesses casos, aplicar compressa fria costuma promover o alívio da dor, mas os medicamentos analgésicos fazem pouco efeito. A única forma de eliminar a dor e evitar complicações mais sérias é fazer a retirada da polpa que foi afetada.
Para fazer o diagnóstico, o dentista analisa o histórico clínico do paciente. Além de observar o exame físico e realizar testes específicos.
São feitos testes de sensibilidade, com a aplicação de estímulos térmicos para avaliar a reação do dente. A duração e intensidade da reação define então se a pulpite é reversível ou irreversível.
É possível que seja usado um estimulador elétrico, como forma de indicar se a polpa está viva. Se o paciente sentir, é um indicativo de vitalidade pulpar. No entanto, não indica se ela está saudável.
O dentista pode tocar suavemente no dente, se houver a presença de dor, é indicativo de que a inflamação se estendeu para o ligamento periodontal. As radiografias são utilizadas para fazer a avaliação da extensão da cárie, da condição do osso ao redor da raiz e da presença de infecções como cistos ou abscessos.
A forma de tratar a inflamação vai depender do seu tipo. Veja a seguir:
O objetivo é remover a causa da irritação. Sendo assim, geralmente envolve a remoção da cárie e realização de restauração. Em alguns casos, o dentista pode optar por fazer um preenchimento provisório para observar como a polpa reage, antes de aplicar o definitivo.
Como o dano é permanente, a única forma de acabar com a dor e a infecção é retirar o tecido mole. O tratamento de canal é o procedimento padrão para isso.
Um endodontista (especialista em polpa) elimina o tecido pulpar doente, limpa e desinfeta o canal radicular e depois fecha o espaço. Depois o dente é restaurado, geralmente com uma coroa, para permitir que continue funcional e resistente.
A extração só é considerada quando a estrutura não pode ser salva. Ela é considerada como último recurso.
O tratamento com antibiótico para pulpite pode ser prescrito caso haja infecção bacteriana secundária, como um um abscesso. Ele também pode ser usado para evitar a piora do problema, enquanto o paciente aguarda pelo canal.
Mas ele não é o tratamento principal, pois não resolve a inflamação, sendo considerado um tratamento complementar.
A inflamação costuma ser uma emergência odontológica. Por isso, existem sinais de alerta claros que determinam a busca por atendimento especializado. São eles:
A busca por um especialista deve ser rápida, pois o tratamento precoce da pulpite reversível pode evitar o canal.
A pulpite é mais do que "apenas dor de dente", é um sinal claro de que a polpa dentária está inflamada e sob risco. Saber o que é pulpite e quais são os sintomas permite ir em busca do profissional e tratamento adequados. Para evitar que ela ocorra, é importante fazer consultas odontológicas regulares e manter uma higiene bucal apropriada.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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