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Doença que se origina na medula óssea compromete as células de defesa do corpo. Saiba como identificar os sinais e a importância do diagnóstico.

Um cansaço que não passa mesmo depois de uma boa noite de sono. Uma mancha roxa que aparece na perna sem que você se lembre de ter batido em algum lugar. Esses sinais, muitas vezes ignorados, podem ser o primeiro alerta para uma condição séria que se desenvolve silenciosamente no sangue: a leucemia.
É importante saber que a leucemia é um tipo de câncer que se origina nas células do sangue, do sistema linfático ou da medula óssea. Existem mais de 100 subtipos da doença, cada um com características e prognósticos variados.
Para entender a leucemia, primeiro é preciso conhecer a função da medula óssea. Localizada no interior dos ossos, ela é a fábrica do nosso sangue, produzindo três tipos principais de células: os glóbulos vermelhos (que transportam oxigênio), os glóbulos brancos (que combatem infecções) e as plaquetas (que ajudam na coagulação).
A leucemia começa quando uma célula-tronco da medula óssea sofre uma mutação genética. Essa mutação a transforma em uma célula cancerosa. Diferente de uma célula normal, ela não amadurece corretamente e se multiplica de forma muito rápida e descontrolada.
Com o tempo, essas células doentes, chamadas blastos, se acumulam na medula óssea. Elas ocupam o espaço das células saudáveis, prejudicando a produção normal de sangue. A leucemia também altera o ambiente da medula óssea, o que dificulta ainda mais a produção de células sanguíneas saudáveis e causa os sintomas da doença. É por isso que a leucemia é popularmente conhecida como "câncer no sangue".
A leucemia é classificada com base em dois critérios principais: a velocidade de progressão da doença e o tipo de glóbulo branco afetado. Isso resulta em quatro tipos mais comuns.
A combinação desses critérios define os quatro tipos principais:
A Leucemia Linfoide Aguda (LLA) é o tipo mais comum em crianças. Este tipo de câncer de sangue em células B tem altas chances de cura, o que tem levado a muitas pesquisas para otimizar os tratamentos e reduzir sua intensidade.
Já a Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é uma doença grave. Apesar dos avanços recentes no tratamento, a LMA ainda é responsável pela morte de mais da metade dos pacientes afetados.
Os sintomas da leucemia surgem devido à falta de células sanguíneas normais. Eles podem ser vagos no início, mas tendem a piorar conforme as células doentes se acumulam.
A redução dos glóbulos vermelhos diminui a oxigenação do corpo, causando:
Com poucas plaquetas, a capacidade de coagulação do sangue fica comprometida. Isso pode levar a:
Apesar de haver muitos glóbulos brancos, eles são defeituosos e não protegem o corpo adequadamente. Isso resulta em:
O acúmulo de células leucêmicas em outras partes do corpo pode causar:
A suspeita de leucemia geralmente começa com a avaliação dos sintomas pelo médico e um exame físico. Para confirmar o diagnóstico, uma série de exames é necessária.
Na maioria dos casos, a causa da leucemia é desconhecida. No entanto, alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver a doença. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), eles incluem:
Sim, as chances de cura para a leucemia existem e têm aumentado significativamente nas últimas décadas, graças aos avanços no tratamento. O objetivo principal do tratamento é destruir as células leucêmicas para que a medula óssea volte a produzir células normais. As abordagens variam conforme o tipo de leucemia, a idade e o estado de saúde geral do paciente.
Os tratamentos podem incluir quimioterapia, terapia-alvo, imunoterapia e, em alguns casos, o transplante de medula óssea. O acompanhamento com uma equipe médica especializada, incluindo hematologistas e oncologistas, é fundamental para definir a melhor estratégia terapêutica e aumentar as chances de remissão da doença.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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