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Entenda por que essa condição silenciosa afeta milhões de brasileiros e descubra como o diagnóstico e o controle são fundamentais para uma vida longa e saudável.

A cena pode ser familiar: durante uma consulta de rotina, o aparelho de pressão é colocado no seu braço. Aquele aperto momentâneo é seguido por um resultado numérico que, muitas vezes, não recebe a devida atenção. No entanto, esses números são um dos indicadores mais importantes da sua saúde cardiovascular.
A hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica na qual a pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias se mantém elevada. Essa condição é reconhecida como a doença crônica mais comum em todo o mundo. Para que o sangue circule por todo o corpo, o coração bombeia com uma certa força, gerando essa pressão.
Quando essa força é consistentemente alta, o coração precisa trabalhar mais e as artérias podem sofrer danos ao longo do tempo. Segundo o Ministério da Saúde, a condição é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares graves.
Médicos cardiovasculares são os especialistas mais indicados para acompanhar seu quadro e seu tratamento. A Rede Américas conta com um corpo clínico especializado e de renome.
A medição da pressão arterial fornece dois valores, geralmente expressos em milímetros de mercúrio (mmHg), como "120 por 80 mmHg" ou, popularmente, "12 por 8".
Valores considerados ótimos para um adulto saudável geralmente ficam em torno de 120/80 mmHg. A partir daí, os níveis podem indicar um alerta.
O diagnóstico de hipertensão é confirmado quando, após múltiplas medições em dias diferentes, a pressão arterial se mantém igual ou superior a 140/90 mmHg.
A classificação ajuda a entender a gravidade do quadro:
Fonte: MSD Manuals (2025).
Um dos maiores perigos da HAS é a ausência de sintomas na maioria dos casos. Muitas pessoas convivem com a pressão alta por anos sem saber, enquanto a condição danifica silenciosamente vasos sanguíneos, coração, cérebro e rins.
Sintomas como dor de cabeça, tontura, zumbido no ouvido ou visão embaçada podem aparecer, mas geralmente ocorrem apenas quando a pressão está muito elevada ou quando já existem complicações. Por isso, a única forma de diagnóstico é a medição regular.
A hipertensão é uma condição multifatorial, ou seja, resulta da interação de diversos fatores genéticos e de estilo de vida. Ela pode ser classificada em dois tipos principais.
Corresponde a mais de 90% dos casos e não possui uma causa única identificável. A hipertensão arterial primária é entendida como uma síndrome, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas, e não como uma única doença.
A pressão arterial elevada é seu sinal mais comum e a condição está associada a uma combinação de fatores, como:
Em uma minoria dos casos, a pressão alta é consequência de outra condição médica, como doenças renais, problemas de tireoide, apneia do sono ou uso de certos medicamentos.
A pressão arterial elevada e contínua sobrecarrega o sistema cardiovascular e pode levar a complicações graves e, por vezes, fatais. Manter a HAS sem controle é um risco para órgãos vitais.
De fato, a hipertensão arterial sistêmica é um fator de risco significativo que pode causar insuficiência cardíaca, doenças cerebrais e coronarianas, além de problemas nos rins, elevando o risco de morte.
As principais consequências incluem:
O diagnóstico é simples e indolor, realizado através da medição da pressão arterial com um aparelho chamado esfigmomanômetro. Como a pressão pode variar ao longo do dia, o médico geralmente solicita múltiplas medições em diferentes ocasiões para confirmar o diagnóstico.
Em alguns casos, pode ser indicado o exame de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), no qual o paciente usa um aparelho por 24 horas para registrar as variações da pressão durante as atividades diárias e o sono.
O tratamento da HAS é um compromisso para toda a vida e se baseia em dois pilares fundamentais: mudanças de hábitos e, quando necessário, o uso de medicamentos. O objetivo é manter a pressão em níveis seguros e reduzir o risco de complicações.
Adotar hábitos saudáveis é a primeira e mais importante linha de tratamento, recomendada para todos os pacientes:
Quando as mudanças no estilo de vida não são suficientes para controlar a pressão, o médico cardiologista indicará o uso de medicamentos anti-hipertensivos. Existem diversas classes de remédios, e a escolha dependerá do quadro clínico de cada paciente.
É fundamental tomar a medicação conforme a prescrição, mesmo que você não sinta nada. A adesão ao tratamento é a chave para prevenir as complicações da doença.
Aferir a pressão arterial em casa pode ser uma ferramenta valiosa para o controle da HAS, pois permite ao médico avaliar a eficácia do tratamento e fazer ajustes quando necessário. Para isso, utilize aparelhos automáticos validados e siga as orientações do seu médico sobre a frequência e os horários das medições.
Cuidar da pressão arterial é um ato de cuidado com a vida. A melhoria do controle da hipertensão é um objetivo central da pesquisa, reforçando a importância da gestão eficaz da pressão arterial para a saúde. Embora a hipertensão seja uma condição séria, com diagnóstico precoce, tratamento adequado e disciplina, é perfeitamente possível manter a qualidade de vida e a saúde em dia.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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