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O que é glaucoma: sintomas, causas e tratamento adequado

O glaucoma evolui de maneira silenciosa, muitas vezes sem sintomas no início, e pode levar à perda permanente da visão se não tratado

Glaucoma é uma doença do nervo óptico comum e mais séria do que parece. Muita gente só descobre que tem quando já perdeu boa parte da visão, já que ele pode avançar sem dar nenhum sinal.

O que é glaucoma

Siga a leitura e saiba o que é glaucoma, como detectar precocemente a condição e quais são as opções de tratamento disponíveis.

O que é glaucoma e por que ele acontece?

O glaucoma é uma doença que acomete os olhos e atinge principalmente o nervo óptico, uma espécie de “fio principal” que leva a imagem capturada pelo olho até o cérebro. Ao contrário do que muita gente pensa, glaucoma não é simplesmente “pressão alta nos olhos”, mas esse aumento da pressão intraocular é, sim, uma das principais causas. 

Essa pressão se eleva porque o olho produz um líquido chamado humor aquoso, e o glaucoma costuma aparecer quando há um desequilíbrio entre a produção deste líquido e sua drenagem – ou seja, o olho passa a produzir mais do que consegue eliminar. 

Isso vai causando dano no nervo óptico ao longo do tempo e levando à perda gradual da visão. Outros fatores, como histórico familiar, idade, doenças como diabetes e até o uso prolongado de corticoides, também podem estar relacionados ao surgimento do glaucoma.

Sintomas iniciais do glaucoma

O glaucoma é famoso por ser “silencioso”. Na maioria dos casos, principalmente na forma chamada de glaucoma de ângulo aberto - o mais prevalente no Brasil -, os sintomas são quase inexistentes nas fases iniciais

Quando surgem sinais, eles costumam ser notados tardiamente, geralmente quando o dano ao nervo óptico já é significativo e a pessoa percebe que está com a visão lateral (periférica) prejudicada. O campo visual vai ficando cada vez mais estreito, como se a pessoa enxergasse por um túnel. 

Essa perda visual é irreversível. E, como o tempo e a perda de sensibilidade da retina, o paciente pode notar:

  • Redução na percepção de contrastes;
  • Mudança na adaptação claro/escuro;
  • Maior dificuldade na leitura.

Em casos mais raros, especialmente no glaucoma de ângulo fechado, podem aparecer sintomas súbitos, como dor intensa nos olhos. A dor também pode surgir em casos de aumento súbito da pressão intraocular.

Vale mencionar que o tratamento com colírios para o glaucoma - e não a doença em si - pode causar sintomas como vermelhidão nos olhos e olho seco.

Tipos de glaucoma e suas diferenças

Glaucoma não é uma condição única. Na verdade, existem mais de 30 tipos, sendo que os principais são:

  • Glaucoma de ângulo aberto: o mais frequente no Brasil e geralmente silencioso. O sistema de drenagem do olho entope aos poucos, elevando a pressão ocular de modo quase imperceptível.
  • Glaucoma de ângulo fechado: mais raro, mas perigoso. Ocorre quando a drenagem do humor aquoso é bloqueada bruscamente. Os sintomas aparecem de repente.
  • Glaucoma congênito: atinge bebês e crianças pequenas devido a problemas no desenvolvimento das estruturas internas dos olhos. Pode ser percebido por olhos grandes, sensíveis à luz e lacrimejantes.
  • Glaucoma secundário: resultado de outras doenças, como diabetes, inflamações ou traumas, ou ainda pelo uso prolongado de medicamentos como corticosteróides.

Como o diagnóstico é feito?

O diagnóstico do glaucoma é feito na consulta com o oftalmologista. O especialista vai medir a pressão dos olhos (tonometria), examinar o fundo do olho para ver o nervo óptico (fundoscopia), e pedir um exame de campo visual, necessário para avaliar se já existe alguma perda de visão periférica. Em alguns casos, outros exames de imagem do nervo óptico são solicitados.

O glaucoma tem cura?

Não. O glaucoma não tem cura, mas hoje é possível controlar a evolução da doença e preservar ao máximo a visão que a pessoa ainda possui. Por isso, a importância do diagnóstico precoce: quanto antes começar o tratamento, melhor para a preservação visual.

Tratamentos com colírios, laser ou cirurgia

O tratamento mais comum para glaucoma são colírios específicos, que reduzem a produção de humor aquoso ou aumentam sua drenagem. O oftalmologista também pode indicar procedimentos a laser, que melhoram a drenagem desse líquido. A taxa de sucesso do laser é de 50 a 60%, mas trata-se de um procedimento seguro.

Quando nada mais funciona ou o glaucoma avança rápido, as cirurgias podem ser indicadas para criar novas vias de drenagem no olho.

Cada caso é avaliado individualmente e é fundamental seguir à risca o tratamento indicado pelo médico, já que qualquer “falha” pode permitir o avanço do dano no nervo óptico.

Complicações se não tratado a tempo

O maior perigo do glaucoma é o risco real de cegueira permanente. Se não tratado, as células do nervo óptico vão morrendo, reduzindo cada vez mais o campo de visão até chegar à cegueira total. E, muitas vezes, isso acontece, sem sintomas na fase inicial. Por isso, é fundamental manter os exames oftalmológicos em dia, principalmente a partir dos 40 anos, ou antes se houver fatores de risco.

Os principais fatores de risco para o glaucoma são:

  • Antecedente familiar (parentes com glaucoma, especialmente de primeiro grau);
  • Miopia (relacionada ao glaucoma de ângulo aberto);
  • Hipermetropia (associada ao glaucoma de ângulo fechado);
  • Idade avançada (o risco aumenta após os 50 anos, chegando a mais de 15% acima dos 75);
  • Etnia (negros apresentam o dobro da prevalência, menor eficácia do tratamento e maior risco de cegueira; orientais têm mais glaucoma de pressão normal e de ângulo fechado crônico);
  • Pressão arterial baixa (principalmente quando combinada com pressão ocular elevada); 
  • Diabetes descompensado, que pode levar ao tipo grave chamado glaucoma neovascular.

Como prevenir a progressão do glaucoma

Não é possível evitar completamente o aparecimento e a progressão do glaucoma, mas é possível impedir que ele avance rapidamente. Isso exige acompanhamento oftalmológico regular, uso rigoroso da medicação prescrita, controle de doenças como diabetes e hipertensão, além de um estilo de vida saudável. Na verdade, “prevenção” aqui seria detecção precoce e tratamento contínuo.

Perguntas frequentes

O que leva uma pessoa a ter glaucoma?

Vários fatores: predisposição genética (histórico familiar), idade avançada, doenças como diabetes, miopia, uso prolongado de corticoides, entre outros.

Quais são os primeiros sinais de glaucoma?

Normalmente, não há sintomas na fase inicial da doença. Nos casos em que aparecem, a pessoa pode notar perda da visão periférica ou, no tipo agudo, dor e vermelhidão nos olhos, visão embaçada e halos ao redor das luzes.

O que é glaucoma e é perigoso?

Glaucoma é uma doença crônica dos olhos que pode causar cegueira irreversível se não for tratada rapidamente. Muitas vezes, só dá sinais quando o dano já está avançado

Quais são os 4 tipos de glaucoma?

Os quatro tipos mais comuns de glaucoma são: glaucoma de ângulo aberto, de ângulo fechado, congênito e secundário.

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