Revisado em: 13/06/2025
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O glaucoma evolui de maneira silenciosa, muitas vezes sem sintomas no início, e pode levar à perda permanente da visão se não tratado
Glaucoma é uma doença do nervo óptico comum e mais séria do que parece. Muita gente só descobre que tem quando já perdeu boa parte da visão, já que ele pode avançar sem dar nenhum sinal.

Siga a leitura e saiba o que é glaucoma, como detectar precocemente a condição e quais são as opções de tratamento disponíveis.
O glaucoma é uma doença que acomete os olhos e atinge principalmente o nervo óptico, uma espécie de “fio principal” que leva a imagem capturada pelo olho até o cérebro. Ao contrário do que muita gente pensa, glaucoma não é simplesmente “pressão alta nos olhos”, mas esse aumento da pressão intraocular é, sim, uma das principais causas.
Essa pressão se eleva porque o olho produz um líquido chamado humor aquoso, e o glaucoma costuma aparecer quando há um desequilíbrio entre a produção deste líquido e sua drenagem – ou seja, o olho passa a produzir mais do que consegue eliminar.
Isso vai causando dano no nervo óptico ao longo do tempo e levando à perda gradual da visão. Outros fatores, como histórico familiar, idade, doenças como diabetes e até o uso prolongado de corticoides, também podem estar relacionados ao surgimento do glaucoma.
O glaucoma é famoso por ser “silencioso”. Na maioria dos casos, principalmente na forma chamada de glaucoma de ângulo aberto - o mais prevalente no Brasil -, os sintomas são quase inexistentes nas fases iniciais.
Quando surgem sinais, eles costumam ser notados tardiamente, geralmente quando o dano ao nervo óptico já é significativo e a pessoa percebe que está com a visão lateral (periférica) prejudicada. O campo visual vai ficando cada vez mais estreito, como se a pessoa enxergasse por um túnel.
Essa perda visual é irreversível. E, como o tempo e a perda de sensibilidade da retina, o paciente pode notar:
Em casos mais raros, especialmente no glaucoma de ângulo fechado, podem aparecer sintomas súbitos, como dor intensa nos olhos. A dor também pode surgir em casos de aumento súbito da pressão intraocular.
Vale mencionar que o tratamento com colírios para o glaucoma - e não a doença em si - pode causar sintomas como vermelhidão nos olhos e olho seco.
Glaucoma não é uma condição única. Na verdade, existem mais de 30 tipos, sendo que os principais são:
O diagnóstico do glaucoma é feito na consulta com o oftalmologista. O especialista vai medir a pressão dos olhos (tonometria), examinar o fundo do olho para ver o nervo óptico (fundoscopia), e pedir um exame de campo visual, necessário para avaliar se já existe alguma perda de visão periférica. Em alguns casos, outros exames de imagem do nervo óptico são solicitados.
Não. O glaucoma não tem cura, mas hoje é possível controlar a evolução da doença e preservar ao máximo a visão que a pessoa ainda possui. Por isso, a importância do diagnóstico precoce: quanto antes começar o tratamento, melhor para a preservação visual.
O tratamento mais comum para glaucoma são colírios específicos, que reduzem a produção de humor aquoso ou aumentam sua drenagem. O oftalmologista também pode indicar procedimentos a laser, que melhoram a drenagem desse líquido. A taxa de sucesso do laser é de 50 a 60%, mas trata-se de um procedimento seguro.
Quando nada mais funciona ou o glaucoma avança rápido, as cirurgias podem ser indicadas para criar novas vias de drenagem no olho.
Cada caso é avaliado individualmente e é fundamental seguir à risca o tratamento indicado pelo médico, já que qualquer “falha” pode permitir o avanço do dano no nervo óptico.
Complicações se não tratado a tempo
O maior perigo do glaucoma é o risco real de cegueira permanente. Se não tratado, as células do nervo óptico vão morrendo, reduzindo cada vez mais o campo de visão até chegar à cegueira total. E, muitas vezes, isso acontece, sem sintomas na fase inicial. Por isso, é fundamental manter os exames oftalmológicos em dia, principalmente a partir dos 40 anos, ou antes se houver fatores de risco.
Os principais fatores de risco para o glaucoma são:
Não é possível evitar completamente o aparecimento e a progressão do glaucoma, mas é possível impedir que ele avance rapidamente. Isso exige acompanhamento oftalmológico regular, uso rigoroso da medicação prescrita, controle de doenças como diabetes e hipertensão, além de um estilo de vida saudável. Na verdade, “prevenção” aqui seria detecção precoce e tratamento contínuo.
Vários fatores: predisposição genética (histórico familiar), idade avançada, doenças como diabetes, miopia, uso prolongado de corticoides, entre outros.
Normalmente, não há sintomas na fase inicial da doença. Nos casos em que aparecem, a pessoa pode notar perda da visão periférica ou, no tipo agudo, dor e vermelhidão nos olhos, visão embaçada e halos ao redor das luzes.
Glaucoma é uma doença crônica dos olhos que pode causar cegueira irreversível se não for tratada rapidamente. Muitas vezes, só dá sinais quando o dano já está avançado
Os quatro tipos mais comuns de glaucoma são: glaucoma de ângulo aberto, de ângulo fechado, congênito e secundário.
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