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Saiba como aliviar as dores com medidas simples e entenda os sinais que indicam a necessidade de uma avaliação médica especializada.

A pontada começa fraca, um incômodo na parte inferior da barriga que, aos poucos, se intensifica e se torna uma dor persistente. Para muitas mulheres, essa é a descrição familiar da cólica menstrual, um sintoma que pode afetar a rotina e o bem-estar todos os meses.
De fato, mais da metade das mulheres pode sentir cólicas menstruais de intensidade moderada a severa, que chegam a prejudicar sua qualidade de vida. Isso ressalta a importância de reconhecer a intensidade da dor e buscar um manejo adequado para ela. Contudo, a dor de cólica também pode ter outras origens.
Felizmente, existem diversas estratégias eficazes para aliviar esse desconforto. Desde medidas caseiras e imediatas até mudanças no estilo de vida, é possível controlar e reduzir o impacto da dor.
A cólica menstrual, chamada tecnicamente de dismenorreia, é provocada principalmente pelas prostaglandinas. Essas substâncias fazem o útero se contrair para eliminar o endométrio (o revestimento interno do útero) durante a menstruação. Níveis mais altos de prostaglandinas podem causar contrações mais fortes e dolorosas.
Já as cólicas intestinais podem estar associadas a gases, indigestão ou condições do trato digestivo. Embora a origem seja diferente, algumas estratégias de alívio podem servir para ambos os casos, focando no relaxamento muscular e na redução da inflamação.
Clínicos gerais e ginecologistas são os especialistas que podem atender esse tipo de queixa. A Rede Américas conta com médicos renomados em vários estados brasileiros.
Quando a dor aparece, o objetivo é encontrar alívio imediato. Algumas técnicas simples e acessíveis podem fazer uma grande diferença em poucos minutos.
O uso de uma bolsa de água quente ou uma toalha morna sobre a parte inferior do abdômen ou na região lombar é um dos métodos mais recomendados. O calor ajuda a relaxar os músculos do útero, aliviando os espasmos e a dor. A temperatura elevada aumenta o fluxo sanguíneo para a área, o que também contribui para a diminuição do desconforto.
Massagear suavemente a região abdominal em movimentos circulares pode ajudar a relaxar a musculatura e aliviar a tensão. Utilize a ponta dos dedos e aplique uma pressão leve e constante. O uso de óleos com propriedades calmantes, como o de lavanda, pode potencializar o efeito relaxante.
A posição do corpo pode influenciar na intensidade da dor. Muitas pessoas encontram alívio ao adotar certas posturas que diminuem a pressão sobre o abdômen. Tente as seguintes opções:
Algumas ervas possuem efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e antiespasmódicos que podem ser úteis. Uma bebida quente também promove uma sensação de conforto. Considere os seguintes chás:
Além das medidas de alívio imediato, adotar hábitos saudáveis no dia a dia é fundamental para prevenir a intensidade das dores a longo prazo.
A dieta tem um papel importante na regulação dos processos inflamatórios do corpo. Dê preferência a alimentos ricos em magnésio, potássio e vitaminas do complexo B. Por outro lado, evite ou reduza o consumo de:
Manter uma dieta anti-inflamatória, baseada em frutas, vegetais, grãos integrais e peixes ricos em ômega-3, pode ajudar a modular a resposta do corpo à dor.
Pode parecer contraintuitivo, mas movimentar o corpo é um excelente remédio para cólicas. Durante o exercício, o corpo libera endorfinas, neurotransmissores que atuam como analgésicos naturais. Atividades como caminhada, ioga ou alongamentos leves são especialmente benéficas, mesmo durante o período menstrual.
Beber bastante água é essencial. A desidratação pode piorar as contrações musculares e a retenção de líquidos, intensificando o desconforto da cólica. Mantenha uma garrafa de água por perto e consuma líquidos ao longo de todo o dia.
O estresse é um fator que pode influenciar diversas condições de saúde, incluindo a intensidade das cólicas menstruais.
Pesquisas recentes sugerem que o estresse, especialmente o relacionado ao ambiente de trabalho, pode agravar essas dores. Por isso, adotar estratégias para controlar o estresse, como práticas de relaxamento, meditação ou hobbies que promovam bem-estar, pode ser uma forma eficaz de amenizar o desconforto.
Existem medicamentos que podem ser indicados para o alívio da cólica. Eles geralmente se enquadram em categorias como analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e antiespasmódicos. Os AINEs, por exemplo, atuam inibindo a produção de prostaglandinas.
Contudo, a automedicação nunca é recomendada. É importante notar que a maioria das mulheres com cólicas menstruais fortes não busca ajuda médica, e muitas das que se automedicam, frequentemente o fazem de maneira incorreta. Apenas um médico pode avaliar a causa da sua dor e indicar o tratamento mais seguro e eficaz para o seu caso. O uso inadequado de medicamentos pode mascarar condições mais sérias e trazer riscos à saúde.
Embora a cólica seja comum, uma dor de intensidade muito alta ou que não melhora com as medidas habituais não deve ser normalizada. É fundamental procurar um ginecologista ou clínico generalista se a sua dor apresentar as seguintes características:
É crucial estar atenta, pois cólicas menstruais que persistem com intensidade ou que não melhoram em mulheres adultas, especialmente após os 20 anos, podem ser um sinal de condições como endometriose e exigem uma avaliação médica.
Esses sintomas também podem indicar outras condições que necessitam de diagnóstico e tratamento específicos, como miomas uterinos, doença inflamatória pélvica ou outras alterações. O diagnóstico correto é o primeiro passo para um tratamento eficaz e para a recuperação da sua qualidade de vida.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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