Ícone
InícioSaúdeSaúde da mulher

Resuma este artigo com IA:

Ícone

O que é bom para dor de cólica? Veja como aliviar o desconforto menstrual

Saiba como aliviar as dores com medidas simples e entenda os sinais que indicam a necessidade de uma avaliação médica especializada.

o que é bom para dor de cólica​1.jpg

A pontada começa fraca, um incômodo na parte inferior da barriga que, aos poucos, se intensifica e se torna uma dor persistente. Para muitas mulheres, essa é a descrição familiar da cólica menstrual, um sintoma que pode afetar a rotina e o bem-estar todos os meses.

De fato, mais da metade das mulheres pode sentir cólicas menstruais de intensidade moderada a severa, que chegam a prejudicar sua qualidade de vida. Isso ressalta a importância de reconhecer a intensidade da dor e buscar um manejo adequado para ela. Contudo, a dor de cólica também pode ter outras origens.

Felizmente, existem diversas estratégias eficazes para aliviar esse desconforto. Desde medidas caseiras e imediatas até mudanças no estilo de vida, é possível controlar e reduzir o impacto da dor.

Por que as mulheres sentem cólica?

A cólica menstrual, chamada tecnicamente de dismenorreia, é provocada principalmente pelas prostaglandinas. Essas substâncias fazem o útero se contrair para eliminar o endométrio (o revestimento interno do útero) durante a menstruação. Níveis mais altos de prostaglandinas podem causar contrações mais fortes e dolorosas.

Já as cólicas intestinais podem estar associadas a gases, indigestão ou condições do trato digestivo. Embora a origem seja diferente, algumas estratégias de alívio podem servir para ambos os casos, focando no relaxamento muscular e na redução da inflamação.

Clínicos gerais e ginecologistas são os especialistas que podem atender esse tipo de queixa. A Rede Américas conta com médicos renomados em vários estados brasileiros.

Como aliviar a dor de cólica rapidamente?

Quando a dor aparece, o objetivo é encontrar alívio imediato. Algumas técnicas simples e acessíveis podem fazer uma grande diferença em poucos minutos.

Aplique calor na região

O uso de uma bolsa de água quente ou uma toalha morna sobre a parte inferior do abdômen ou na região lombar é um dos métodos mais recomendados. O calor ajuda a relaxar os músculos do útero, aliviando os espasmos e a dor. A temperatura elevada aumenta o fluxo sanguíneo para a área, o que também contribui para a diminuição do desconforto.

Faça massagens leves

Massagear suavemente a região abdominal em movimentos circulares pode ajudar a relaxar a musculatura e aliviar a tensão. Utilize a ponta dos dedos e aplique uma pressão leve e constante. O uso de óleos com propriedades calmantes, como o de lavanda, pode potencializar o efeito relaxante.

Adote posições de alívio

A posição do corpo pode influenciar na intensidade da dor. Muitas pessoas encontram alívio ao adotar certas posturas que diminuem a pressão sobre o abdômen. Tente as seguintes opções:

  • Posição fetal: deitar de lado com os joelhos dobrados em direção ao peito ajuda a relaxar os músculos abdominais.
  • Deitada com pernas elevadas: deitar de costas com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão ou com as pernas apoiadas em almofadas pode aliviar a pressão na região pélvica.

Beba chás com propriedades calmantes

Algumas ervas possuem efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e antiespasmódicos que podem ser úteis. Uma bebida quente também promove uma sensação de conforto. Considere os seguintes chás:

  • Camomila: conhecida por suas propriedades calmantes e relaxantes.
  • Gengibre: possui ação anti-inflamatória que pode ajudar a reduzir a produção de prostaglandinas.
  • Hortelã-pimenta: ajuda a relaxar os músculos e pode ser útil também para cólicas intestinais.

Quais mudanças de hábito podem prevenir ou diminuir as cólicas?

Além das medidas de alívio imediato, adotar hábitos saudáveis no dia a dia é fundamental para prevenir a intensidade das dores a longo prazo.

Ajuste a alimentação

A dieta tem um papel importante na regulação dos processos inflamatórios do corpo. Dê preferência a alimentos ricos em magnésio, potássio e vitaminas do complexo B. Por outro lado, evite ou reduza o consumo de:

  • Alimentos gordurosos e processados
  • Excesso de açúcar e sal
  • Cafeína e bebidas alcoólicas

Manter uma dieta anti-inflamatória, baseada em frutas, vegetais, grãos integrais e peixes ricos em ômega-3, pode ajudar a modular a resposta do corpo à dor.

Pratique atividade física regularmente

Pode parecer contraintuitivo, mas movimentar o corpo é um excelente remédio para cólicas. Durante o exercício, o corpo libera endorfinas, neurotransmissores que atuam como analgésicos naturais. Atividades como caminhada, ioga ou alongamentos leves são especialmente benéficas, mesmo durante o período menstrual.

Mantenha a hidratação em dia

Beber bastante água é essencial. A desidratação pode piorar as contrações musculares e a retenção de líquidos, intensificando o desconforto da cólica. Mantenha uma garrafa de água por perto e consuma líquidos ao longo de todo o dia.

Gerencie o estresse

O estresse é um fator que pode influenciar diversas condições de saúde, incluindo a intensidade das cólicas menstruais. 

Pesquisas recentes sugerem que o estresse, especialmente o relacionado ao ambiente de trabalho, pode agravar essas dores. Por isso, adotar estratégias para controlar o estresse, como práticas de relaxamento, meditação ou hobbies que promovam bem-estar, pode ser uma forma eficaz de amenizar o desconforto.

E os medicamentos para cólica?

Existem medicamentos que podem ser indicados para o alívio da cólica. Eles geralmente se enquadram em categorias como analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e antiespasmódicos. Os AINEs, por exemplo, atuam inibindo a produção de prostaglandinas.

Contudo, a automedicação nunca é recomendada. É importante notar que a maioria das mulheres com cólicas menstruais fortes não busca ajuda médica, e muitas das que se automedicam, frequentemente o fazem de maneira incorreta. Apenas um médico pode avaliar a causa da sua dor e indicar o tratamento mais seguro e eficaz para o seu caso. O uso inadequado de medicamentos pode mascarar condições mais sérias e trazer riscos à saúde.

Quando a dor de cólica é um sinal de alerta?

Embora a cólica seja comum, uma dor de intensidade muito alta ou que não melhora com as medidas habituais não deve ser normalizada. É fundamental procurar um ginecologista ou clínico generalista se a sua dor apresentar as seguintes características:

  • É incapacitante: impede a realização de atividades diárias como trabalhar ou estudar.
  • Piora progressivamente a cada ciclo menstrual.
  • Vem acompanhada de outros sintomas, como febre, náuseas, dor durante a relação sexual ou sangramento intenso.
  • Começa muito antes ou continua por vários dias após o fim da menstruação.
  • Não melhora com o uso de analgésicos comuns ou tratamentos caseiros.

É crucial estar atenta, pois cólicas menstruais que persistem com intensidade ou que não melhoram em mulheres adultas, especialmente após os 20 anos, podem ser um sinal de condições como endometriose e exigem uma avaliação médica. 

Esses sintomas também podem indicar outras condições que necessitam de diagnóstico e tratamento específicos, como miomas uterinos, doença inflamatória pélvica ou outras alterações. O diagnóstico correto é o primeiro passo para um tratamento eficaz e para a recuperação da sua qualidade de vida.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Bibliografia

CHEN, C. X. et al. Social determinants of health and dysmenorrhea: a systematic review. The journal of pain, [s. l.], mai. 2024. Disponível:https://www.jpain.org/article/S1526-5900(24)00509-1/fulltext. Acesso em: 13 nov. 2025.

DIXON, S. et al. What is known about adolescent dysmenorrhoea in (and for) community health settings?. *Frontiers in Reproductive Health*, jul. 2024. Disponível: https://www.frontiersin.org/journals/reproductive-health/articles/10.3389/frph.2024.1394978/full. Acesso em: 13 nov. 2025.

HEALTH-RELATED quality of life among Chinese adolescent girls with Dysmenorrhoea. Reproductive Health, maio. 2018. Disponível: https://reproductive-health-journal.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12978-018-0540-5. Acesso em: 13 nov. 2025.

SITUMORANG, H. et al. Association between primary dysmenorrhoea on quality of life, mental health and academic performance among medical students in Indonesia: a cross-sectional study. *BMJ Open*, [S. l.], jan. 2025. Disponível: https://bmjopen.bmj.com/content/15/1/e093237. Acesso em: 13 nov. 2025.

SITUMORANG, H. et al. Prevalence and risk factors of primary dysmenorrhoea among medical students: a cross-sectional survey in Indonesia. *BMJ Open*, out. 2024. Disponível: https://bmjopen.bmj.com/content/14/10/e086052. Acesso em: 13 nov. 2025.

Alert Online. Trabalho stressante duplica dores menstruais. 2005. Disponível: https://www.alert-online.com/br/news/health-portal/trabalho-stressante-duplica-dores-menstruais. Acesso em: 13 nov. 2025.

Ícone do WhatsAppÍcone do Facebook
Ícone do WhatsAppÍcone médicoAgende sua consulta