Ícone
InícioSaúdeTratamentos

Resuma este artigo com IA:

Ícone

O que é angioplastia do coração, como funciona e quando ela é indicada

Um procedimento minimamente invasivo que pode restaurar o fluxo sanguíneo do coração, aliviando dores e prevenindo infartos.

o que é angioplastia do coração​1.jpg

Aquela dor no peito durante uma caminhada, a falta de ar ao subir um lance de escadas ou o diagnóstico de uma artéria obstruída após um exame de rotina. Essas situações, que podem gerar grande ansiedade, muitas vezes levam a uma conversa com o cardiologista sobre um procedimento chamado angioplastia coronária.

Entender como essa intervenção funciona é o primeiro passo para reduzir a apreensão e participar ativamente do seu plano de tratamento. Trata-se de uma das técnicas mais eficazes e seguras da cardiologia moderna para restaurar a saúde do coração.

Os especialistas da Rede Américas realizam o procedimento. Marque a sua consulta.

Hospital

Endereço

Agendamento

Hospital Nossa Senhora do Carmo

R. Jaguaruna, 105 - Campo Grande, Rio de Janeiro - RJ, 23080-160

Encontre um cirurgião torácico no Rio de Janeiro!

Hospital da Bahia

Av. Prof. Magalhães Neto, 1541 - Pituba - Salvador-BA

Marque sua consulta com um cirurgião torácico na Bahia

Hospital Leforte Morumbi

Rua dos Três Irmãos, 121 - Morumbi - São Paulo-SP

Busque aqui um cirurgião torácico mais próximo de você em São Paulo

Hospital Christóvão da Gama Diadema

R. São Jorge, 98 - Centro, Diadema - SP

Complexo Hospitalar de Niterói

Tv. Lasalle, 12 - Centro, Niterói - RJ

Consulte um cirurgião torácico em Niterói 

Encontre um cirurgião torácico perto de você!

O que é exatamente a angioplastia coronária?

A angioplastia coronária, também conhecida como intervenção coronária percutânea (ICP), é um procedimento terapêutico minimamente invasivo. Seu propósito é desobstruir uma artéria coronária que se tornou estreita ou bloqueada devido ao acúmulo de placas de colesterol e outras substâncias, uma condição chamada aterosclerose.

Este procedimento é a principal estratégia de revascularização para pacientes que sofrem de doença arterial coronariana obstrutiva (DAC). Ele também é um tratamento fundamental para quem sofreu Síndrome Coronária Aguda (SCA), uma condição causada pela redução ou bloqueio repentino do fluxo sanguíneo nas artérias do coração.

Quando uma dessas artérias fica obstruída, o fluxo de sangue rico em oxigênio para o músculo cardíaco é reduzido. Isso pode causar dor no peito (angina) e, em casos graves, levar a um infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco).

Como a angioplastia restaura o fluxo sanguíneo?

O procedimento utiliza um cateter, que é um tubo fino e flexível. Este cateter é guiado por um vaso sanguíneo, geralmente no punho ou na virilha, até alcançar as artérias do coração. Na ponta do cateter, há um pequeno balão.

Ao chegar no ponto exato da obstrução, o médico cardiologista intervencionista infla o balão. Essa ação comprime a placa de gordura contra a parede da artéria, alargando a passagem e restabelecendo o fluxo sanguíneo. 

Na maioria dos casos, um dispositivo chamado stent é implantado no local para garantir que a artéria permaneça aberta.

Qual a diferença entre angioplastia e cateterismo?

É uma dúvida muito comum, pois os procedimentos são frequentemente realizados em conjunto. A principal diferença reside no objetivo:

  • Cateterismo cardíaco: é um exame diagnóstico. Seu objetivo é visualizar as artérias coronárias para identificar se existem obstruções, onde estão localizadas e qual a sua gravidade. Durante o cateterismo, um contraste é injetado para que as artérias apareçam claramente no raio-X.
  • Angioplastia: é um procedimento de tratamento. Ela ocorre após o cateterismo diagnosticar uma obstrução significativa que precisa ser tratada. Assim, a angioplastia é a ação de desobstruir a artéria, geralmente com balão e stent.

Em muitos casos, se uma obstrução crítica é encontrada durante o cateterismo diagnóstico, a equipe médica pode optar por realizar a angioplastia no mesmo momento.

Para quem a angioplastia é indicada?

A decisão de realizar uma angioplastia é sempre baseada em uma avaliação médica criteriosa. O cardiologista considera os sintomas do paciente, os resultados de exames como o cateterismo e o estado geral de saúde.

As principais indicações incluem:

  • Doença arterial coronariana (DAC): para pacientes com obstruções que causam angina (dor no peito) e que não melhoram adequadamente com medicação.
  • Infarto agudo do miocárdio: é o tratamento de escolha em casos de ataque cardíaco. Realizada de forma emergencial, a angioplastia primária abre a artéria completamente bloqueada, salvando o músculo cardíaco.
  • Angina instável: quando a dor no peito ocorre em repouso ou de forma imprevisível, indicando um alto risco de infarto.

Para casos de infarto agudo grave do miocárdio (conhecido como STEMI), a angioplastia coronária é considerada o tratamento padrão e preferencial. 

Esse procedimento é mais eficaz em reduzir o risco de um novo infarto e a mortalidade geral, superando outras opções como a fibrinólise. Ela é fundamental para desobstruir as artérias rapidamente, diminuindo a mortalidade e a ocorrência de novos eventos cardíacos.

Como o procedimento de angioplastia é realizado passo a passo?

Saber o que esperar pode ajudar a tranquilizar o paciente. O procedimento é realizado em um ambiente hospitalar, em uma sala específica chamada laboratório de hemodinâmica.

Antes do procedimento: a preparação necessária

A preparação envolve jejum de algumas horas e a avaliação de exames de sangue. O paciente deve informar ao médico sobre todos os medicamentos que utiliza, especialmente anticoagulantes e medicamentos para diabetes, pois alguns podem precisar ser suspensos temporariamente. Alergias a iodo ou contrastes também devem ser comunicadas.

Durante o procedimento: o que acontece na sala de hemodinâmica

O paciente permanece acordado, mas recebe uma sedação leve para relaxar. 

O processo geralmente segue estas etapas:

  1. Anestesia local: o médico anestesia a área de inserção do cateter, que pode ser a artéria radial (no punho) ou a femoral (na virilha).
  2. Introdução do cateter: um pequeno tubo introdutor é inserido na artéria, e através dele o cateter é avançado até o coração com o auxílio de imagens de raio-X.
  3. Identificação da lesão: com o uso de contraste, o ponto exato da obstrução é confirmado.
  4. Desobstrução: o cateter com o balão na ponta é posicionado na obstrução. O balão é inflado por alguns segundos para abrir a artéria.
  5. Implante do stent: um stent, que é uma pequena malha de metal expansível, é posicionado no local e liberado. Ele funciona como um "andaime", mantendo a artéria aberta de forma permanente.

Em casos de doença coronária mais grave e complexa, a angioplastia pode ser guiada por métodos de imagem interna do vaso, como ultrassom intravascular ou tomografia de coerência óptica. Essa abordagem visual oferece maiores benefícios para o paciente, contribuindo significativamente para a redução do risco de morte cardíaca.

O procedimento todo dura, em média, de 30 minutos a 2 horas, dependendo da complexidade do caso.

Quais são os tipos de stent?

Existem basicamente dois tipos de stents utilizados na angioplastia, e a escolha depende do perfil do paciente e da artéria a ser tratada.

  • Stents convencionais (ou não farmacológicos): são feitos apenas de metal (geralmente uma liga de cromo-cobalto ou aço inoxidável).
  • Stents farmacológicos: são revestidos com medicamentos que são liberados lentamente no local. 

Esses fármacos ajudam a prevenir a formação de um novo tecido cicatricial que poderia causar um novo estreitamento da artéria (processo conhecido como reestenose). Atualmente, são os mais utilizados.

A escolha do stent é uma decisão do cardiologista intervencionista, que buscará a melhor opção para garantir um resultado duradouro.

Quais são os riscos e benefícios do procedimento?

Como toda intervenção médica, a angioplastia apresenta riscos e benefícios que devem ser pesados. Contudo, quando bem indicada, os benefícios superam largamente os riscos.

Benefícios

Riscos (pouco comuns)

 

Alívio rápido da dor no peito (angina).

Sangramento ou hematoma no local da inserção do cateter.

Redução do risco de infarto em situações de emergência.

Reações alérgicas ao contraste utilizado.

Melhora da capacidade para realizar atividades físicas.

Lesão no vaso sanguíneo ou arritmias cardíacas.

Procedimento menos invasivo que a cirurgia de ponte de safena.

Formação de coágulo dentro do stent (trombose de stent).

Recuperação mais rápida e menor tempo de internação.

Necessidade de um novo procedimento no futuro (reestenose).

Vale ressaltar que as complicações graves são raras. As equipes médicas são altamente treinadas para prevenir e manejar qualquer intercorrência durante e após o procedimento.

Como é a recuperação e a vida após a angioplastia?

A recuperação inicial é feita no hospital, onde o paciente permanece em observação por cerca de 24 a 48 horas. Durante esse período, os sinais vitais são monitorados e o local do acesso do cateter é verificado.

Após a alta, o retorno às atividades diárias é gradual. O cardiologista dará orientações específicas, mas geralmente recomenda-se evitar esforços físicos intensos por uma semana. O uso contínuo de medicamentos prescritos, como antiagregantes plaquetários, é fundamental para prevenir a formação de coágulos no stent.

A angioplastia não é uma cura para a aterosclerose. Portanto, a adesão a um estilo de vida saudável é crucial para o sucesso a longo prazo. Isso inclui:

  • Alimentação equilibrada e com baixo teor de gordura saturada.
  • Prática regular de atividade física, conforme orientação médica.
  • Controle do peso, da pressão arterial, do colesterol e do diabetes.
  • Cessação do tabagismo.

O acompanhamento regular com o cardiologista é indispensável para monitorar a saúde do coração e ajustar o tratamento conforme necessário.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Bibliografia

BULLUCK, H. et al. Prognostically relevant periprocedural myocardial injury and infarction associated with percutaneous coronary interventions: a Consensus Document of the ESC Working Group on Cellular Biology of the Heart and European Association of Percutaneous Cardiovascular Interventions (EAPCI). European Heart Journal, [S.l.], maio 2021. Disponível: https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/27/2630/6290281. Acesso em: 08 dez. 2025.

KHAN, S. U. et al. Intravascular imaging guided versus coronary angiography guided percutaneous coronary intervention: systematic review and meta-analysis. The BMJ, 16 nov. 2023. Disponível: https://www.bmj.com/content/383/bmj-2023-077848. Acesso em: 08 dez. 2025.

OZAKI, Y. et al. CVIT expert consensus document on primary percutaneous coronary intervention (PCI) for acute myocardial infarction (AMI) update 2022. Cardiovascular Intervention and Therapeutics, [S.l.], jan. 2022. Disponível: https://link.springer.com/article/10.1007/s12928-021-00829-9. Acesso em: 08 dez. 2025.

QANITHA, A. et al. Determinants of stroke following percutaneous coronary intervention in patients with acute coronary syndrome: a systematic review and meta-analysis. Annals of Medicine, [S.l.], 2025. Disponível: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/07853890.2025.2506481. Acesso em: 08 dez. 2025.

YAN, F. et al. Prevalence and associated factors of mortality after percutaneous coronary intervention for adult patients with ST-elevation myocardial infarction: a systematic review and meta-analysis. Journal of Research in Medical Sciences : The Official Journal of Isfahan University of Medical Sciences, [S.l.], 16 mar. 2023. Disponível: https://journals.lww.com/jrms/fulltext/2023/03160/prevalence_and_associated_factors_of_mortality.11.aspx. Acesso em: 08 dez. 2025.

Ícone do WhatsAppÍcone do Facebook
Ícone do WhatsAppÍcone médicoAgende sua consulta