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O que é aneurisma na cabeça, sintomas e por que ele é um alerta de saúde

A condição é frequentemente silenciosa, mas seu rompimento representa uma emergência médica grave com risco de sequelas.

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Imagine uma dor de cabeça que surge do nada. Não é uma dor comum, mas algo intenso, súbito e diferente de tudo que você já sentiu. Essa pode ser a principal manifestação de um aneurisma cerebral rompido, uma condição que exige atenção médica imediata.

O que exatamente é um aneurisma cerebral

Um aneurisma cerebral, também formalmente conhecido como aneurisma intracraniano, é uma dilatação anormal na parede de um vaso sanguíneo do cérebro. Essa dilatação se assemelha a uma "bolha" que surge em um ponto frágil, comparável a um pneu.

A fragilidade na parede do vaso ocorre devido ao enfraquecimento e degradação, incluindo a perda da camada elástica interna. Essa condição patológica permite que a pressão do fluxo sanguíneo forme uma dilatação, como uma pequena bolha ou um balão frágil, que se projeta para fora da artéria.

Essas formações ocorrem mais frequentemente em pontos onde as artérias se bifurcam ou se ramificam, especialmente na base do cérebro. A grande preocupação é que essa parede dilatada e fina possa se romper, causando um sangramento no espaço ao redor do cérebro. Esta condição é conhecida como hemorragia subaracnóidea, um tipo de Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico. A ruptura do aneurisma pode resultar em uma hemorragia cerebral grave, com alto risco de morte ou sequelas significativas.

Compreender que existem diferentes formas de manifestação ajuda a desmistificar o evento e a buscar a orientação correta quando necessário.

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Quais os tipos mais comuns

Embora existam várias classificações, os aneurismas são geralmente divididos em dois tipos principais com base em sua forma:

  • Aneurisma sacular: é o tipo mais comum. Ele se parece com uma pequena bolsa ou "saco" redondo preso à artéria por um "pescoço" ou base estreita.
  • Aneurisma fusiforme: menos frequente, este tipo se manifesta como uma dilatação de todo o diâmetro da artéria, sem um pescoço definido.

Quais são as causas e os fatores de risco

A parede de uma artéria pode se enfraquecer por uma combinação de fatores congênitos e adquiridos ao longo da vida. Uma pessoa pode nascer com predisposição à fragilidade vascular, mas certos hábitos e condições de saúde aumentam o risco de formação ou ruptura de um aneurisma. Estudos recentes indicam que fatores biológicos, como os fitoestrógenos, também podem desempenhar um papel no desenvolvimento dessa condição.

É importante destacar que o risco de ruptura de um aneurisma está associado ao estresse celular nos vasos sanguíneos. Esse estresse é conhecido como estresse do retículo endoplasmático, uma condição que afeta o funcionamento das células e a integridade vascular.

Os principais fatores de risco associados incluem:

  • Hipertensão arterial: a pressão alta e contínua sobre as paredes das artérias é a principal causa modificável.
  • Tabagismo: o cigarro danifica a parede dos vasos sanguíneos, tornando-os menos elásticos e mais suscetíveis a dilatações.
  • Histórico familiar: ter parentes de primeiro grau (pais ou irmãos) com histórico de aneurisma aumenta o risco.
  • Idade: o risco aumenta após os 40 anos.
  • Níveis baixos de vitamina D: a deficiência dessa vitamina pode aumentar o risco de ruptura do aneurisma.
  • Doenças genéticas: certas condições, como a doença renal policística autossômica dominante ou síndromes do tecido conjuntivo, estão associadas a um maior risco.
  • Traumatismo craniano: lesões na cabeça podem, em casos raros, levar à formação de aneurismas.

Leia também: O que são os picos de pressão alta e quando buscar atenção imediata

Quais sintomas um aneurisma na cabeça pode causar

A manifestação dos sintomas depende fundamentalmente de o aneurisma estar intacto ou rompido. A distinção entre os dois cenários é vital.

Sintomas de um aneurisma não roto

Na grande maioria das vezes, um aneurisma pequeno e que não se rompeu não causa nenhum sintoma. Ele costuma ser um achado acidental durante exames de imagem do cérebro realizados por outros motivos. 

No entanto, se um aneurisma cresce muito, ele pode comprimir nervos ou tecidos cerebrais adjacentes, causando sintomas como:

  • Visão dupla ou turva;
  • Pupila dilatada em um dos olhos;
  • Dor acima ou atrás de um olho;
  • Dormência ou fraqueza em um lado do rosto.

Sinais de alerta de um aneurisma rompido

A ruptura de um aneurisma é uma emergência médica gravíssima. O principal sintoma é uma dor de cabeça súbita e de intensidade extrema, frequentemente descrita pelos pacientes como "a pior dor de cabeça da vida". Esse sintoma requer atendimento de urgência imediato. 

Outros sinais podem incluir:

  • Náuseas e vômitos;
  • Rigidez no pescoço;
  • Confusão mental ou sonolência;
  • Sensibilidade à luz (fotofobia);
  • Convulsões;
  • Perda de consciência.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico de um aneurisma cerebral geralmente envolve exames de imagem que permitem visualizar os vasos sanguíneos do cérebro. A escolha do exame depende da suspeita clínica, principalmente se há sinais de ruptura.

Exame

Descrição

 

Tomografia Computadorizada (TC)

É frequentemente o primeiro exame realizado na suspeita de ruptura, pois pode detectar rapidamente o sangramento no cérebro.

Angiotomografia ou Angioressonância

São exames não invasivos que utilizam contraste para criar imagens detalhadas das artérias cerebrais e identificar a localização e o formato do aneurisma.

Angiografia Cerebral Digital

Considerado o exame padrão-ouro, envolve a inserção de um cateter até as artérias do cérebro para injetar contraste e obter imagens de alta resolução dos vasos.

Um aneurisma cerebral é mais grave que um AVC

Essa é uma dúvida comum e importante de esclarecer. Um aneurisma cerebral não é um AVC, mas sim uma condição que pode levar a um tipo específico e muito grave de AVC. A ruptura de um aneurisma causa um AVC hemorrágico, especificamente uma hemorragia subaracnóidea. Portanto, o aneurisma é o problema estrutural (a "bolha"), enquanto o AVC é o evento agudo (o sangramento).

Ambos os cenários são graves, mas a ruptura de um aneurisma é um evento catastrófico com altas taxas de mortalidade e risco de sequelas neurológicas significativas para os sobreviventes.

Quais são as opções de tratamento disponíveis

A decisão de tratar um aneurisma não roto depende de uma avaliação cuidadosa do risco de ruptura, que considera o tamanho, a localização do aneurisma, a idade e a saúde geral do paciente. Para aneurismas rompidos, o tratamento é sempre uma emergência para impedir um novo sangramento.

As duas principais abordagens são:

  1. Clipagem microcirúrgica: um procedimento neurocirúrgico aberto no qual o cirurgião acessa o aneurisma e posiciona um pequeno clipe metálico em sua base ("pescoço") para isolá-lo da circulação sanguínea.
  2. Terapia endovascular (embolização): um procedimento minimamente invasivo. Um cateter é guiado através dos vasos sanguíneos, geralmente a partir da virilha, até o cérebro. Pequenas molas de platina são depositadas dentro do aneurisma para preenchê-lo e induzir a coagulação do sangue, bloqueando o fluxo para a dilatação.

A escolha entre as técnicas é feita pela equipe médica, baseada nas características individuais do aneurisma e do paciente.

É possível prevenir a formação ou a ruptura de um aneurisma

Embora não seja possível prevenir totalmente a formação de um aneurisma, especialmente os de origem congênita, controlar os fatores de risco é a medida mais eficaz para reduzir a chance de sua formação ou ruptura. As principais estratégias de prevenção envolvem manter um estilo de vida saudável e adequado. Estudos sugerem que a suplementação de vitamina D pode ser uma terapia preventiva viável contra a ruptura de aneurismas, especialmente em casos de deficiência.

Adotar hábitos como controlar rigorosamente a pressão arterial, não fumar, moderar o consumo de álcool e manter uma dieta equilibrada são fundamentais. Para pessoas com forte histórico familiar, o médico pode indicar exames de rastreamento para detectar aneurismas antes que causem problemas. O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a saúde vascular e agir preventivamente.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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