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O que comer quando está com virose? Alimentos que ajudam na recuperação

Sentir-se indisposto e sem apetite é comum, mas a nutrição correta é a chave para se recuperar. Entenda como se alimentar

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O corpo todo parece pesado, o estômago reclama e a simples ideia de comer causa náuseas. Quem já passou por uma virose, especialmente com sintomas gastrointestinais como diarreia e vômitos, conhece bem essa sensação. Nesses momentos, a alimentação se torna um desafio, mas é também uma das ferramentas mais importantes para a recuperação.

Escolher os alimentos certos ajuda a fornecer energia para o corpo combater a infecção, repor nutrientes e líquidos perdidos e, principalmente, evitar que o quadro piore. A estratégia é simples: nutrir sem sobrecarregar um sistema digestivo que já está sensível. 

É possível montar uma estratégia de alimentação saudável no período infeccioso, com o auxílio de um especialista.

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Quais são os princípios da alimentação durante uma virose?

O conhecimento sobre as melhores práticas alimentares para lidar com distúrbios gastrointestinais causados por viroses está sempre evoluindo, sendo constantemente atualizado por pesquisas e congressos médicos importantes.

Antes de listar o que colocar no prato, é fundamental entender a lógica por trás das escolhas. A dieta durante um quadro viral se baseia em dois pilares principais: hidratação intensa e digestibilidade.

A hidratação é crucial para repor os líquidos perdidos pela febre, suor, vômito ou diarreia. Durante uma infecção viral, o corpo pode passar por alterações fisiológicas, como febre e desequilíbrio de eletrólitos, tornando a manutenção da hidratação ainda mais crítica. 

A desidratação pode agravar o mal-estar, causar dores de cabeça e retardar a recuperação. Assim, a ingestão de líquidos deve ser constante, em pequenos goles.

Já a digestibilidade se refere à escolha de alimentos que exigem pouco esforço do estômago e dos intestinos. Comidas complexas ou gordurosas forçam o sistema digestivo a trabalhar mais, o que pode intensificar náuseas e cólicas.

O que comer quando está com virose?

O ideal é focar em uma dieta leve, muitas vezes chamada de "dieta branda". Ela é composta por carboidratos simples, proteínas magras e frutas e vegetais cozidos. Abaixo, separamos os alimentos em grupos para facilitar suas escolhas.

Alimentos para priorizar (Grupo Verde)

  • Líquidos: água, água de coco, chás claros (camomila, erva-doce, cidreira) e soro de reidratação oral são as melhores opções.
  • Frutas: banana, maçã (sem casca ou cozida), pera (sem casca) e goiaba. São fontes de potássio e fibras solúveis que ajudam a regular o intestino.
  • Carboidratos de fácil digestão: arroz branco bem cozido, batata cozida ou em forma de purê, mandioquinha e torradas simples (sem manteiga ou geleia).
  • Proteínas magras: frango cozido e desfiado, peixe branco (como tilápia) cozido ou grelhado. São fontes de proteína para a reparação do corpo.
  • Sopas e caldos: canja de galinha e sopas de legumes coados são perfeitas, pois hidratam e nutrem de forma leve.

Alimentos para consumir com moderação (Grupo Amarelo)

  • Ovo cozido ou pochê: é uma boa fonte de proteína, mas algumas pessoas podem ter sensibilidade. Observe como seu corpo reage.
  • Iogurte natural: se não houver diarreia intensa, o iogurte natural com probióticos pode ajudar a recompor a flora intestinal. Dê preferência às versões sem açúcar.
  • Legumes cozidos: cenoura, chuchu e abobrinha bem cozidos e sem casca são geralmente bem tolerados.

Que alimentos e bebidas devem ser evitados?

Tão importante quanto saber o que comer é saber o que evitar. Alguns alimentos podem irritar ainda mais o sistema digestivo e prolongar o desconforto.

Alimentos ricos em gordura e frituras, como carnes gordas, queijos amarelos e molhos cremosos, devem ser evitados, pois retardam a digestão. 

Além disso, é importante saber que infecções virais podem causar uma desregulação no metabolismo de gorduras, elevando o colesterol LDL (o "colesterol ruim"), mesmo sem alterar a dieta habitual. Por isso, evitar gorduras externas é ainda mais prudente.

A lista do que evitar inclui:

  • Alimentos ultraprocessados: salgadinhos, biscoitos recheados, embutidos (linguiça, presunto) e comida congelada industrializada contêm aditivos e gorduras que podem piorar a inflamação.
  • Bebidas açucaradas e gaseificadas: refrigerantes e sucos industrializados podem piorar a diarreia por seu alto teor de açúcar. O gás também pode causar desconforto.
  • Cafeína e álcool: café, chás escuros (preto, mate) e bebidas alcoólicas têm efeito diurético e podem contribuir para a desidratação.
  • Laticínios: leite, creme de leite e queijos devem ser evitados principalmente nos primeiros dias, pois a lactose pode ser de difícil digestão durante quadros de diarreia.
  • Alimentos muito condimentados: pimenta, temperos fortes e excesso de alho ou cebola podem irritar a mucosa gástrica.

Como deve ser a reintrodução alimentar após vômitos ou diarreia?

Se o quadro envolveu vômitos ou um período sem conseguir comer nada, a reintrodução alimentar deve ser gradual. O corpo precisa de tempo para se readaptar. Siga um processo cuidadoso:

  1. Comece apenas com líquidos: nas primeiras horas após o controle dos vômitos, beba apenas pequenos goles de água, água de coco ou soro de reidratação.
  2. Introduza alimentos leves: se os líquidos foram bem tolerados por algumas horas, tente uma porção pequena de gelatina, purê de maçã ou um caldo de legumes coado.
  3. Avance para os sólidos brandos: no passo seguinte, inclua arroz branco papa, purê de batata ou uma banana amassada.
  4. Observe e progrida: coma porções pequenas a cada 2 ou 3 horas. Se não houver desconforto, adicione gradualmente outras opções da lista de alimentos recomendados.

Dúvidas comuns sobre alimentos específicos

Na busca por alívio, muitas dúvidas surgem sobre o que é ou não permitido. Esclarecemos algumas das mais frequentes.

Posso comer ovo?

Sim, o ovo é uma excelente fonte de proteína. Durante a virose, a melhor forma de consumo é cozido, pochê ou em uma omelete sem gordura. Evite a versão frita.

E feijão, está liberado?

É melhor evitar. O feijão, assim como outras leguminosas, pode causar gases e distensão abdominal, o que agrava o desconforto gastrointestinal durante uma virose.

Pipoca, miojo e manga são boas opções?

Nenhuma delas é ideal. A pipoca é rica em fibras insolúveis, que podem ser irritantes. O miojo é um ultraprocessado com muito sódio e gordura. Já a manga, por ser mais fibrosa, pode não ser bem tolerada por todos no início do quadro.

Quando é necessário procurar um médico?

Uma dieta adequada ajuda muito, mas não substitui a avaliação profissional. É fundamental procurar atendimento médico se você ou a pessoa doente apresentar algum dos seguintes sinais:

  • Febre alta (acima de 38,5 °C) que não cede ou dura mais de 48 horas.
  • Sinais de desidratação, como boca seca, pouca urina, olhos fundos e tontura.
  • Vômitos ou diarreia persistentes que impedem a ingestão de qualquer líquido.
  • Dor abdominal intensa e contínua.
  • Presença de sangue nas fezes ou no vômito.

Cuidar da alimentação é uma forma de cuidar do seu corpo e dar a ele as ferramentas necessárias para se recuperar. Tenha paciência, respeite seus limites e não hesite em buscar ajuda profissional.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Bibliografia

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COSTA, B.; VALE, N. Virus-induced epilepsy vs. epilepsy patients acquiring viral infection: unravelling the complex relationship for precision treatment. International Journal of Molecular Sciences, [S.l.], v. 25, n. 7, mar. 2024. DOI: https://doi.org/10.3390/ijms25073730. Disponível em: https://www.mdpi.com/1422-0067/25/7/3730. Acesso em: 12 dez. 2025.

ESPGHAN 56th Annual Meeting Abstracts. JPGN Reports, [S.l.], 14 maio 2024. DOI: https://doi.org/10.1002/jpr3.12073. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jpr3.12073. Acesso em: 12 dez. 2025.

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