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Entenda como uma infecção urinária comum pode evoluir, quais são os sinais de alerta e os fatores de risco mais importantes.

Aquela queimação ao urinar, tão familiar para quem convive com infecções urinárias de repetição, de repente parece diferente. Agora, uma dor persistente nas costas se instala, acompanhada de calafrios e uma febre que não cede. Esses sinais podem indicar que o problema não está mais restrito à bexiga.
A infecção no rim, chamada tecnicamente de pielonefrite, é uma condição séria que ocorre quando micro-organismos, geralmente bactérias, atingem um ou ambos os rins. Em muitos casos, a pielonefrite ocorre quando as bactérias que causam uma infecção urinária comum sobem até os rins, podendo causar lesões e cicatrizes. Essa infecção pode se manifestar com sintomas como dor nas costas e febre.
A pielonefrite é uma inflamação do rim causada por uma infecção. Diferente da cistite, que é a infecção da bexiga, a pielonefrite afeta a parte funcional do rim (o parênquima renal) e a pelve renal, estrutura que coleta a urina antes de enviá-la para a bexiga. Por envolver um órgão vital, essa condição é considerada mais grave que uma infecção urinária baixa e requer tratamento imediato para evitar complicações.
Urologistas são os especialistas mais indicados para entender o quadro e realizar o tratamento de acordo com o seu caso. A Rede Américas conta com um corpo clínico especializado e de renome.
Na grande maioria dos casos, a infecção renal não começa nos rins. Ela é o resultado de uma complicação de uma infecção do trato urinário inferior (bexiga ou uretra) que não foi tratada ou não respondeu bem ao tratamento inicial.
O processo geralmente segue um caminho ascendente: as bactérias entram pela uretra, colonizam a bexiga e, se as condições permitirem, sobem pelos ureteres até alcançarem os rins. Essa é a via mais comum de contaminação.
A bactéria Escherichia coli (E. coli), que vive naturalmente no intestino, é a responsável por cerca de 70% a 85% dos casos de infecções do trato urinário, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia.
Devido à proximidade anatômica entre o ânus e a uretra, especialmente em mulheres, essa bactéria pode facilmente migrar para o sistema urinário.
Algumas condições podem enfraquecer as defesas naturais do corpo ou criar um ambiente propício para que as bactérias façam o trajeto até os rins.
Entre elas estão:
Os sintomas da pielonefrite são mais intensos e sistêmicos do que os de uma cistite. Enquanto a infecção de bexiga causa principalmente desconforto local, a infecção renal afeta o corpo todo.
Os sinais de alerta incluem:
Além disso, os sintomas de cistite, como dor ou ardor ao urinar e vontade frequente de ir ao banheiro, também podem estar presentes.
Saber diferenciar os sintomas é crucial para procurar ajuda no momento certo. A presença de febre, em conjunto com um diagnóstico de infecção urinária, é um forte indício de que a infecção pode ter atingido os rins, já que a cistite (infecção de bexiga) raramente causa febre. Veja uma comparação direta:
Qualquer pessoa pode ter uma infecção renal, mas alguns grupos são mais vulneráveis. O histórico de infecções urinárias recorrentes é um dos principais fatores de risco.
Mulheres são mais suscetíveis devido à uretra mais curta, que facilita a chegada de bactérias à bexiga. Fatores hormonais, gravidez e o início da atividade sexual também podem aumentar a incidência.
Pessoas com diabetes descompensado ou com o sistema imunológico enfraquecido têm maior dificuldade em combater infecções. Anomalias estruturais no trato urinário, presentes desde o nascimento, também elevam o risco.
Infecções nos rins, conhecidas como pielonefrite, podem levar a complicações sérias como choque séptico, abscessos renais e até risco de morte, ressaltando a importância do tratamento correto.
Além disso, a pielonefrite pode ser grave, levando à presença de bactérias na corrente sanguínea (bacteremia), sendo um fator de risco para complicações sérias como a sepse.
Uma infecção renal sempre requer atenção, mas se torna especialmente grave quando as bactérias se espalham para a corrente sanguínea, causando uma condição chamada sepse. Isso pode levar à queda da pressão arterial, falência de órgãos e risco de vida.
Sinais de gravidade incluem confusão mental, dificuldade para respirar, incapacidade de se manter hidratado devido a vômitos e dor incontrolável. Nesses casos, a hospitalização para administração de antibióticos intravenosos é necessária.
O diagnóstico é baseado nos sintomas clínicos e confirmado por exames. O médico geralmente solicita um exame de urina (urocultura) para identificar a bactéria causadora e um exame de sangue para avaliar a inflamação e a função renal.
Em alguns casos, exames de imagem como ultrassom ou tomografia computadorizada podem ser necessários para verificar se há obstruções ou abscessos. O tratamento é feito com antibióticos, inicialmente de amplo espectro e depois ajustados conforme o resultado da urocultura. A hidratação também é uma parte fundamental da recuperação.
Para quem tem infecções urinárias recorrentes, a prevenção é a melhor estratégia para evitar que o problema atinja os rins. Algumas medidas eficazes incluem:
Se você suspeita de uma infecção renal, especialmente se tiver febre e dor lombar, não hesite em procurar atendimento médico. O diagnóstico e o tratamento precoces são a chave para uma recuperação completa e sem complicações.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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