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Novos tratamentos para câncer de mama luminal A: o que você precisa saber

Entenda como a medicina de precisão, com terapias-alvo e testes genômicos, está transformando o tratamento e o prognóstico.

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Receber o diagnóstico de câncer de mama pode parecer um labirinto de termos técnicos e incertezas. No entanto, para mulheres com o subtipo luminal A, o cenário da medicina moderna oferece um caminho cada vez mais personalizado e eficaz, com avanços que melhoram significativamente as perspectivas.

Estudos recentes confirmam que, embora a resposta à quimioterapia antes da cirurgia (neoadjuvante) possa ser limitada neste subtipo, o prognóstico geral é favorável. Isso ocorre devido à excelente resposta dos tumores luminais A aos tratamentos hormonais disponíveis.

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O que define o câncer de mama luminal A?

Para entender os tratamentos, primeiro é preciso saber o que caracteriza o câncer de mama luminal A. É um tipo de tumor cujas células possuem receptores para os hormônios estrogênio (RE+) e progesterona (RP+). Isso significa que esses hormônios funcionam como um "combustível" para o crescimento do câncer.

Além disso, ele apresenta baixa expressão da proteína HER2 (HER2-) e um baixo índice de proliferação celular, medido por um marcador chamado Ki-67. Essas características o tornam o subtipo mais comum e, geralmente, com o melhor prognóstico, pois tende a crescer mais lentamente e responder bem a tratamentos específicos.

Quais são os pilares do tratamento para o tipo luminal A?

O tratamento do câncer de mama luminal A é multifacetado e definido pela equipe médica com base no estágio do tumor e nas características individuais da paciente. A abordagem padrão geralmente combina estratégias locais e sistêmicas.

  • Cirurgia: pode ser conservadora (quadrantectomia, que retira apenas o tumor e uma margem de segurança) ou uma mastectomia (retirada completa da mama), dependendo do tamanho e da localização do tumor.
  • Radioterapia: frequentemente indicada após a cirurgia conservadora para eliminar células cancerígenas remanescentes e reduzir o risco de a doença voltar no mesmo local.
  • Hormonioterapia: é a base do tratamento sistêmico. Utiliza medicamentos que bloqueiam a ação dos hormônios ou reduzem sua produção no corpo, impedindo que o tumor continue a crescer.

A quimioterapia é sempre necessária no subtipo luminal A?

Não necessariamente. Esta é uma das áreas com os maiores avanços. Por ter um crescimento lento, muitas pacientes com câncer de mama luminal A em estágio inicial podem não se beneficiar da quimioterapia. A grande questão sempre foi: como identificar quem precisa e quem pode evitá-la com segurança?

Pesquisas indicam que mulheres com câncer de mama luminal A geralmente mostram uma baixa resposta à quimioterapia antes da cirurgia (neoadjuvante). Por outro lado, elas respondem muito bem a tratamentos hormonais específicos para este subtipo.

Hoje, a resposta está nos testes ou plataformas genômicas. Esses exames analisam um conjunto de genes do tumor para calcular o risco de recidiva (retorno da doença). Com base nessa pontuação de risco, a equipe de oncologia consegue decidir, com muito mais precisão, se os benefícios da quimioterapia superam seus efeitos colaterais para aquela paciente específica.

Quais são os novos medicamentos e terapias-alvo?

A evolução do tratamento está focada em terapias que atacam vulnerabilidades específicas das células tumorais, aumentando a eficácia e, muitas vezes, com menos efeitos colaterais que a quimioterapia tradicional. Para o câncer de mama luminal A, os destaques são:

Inibidores de ciclina (CDK4/6)

Esta classe de medicamentos, que inclui substâncias como abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe, revolucionou o tratamento. Eles atuam bloqueando proteínas (as ciclinas 4 e 6) que controlam a divisão celular. Ao inibi-las, o crescimento do tumor é freado.

Estudos mostram que a inclusão de inibidores de CDK4/6, como abemaciclibe e ribociclibe, pode melhorar significativamente o prognóstico para pacientes com câncer de mama luminal A de alto risco. Esses medicamentos agem reduzindo a chance de retorno da doença.

Os inibidores de CDK4/6 são usados em combinação com a hormonioterapia, principalmente em dois cenários:

  1. Doença em estágio inicial de alto risco: para reduzir a chance de recorrência após a cirurgia.
  2. Doença metastática: para controlar o avanço do câncer e aumentar a sobrevida.

Inibidores de AKT

Mais recentemente, uma nova classe de drogas, os inibidores de AKT, demonstrou resultados promissores. Medicamentos como o capivasertibe são direcionados a tumores que apresentam mutações em uma via específica de sinalização celular (PI3K/AKT/mTOR).

Essa terapia-alvo, também usada em conjunto com a hormonioterapia, representa uma nova opção para pacientes com doença avançada que já progrediram a outros tratamentos.

Outras frentes de pesquisa

A pesquisa não para. Outras classes de medicamentos, como os anticorpos conjugados a droga (ADCs), que entregam quimioterapia diretamente na célula tumoral, e a imunoterapia, estão sendo estudadas para subgrupos de pacientes com tumores luminais. Embora seu uso ainda não seja rotineiro para o luminal A, os estudos em andamento são promissores.

Além disso, a nanotecnologia surge como uma ferramenta promissora. Pesquisas em células de câncer de mama luminal A demonstram que novas nanopartículas podem guiar cirurgias com mais precisão. Elas também podem aumentar a eficácia da radioterapia, visando a eliminação completa do tumor.

Outra linha de investigação foca em vias de sinalização celular, como a Notch3/STAT5A, que é mais ativa no câncer de mama luminal A. Ativar essa via pode representar uma nova estratégia para combater a metástase. O objetivo é melhorar ainda mais o prognóstico das pacientes.

Como os novos tratamentos impactam o prognóstico?

O impacto é extremamente positivo. A introdução de terapias-alvo e a capacidade de selecionar melhor as pacientes com os testes genômicos transformaram a jornada de tratamento. O principal objetivo é a personalização.

A personalização do tratamento é continuamente aprimorada por novas ferramentas, como as biópsias líquidas. Elas permitem monitorar o câncer de mama luminal A em tempo real. Essas biópsias fornecem informações cruciais para tratamentos cada vez mais individualizados, melhorando o prognóstico.

Hoje, o tratamento não se baseia mais em uma receita única. Ele é adaptado ao perfil biológico do tumor de cada mulher. Isso resulta em um controle mais eficaz da doença, redução do risco de recidiva e, fundamentalmente, uma melhor qualidade de vida, ao evitar tratamentos agressivos e desnecessários.

O diálogo contínuo com a equipe de oncologia é fundamental para entender todas as opções disponíveis e tomar decisões compartilhadas sobre o melhor plano terapêutico para cada caso.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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