21/02/2025
Revisado em: 24/04/2025
Doença é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura nas pernas e, em alguns casos, nos braços
O lipedema é uma condição caracterizada pelo acúmulo desproporcional de gordura nas pernas ou nos braços, em comparação com o tronco. Essa condição afeta em 90% dos casos as mulheres e pode causar dor, desconforto e ter um impacto significativo na qualidade de vida.
O quadro é frequentemente confundido com obesidade ou celulite, embora seja uma condição de saúde distinta. Ao contrário da gordura comum, a do lipedema não responde tão bem a medidas como exercícios físicos e dieta.
Continue a leitura e saiba mais sobre quais são os riscos associados ao lipedema e as opções de tratamento disponíveis.
O lipedema é uma doença inflamatória crônica e progressiva do sistema linfático e adiposo (gorduroso), caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura nas pernas e, em alguns casos, nos braços.
Está frequentemente associada com alterações do sistema vascular, como varizes - em 40% dos casos - e alterações linfáticas como linfedema, sendo que ambas podem piorar o lipedema.
A causa exata do lipedema ainda não é completamente compreendida. No entanto, acredita-se que fatores genéticos e hormonais desempenhem um papel importante no seu desenvolvimento.
Por ser mais comum em mulheres, costuma ser desencadeado por questões como:
Os sintomas mais comuns do lipedema incluem:
O lipedema e a obesidade são condições distintas, embora ambas envolvam o aumento da gordura corporal.
O lipedema é caracterizado pelo acúmulo anormal de gordura, principalmente nas pernas, coxas, quadris e, em alguns casos, nos braços. Esse acúmulo ocorre de maneira simétrica, mas não afeta os pés e as mãos.
Já a obesidade é causada pelo excesso de calorias ingeridas em relação ao gasto energético e pode levar ao acúmulo de gordura em diversas partes do corpo, sendo mais comum na região abdominal.
Uma das principais diferenças entre as duas condições é a sensibilidade ao toque e a dor. No lipedema, a gordura acumulada costuma ser dolorosa e sensível. Na obesidade, o excesso de gordura geralmente não provoca dor, a menos que esteja associado a outras condições, como inflamações ou problemas ortopédicos.
Outro ponto importante é que a gordura do lipedema é resistente a dietas e exercícios. Já na obesidade, quando a pessoa emagrece, há uma redução proporcional da gordura corporal.
O aspecto da pele também é diferente. Enquanto o lipedema pode causar uma pele irregular, com aparência semelhante à celulite - além de edema (inchaço) que piora ao longo do dia -, na obesidade a pele pode ser lisa ou apresentar celulite, mas sem a mesma sensibilidade e dor associadas ao lipedema.
Como vimos anteriormente, a celulite e o lipedema podem ter uma aparência parecida, mas também são condições distintas.
A celulite é uma alteração na pele causada pelo acúmulo de gordura sob a derme, formando ondulações e irregularidades, geralmente sem dor intensa. Ela pode ocorrer em qualquer pessoa, independentemente do peso, e é influenciada por fatores hormonais e genéticos.
Já o lipedema não se limita apenas ao aspecto da pele, mas envolve um acúmulo desproporcional de gordura em determinadas regiões do corpo, acompanhado de dor e tendência a hematomas. Além disso, o lipedema tende a piorar com o tempo e não melhora apenas com a perda de peso.
Se houver dúvida entre celulite, lipedema ou obesidade, o ideal é procurar um médico especializado, como um angiologista ou cirurgião vascular, para avaliação e diagnóstico adequado.
Como se trata de um tratamento multidisciplinar, é recomendado que as pessoas que suspeitam de lipedema procurem um médico especialista, geralmente um cirurgião vascular, que deve estar familiarizado com os sintomas.
Dessa forma, o profissional poderá avaliar e descartar outras condições importantes que poderiam causar edema nas pernas (como varizes, trombose, linfedema, alterações cardíacas ou renais) e assim fornecer um diagnóstico preciso e opções de tratamento eficientes.
Outros profissionais que podem fazer parte da equipe de tratamento são o cirurgião plástico, o endocrinologista e o ginecologista, dependendo do caso. Além disso, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos também serão importantes nessa jornada.
O diagnóstico de lipedema é feito com base nos sintomas clínicos e na avaliação médica. O médico irá realizar um exame físico detalhado, observando a distribuição de gordura nas pernas e braços, bem como a presença de nódulos e a sensibilidade do indivíduo.
Geralmente, podem ser solicitados exames complementares para descartar outras condições. Entre eles estão:
É um exame que combina ultrassom e análise do fluxo sanguíneo em tempo real. Com ele, é possível obter imagens detalhadas das artérias e veias, permitindo que os médicos avaliem a circulação e identifiquem possíveis problemas.
Pode ser útil para avaliar a saúde óssea e identificar possíveis problemas, como a perda de densidade mineral óssea ou a presença de osteoporose, condição em que os ossos se tornam mais finos e frágeis.
Fornece informações importantes sobre a saúde dos ossos, o que pode auxiliar os médicos em um plano de tratamento.
Ajuda a identificar possíveis disfunções ou obstruções no sistema linfático, o que pode estar contribuindo para o agravamento dos sintomas do lipedema, como o inchaço e a sensação de peso nas pernas.
Por meio desse exame, é possível mapear o fluxo linfático e observar se há alterações na drenagem linfática nesta região.
Capaz de avaliar a extensão e a distribuição do acúmulo de gordura nas pernas. Por meio do exame, é possível obter informações precisas sobre a composição dos tecidos e ajudar a diferenciar o lipedema de outras condições semelhantes.
Existem opções de tratamento que podem ajudar a aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e retardar a progressão da doença. As opções podem incluir:
Contudo, é importante ressaltar que o tratamento do lipedema deve ser personalizado, levando em consideração as necessidades individuais.
Portanto, é fundamental buscar a orientação de um profissional de saúde qualificado para obter o diagnóstico adequado e discutir as opções de tratamento mais apropriadas.
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