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O que é lipedema: o que é, sintomas e tratamentos disponíveis

Doença é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura nas pernas e, em alguns casos, nos braços

lipedema é uma condição caracterizada pelo acúmulo desproporcional de gordura nas pernas ou nos braços, em comparação com o tronco. Essa condição afeta em 90% dos casos as mulheres e pode causar dor, desconforto e ter um impacto significativo na qualidade de vida.

Lipedema

O quadro é frequentemente confundido com obesidade ou celulite, embora seja uma condição de saúde distinta. Ao contrário da gordura comum, a do lipedema não responde tão bem a medidas como exercícios físicos e dieta.

Continue a leitura e saiba mais sobre quais são os riscos associados ao lipedema e as opções de tratamento disponíveis.

Lipedema: o que é?

O lipedema é uma doença inflamatória crônica e progressiva do sistema linfático e adiposo (gorduroso), caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura nas pernas e, em alguns casos, nos braços.

Está frequentemente associada com alterações do sistema vascular, como varizes - em 40% dos casos - e alterações linfáticas como linfedema, sendo que ambas podem piorar o lipedema.  

O que causa o lipedema?

A causa exata do lipedema ainda não é completamente compreendida. No entanto, acredita-se que fatores genéticos e hormonais desempenhem um papel importante no seu desenvolvimento.

Por ser mais comum em mulheres, costuma ser desencadeado por questões como:

  • Mudanças hormonais: como a puberdade; 
  • Gravidez;
  • Uso de anticoncepcionais orais; 
  • Genética;
  • Menopausa.

Quais são os sintomas do lipedema?

Os sintomas mais comuns do lipedema incluem:  

  • Aumento desproporcional do tecido adiposo nas pernas e/ou braços;
  • Inchaço nas pernas;
  • Sensibilidade à pressão leve e ao toque;
  • Sensação de \"pernas pesadas\" ou com aspecto de celulite/flacidez;
  • Formação de nódulos palpáveis sob a pele;
  • Hematomas e equimoses (manchas roxas): que surgem com facilidade e de maneira espontânea;
  • Dores e alterações articulares como, por exemplo, modificações na pisada e na ativação muscular (a capacidade de contração e a força gerada do músculo ao efetuar determinada atividade).
  • Além disso, é possível notar uma carga emocional significativa, já que muitas mulheres acabam apresentando quadros depressivos, distúrbios alimentares ou de autoimagem.

Diferenças entre lipedema e obesidade 

lipedema e a obesidade são condições distintas, embora ambas envolvam o aumento da gordura corporal. 

O lipedema é caracterizado pelo acúmulo anormal de gordura, principalmente nas pernas, coxas, quadris e, em alguns casos, nos braços. Esse acúmulo ocorre de maneira simétrica, mas não afeta os pés e as mãos. 

Já a obesidade é causada pelo excesso de calorias ingeridas em relação ao gasto energético e pode levar ao acúmulo de gordura em diversas partes do corpo, sendo mais comum na região abdominal.

Uma das principais diferenças entre as duas condições é a sensibilidade ao toque e a dor. No lipedema, a gordura acumulada costuma ser dolorosa e sensível. Na obesidade, o excesso de gordura geralmente não provoca dor, a menos que esteja associado a outras condições, como inflamações ou problemas ortopédicos.

Outro ponto importante é que a gordura do lipedema é resistente a dietas e exercícios. Já na obesidade, quando a pessoa emagrece, há uma redução proporcional da gordura corporal.

aspecto da pele também é diferente. Enquanto o lipedema pode causar uma pele irregular, com aparência semelhante à celulite - além de edema (inchaço) que piora ao longo do dia -, na obesidade a pele pode ser lisa ou apresentar celulite, mas sem a mesma sensibilidade e dor associadas ao lipedema.

Como saber se é celulite ou lipedema?

Como vimos anteriormente, a celulite e o lipedema podem ter uma aparência parecida, mas também são condições distintas. 

celulite é uma alteração na pele causada pelo acúmulo de gordura sob a derme, formando ondulações e irregularidades, geralmente sem dor intensa. Ela pode ocorrer em qualquer pessoa, independentemente do peso, e é influenciada por fatores hormonais e genéticos.

Já o lipedema não se limita apenas ao aspecto da pele, mas envolve um acúmulo desproporcional de gordura em determinadas regiões do corpo, acompanhado de dor e tendência a hematomas. Além disso, o lipedema tende a piorar com o tempo e não melhora apenas com a perda de peso.

Se houver dúvida entre celulite, lipedema ou obesidade, o ideal é procurar um médico especializado, como um angiologista ou cirurgião vascular, para avaliação e diagnóstico adequado.

Qual médico devo procurar?

Como se trata de um tratamento multidisciplinar, é recomendado que as pessoas que suspeitam de lipedema procurem um médico especialista, geralmente um cirurgião vascular, que deve estar familiarizado com os sintomas.  

Dessa forma, o profissional poderá avaliar e descartar outras condições importantes que poderiam causar edema nas pernas (como varizes, trombose, linfedema, alterações cardíacas ou renais) e assim fornecer um diagnóstico preciso e opções de tratamento eficientes. 

Outros profissionais que podem fazer parte da equipe de tratamento são o cirurgião plástico, o endocrinologista e o ginecologista, dependendo do caso.  Além disso, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos também serão importantes nessa jornada. 

Como é feito o diagnóstico de lipedema?

O diagnóstico de lipedema é feito com base nos sintomas clínicos e na avaliação médica. O médico irá realizar um exame físico detalhado, observando a distribuição de gordura nas pernas e braços, bem como a presença de nódulos e a sensibilidade do indivíduo.  

Geralmente, podem ser solicitados exames complementares para descartar outras condições. Entre eles estão:

Ultrassonografia com doppler

É um exame que combina ultrassom e análise do fluxo sanguíneo em tempo real. Com ele, é possível obter imagens detalhadas das artérias e veias, permitindo que os médicos avaliem a circulação e identifiquem possíveis problemas. 

Densitometria óssea

Pode ser útil para avaliar a saúde óssea e identificar possíveis problemas, como a perda de densidade mineral óssea ou a presença de osteoporose, condição em que os ossos se tornam mais finos e frágeis. 

Fornece informações importantes sobre a saúde dos ossos, o que pode auxiliar os médicos em um plano de tratamento. 

Linfocintilografia 

Ajuda a identificar possíveis disfunções ou obstruções no sistema linfático, o que pode estar contribuindo para o agravamento dos sintomas do lipedema, como o inchaço e a sensação de peso nas pernas. 

Por meio desse exame, é possível mapear o fluxo linfático e observar se há alterações na drenagem linfática nesta região. 

Ressonância magnética

Capaz de avaliar a extensão e a distribuição do acúmulo de gordura nas pernas. Por meio do exame, é possível obter informações precisas sobre a composição dos tecidos e ajudar a diferenciar o lipedema de outras condições semelhantes.

Como é o tratamento?

Existem opções de tratamento que podem ajudar a aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e retardar a progressão da doença. As opções podem incluir:

  • Terapia de compressão: o uso de meias de compressão especiais ajuda a melhorar a circulação e reduzir o inchaço nas pernas.
  • Controle de inflamação: adotar medidas como redução de estresse, melhoria da qualidade do sono, evitar o tabagismo, seguir uma dieta anti-inflamatória e exercícios específicos, além de cuidar de doenças concomitantes, ou seja, condições de saúde adicionais que ocorrem em conjunto com o lipedema.
  • Mudanças no estilo de vida: seguir uma dieta equilibrada e praticar exercícios físicos regularmente podem ajudar a reduzir a gordura corporal, a controlar o peso, a inflamação e melhorar a saúde geral.
  • Drenagem linfática manual: a técnica de massagem terapêutica ajuda a reduzir o inchaço e melhorar a circulação linfática. Além disso, é geralmente associada com técnicas de liberação miofascial para relaxar a musculatura e melhorar a mobilidade.
  • Cirurgia: em casos mais avançados, isto é, quando o tratamento clínico não surte o resultado esperado, ou os sintomas são significativamente debilitantes, a cirurgia de lipoaspiração é uma alternativa. Realizada com uma técnica específica, pode remover o excesso de tecido adiposo e melhorar a aparência estética.  

Contudo, é importante ressaltar que o tratamento do lipedema deve ser personalizado, levando em consideração as necessidades individuais. 

Portanto, é fundamental buscar a orientação de um profissional de saúde qualificado para obter o diagnóstico adequado e discutir as opções de tratamento mais apropriadas. 

Como agendar uma consulta?

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