28/02/2025
Revisado em: 13/06/2025
Caracterizado por um desequilíbrio no sistema linfático, quadro pode responder com sucesso ao tratamento se diagnosticado precocemente
O Linfoma de Hodgkin é um tipo raro de câncer que afeta o sistema linfático, responsável pela defesa do organismo. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, para o triênio 2023/2025, sejam diagnosticados 3.080 novos casos de Linfoma de Hodgkin, sendo 1.500 em homens e 1.580 em mulheres.
Embora a taxa de incidência seja relativamente baixa, a detecção precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Com o diagnóstico adequado, as opções terapêuticas disponíveis oferecem altas taxas de cura, permitindo que muitos pacientes levem uma vida saudável após o tratamento.
Neste artigo, exploraremos em detalhes o que é o Linfoma de Hodgkin, seus sintomas, métodos de diagnóstico e as abordagens terapêuticas mais eficazes.
A compreensão aprofundada dessa condição é essencial para reconhecer sinais precoces e buscar tratamento adequado, aumentando as chances de recuperação completa.
O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que atinge o sistema linfático, estrutura que é parte do sistema de defesa do organismo por onde passam inúmeras células imunológicas para o restante do corpo. A principal característica desta neoplasia é que a célula maligna produz clones e se espalha através dos vasos linfáticos.
Na maior parte dos casos, a doença se apresenta inicialmente nas regiões do pescoço e do tórax, quando não diagnosticada precocemente, o câncer pode se espalhar para tecidos próximos e até mesmo outras partes do corpo.
Apesar de pessoas de todas as idades estarem suscetíveis ao linfoma de Hodgkin, a maioria dos pacientes tem mais de 15 anos. A Dra. Andresa Melo, hematologista e coordenadora do serviço de Transplante de Medula Óssea da Rede América, explica mais detalhes sobre o assunto.
Um dos fatores de risco para o surgimento do linfoma de Hodgkin é o comprometimento do sistema imunológico. Sendo assim, pessoas que vivem com HIV e pacientes que fazem tratamento com medicamentos imunossupressores têm mais chances de desenvolver esse câncer.
De acordo com a médica, o linfoma surge devido a um desequilíbrio imunológico. “Pode ser ocasionado por algumas infecções virais, exposição prévia à quimioterapia e/ou radioterapia e condições imunossupressoras (doenças ou uso de medicamentos imunossupressores).”
O principal sinal do linfoma de Hodgkin é o surgimento de “caroços\" no pescoço, na virilha e nas axilas. Outros sintomas são:
À medida que as células cancerígenas avançam, é possível apresentar outros sintomas além dos listados acima.
Na presença de qualquer anormalidade, é importante consultar seu médico de confiança para que, através de exames, seja possível chegar a um diagnóstico preciso e, consequentemente, um tratamento adequado.
A Dra. Andresa explica que ambos se originam na mesma linhagem celular do sistema imunológico, a linhagem linfoide.
A diferença ocorre dependendo da fase de maturação celular em que ocorre a mutação genética que desencadeia a doença.
Isso impacta em diferentes tipos de linfomas, com características histológicas e comportamento clínico muito diferentes entre si.
Sim. E o diagnóstico precoce, seguido de um tratamento iniciado rapidamente, são fatores determinantes para a cura do linfoma de Hodgkin.
Após ouvir o relato do paciente, o médico examina os gânglios linfáticos (presentes nas axilas, virilhas e pescoço) e solicita a realização do hemograma, além de outros exames laboratoriais.
Além disso, também pode orientar a pessoa a se submeter a exames de imagem como tomografia e ressonância magnética (que mostrará as regiões acometidas). Por fim, uma biópsia analisa se há presença de alterações características de linfoma.
O tratamento para o linfoma de Hodgkin varia de acordo com o estágio do câncer, região acometida e idade do paciente. As principais terapias são:
Na Rede América há uma equipe de Hematologia especializada no atendimento de doenças onco-hematológicas e Transplante de Medula Óssea.
São realizados atendimentos ambulatoriais, infusões de quimioterapias e outros medicamentos em ambiente ambulatorial e de hospital, além de acompanhamento de pacientes nas internações e realização de transplantes.
Contamos com estrutura altamente tecnológica e equipe multidisciplinar para orientar a conduta dos tratamentos.
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