28/02/2025
Revisado em: 24/04/2025
A transmissão ocorre principalmente pela água contaminada
A leptospirose é uma doença infecciosa transmitida principalmente pelo contato com água contaminada pela urina de animais infectados, especialmente roedores. Comum em períodos de chuvas e enchentes, essa infecção pode afetar qualquer pessoa exposta a ambientes contaminados, causando desde sintomas leves, como febre e dor muscular, até complicações graves, como insuficiência renal e hemorragias.
Embora cerca de 90% dos casos apresentem evolução benigna e se resolvam sem a necessidade de intervenção médica específica, cerca de 10% podem evoluir para formas mais severas, exigindo hospitalização e até suporte intensivo. O diagnóstico precoce e a atenção aos primeiros sintomas são essenciais para evitar complicações.
Neste artigo, você entenderá melhor os riscos da leptospirose, como identificá-la nos estágios iniciais e quais medidas podem ser adotadas para prevenção e tratamento. Continue a leitura e proteja sua saúde!
A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria de manifestação sistêmica chamada leptospira. A transmissão ocorre principalmente pelos ratos, que servem como reservatórios das bactérias nas áreas urbanas.
Os seres humanos podem se infectar e, quando isso acontece, frequentemente apresentam sintomas como febre e dores no corpo.
A transmissão da leptospirose em humanos ocorre principalmente no contato com ambientes contaminados pela urina de roedores, tanto silvestres quanto urbanos, que são portadores da bactéria leptospira.
Essa contaminação pode acontecer também de forma direta, por meio do contato prolongado com água ou lama que esteja infectada com a urina desses animais.
O risco de infecção aumenta em situações em que a pele da pessoa não está íntegra, como em casos de feridas, machucados, ou uma micose na unha, assim como em condições em que a pele íntegra permanece em contato prolongado com a água contaminada.
Por isso, a leptospirose pode ser mais comum em áreas sujeitas a inundações ou com condições sanitárias vulneráveis, onde o contato frequente e prolongado com águas ou lamas contaminadas pode facilitar a entrada da bactéria no organismo, levando à infecção.
Existem dois tipos principais de leptospirose, diferenciados principalmente pela gravidade dos sintomas e complicações associadas. São eles:
Caracterizado pela manifestação de sintomas iniciais como febre, dor no corpo, mal-estar e dor muscular. Geralmente, ocorre na primeira semana da doença. A maioria das pessoas infectadas por este tipo experimenta apenas esses sintomas e tende a se recuperar sem complicações graves.
Trata-se da forma mais grave da leptospirose. Nomeada em homenagem ao pesquisador que a descreveu, essa condição pode levar a complicações sérias, incluindo sangramento pulmonar, falência dos rins e icterícia (amarelamento da pele e olhos).
Os sintomas da leptospirose variam de iniciais e inespecíficos a graves conforme a progressão da doença. Inicialmente, os sintomas incluem:
Na fase inicial, a condição é frequentemente confundida com outras doenças virais, como a dengue ou gripe, devido à sua natureza inespecífica.
Já na forma grave, incluem:
Esses casos graves são muito sérios e podem levar à morte devido ao sangramento pulmonar ou insuficiência renal, exigindo internação hospitalar urgente.
Por isso, ao notar os sintomas, principalmente os iniciais e clássicos, deve-se procurar um pronto-socorro imediatamente.
A prevenção da leptospirose envolve evitar principalmente o contato com água e lama que possam estar contaminadas. Isso inclui medidas como:
Reduzir a proliferação de roedores, principalmente nas áreas urbanas, é fundamental, visto que eles são os principais reservatórios e vetores da bactéria causadora da leptospirose.
Nesse sentido, melhorar o saneamento básico e manter as cidades limpas ajudam a diminuir a proliferação de roedores e, consequentemente, reduzem o risco de transmissão da doença.
Como botas e luvas impermeáveis, principalmente para pessoas cujo trabalho envolve risco de contato com águas potencialmente contaminadas, como trabalhadores de saneamento, limpeza urbana ou em situações de enchentes.
Neste período, há um aumento significativo do risco de surtos de leptospirose devido à contaminação difusa da água e lama com a urina de roedores. Sendo assim, durante a limpeza e recuperação de áreas afetadas, é importante usar proteção adequada para evitar o contato direto com a lama e a água contaminadas.
Diversos casos passam despercebidos ou são erroneamente diagnosticados como outras viroses, especialmente em épocas em que doenças como a dengue são comuns. Isso sugere que os sintomas são, muitas vezes, atribuídos a quadros virais genéricos.
Portanto, o diagnóstico preciso da leptospirose exige a avaliação clínica e a realização de testes laboratoriais específicos para confirmar a infecção pela bactéria leptospira.
Os riscos associados à leptospirose, especialmente se a doença evoluir para sua forma grave, são:
Para os casos leves de leptospirose, muitas vezes a doença é resolvida espontaneamente sem necessidade de tratamento antibiótico específico.
Quando diagnosticada, o tratamento se baseia principalmente no uso de antibióticos, eficazes contra a leptospira, o agente causador da doença.
Nos casos graves, além do tratamento com antibióticos, é necessário um suporte clínico adicional, que pode incluir cuidados em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), diálise para casos de insuficiência renal, transfusões sanguíneas e outras medidas de suporte até que os sintomas melhorem.
POPULARES EM DOENÇAS
Os conteúdos mais buscados sobre Doenças
Sinais iniciais podem ser vagos e confundidos com outras condições; fatores como dieta, H. pylori e histórico familiar aumentam o risco
Leia maisA doença afeta os olhos, provocando coceira, secreção excessiva e inchaço nas pálpebras
Leia maisErro refrativo dificulta enxergar objetos distantes com clareza, afetando cada vez mais crianças e jovens
Leia mais