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Um dos analgésicos mais comuns, o medicamento pode ser um aliado contra crises, mas seu uso requer atenção e orientação profissional

Aquela pressão familiar atrás dos olhos começa a pulsar, a luz parece mais forte do que o normal e qualquer som se torna um incômodo. Para milhões de pessoas, esses são os primeiros sinais de uma crise de enxaqueca, uma condição neurológica que vai muito além de uma simples dor de cabeça.
Na busca por alívio, muitos recorrem a medicamentos de venda livre, e o ibuprofeno frequentemente surge como uma das primeiras opções.
Inclusive, o ibuprofeno é um dos medicamentos mais discutidos para o tratamento de dores de cabeça e enxaqueca na Alemanha. Já no Japão, a combinação de ibuprofeno e naproxeno se destaca como uma opção comum de automedicação. Mas será que ele é realmente eficaz para todos os casos?
Neurologistas são os especialistas indicados para o acompanhamento e diagnóstico. A Rede Américas conta com um corpo clínico especializado e de renome.
Como ele age no organismo e, mais importante, qual a maneira correta e segura de utilizá-lo? Entender o papel do ibuprofeno no manejo da enxaqueca é o primeiro passo para usar esse recurso a seu favor, sem colocar a saúde em risco.
A enxaqueca é uma doença neurológica crônica caracterizada por dores de cabeça latejantes e intensas, geralmente em um lado da cabeça. Diferente de dores de cabeça comuns, as crises podem ser acompanhadas por outros sintomas debilitantes, como náuseas, vômitos e sensibilidade extrema à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia).
Embora a causa exata ainda seja estudada, acredita-se que a enxaqueca envolva alterações na atividade de vias nervosas e no fluxo sanguíneo cerebral. Fatores genéticos têm um papel importante, assim como gatilhos específicos que podem variar de pessoa para pessoa, incluindo estresse, alterações hormonais, certos alimentos e mudanças no padrão de sono.
O ibuprofeno pertence a uma classe de medicamentos chamada anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). Sua principal função é inibir a ação de enzimas conhecidas como ciclo-oxigenases (COX), que são essenciais para a produção de prostaglandinas.
As prostaglandinas são substâncias que o corpo libera em resposta a lesões ou doenças. Elas desempenham um papel central na sinalização da dor, na inflamação e na febre. Ao reduzir a produção dessas substâncias, o ibuprofeno consegue diminuir a inflamação dos vasos sanguíneos no cérebro e interromper os sinais de dor, aliviando os sintomas da crise de enxaqueca.
Estudos publicados em periódicos científicos, como os disponíveis na base de dados do Neurology Journal, confirmam que o ibuprofeno é um tratamento eficaz para crises agudas de enxaqueca, proporcionando alívio da dor para uma parcela significativa dos pacientes.
Essa ação confirma o ibuprofeno como um dos medicamentos de venda livre, da classe dos anti-inflamatórios não esteroides, que pode ser usado para tratar crises agudas de enxaqueca.
Porém, enfatizamos que a recomendação é sempre fazer o acompanhamento com um neurologista.
O ibuprofeno é geralmente indicado para adultos e adolescentes acima de 12 anos que buscam alívio para dores de intensidade leve a moderada. Ele é mais eficaz quando tomado logo no início da crise de dor, antes que ela se torne severa.
Contudo, a decisão de usar o medicamento deve sempre considerar o histórico de saúde individual. Pessoas que não têm problemas gástricos, renais ou cardiovasculares conhecidos e que não usam outros medicamentos que possam interagir negativamente são os candidatos mais seguros para seu uso pontual. A consulta com um médico ou farmacêutico é sempre a melhor abordagem.
Apesar de ser um medicamento de fácil acesso, o ibuprofeno não é isento de riscos. O uso deve ser consciente e responsável para evitar complicações de saúde.
A administração de ibuprofeno é contraindicada em diversas situações. Evite o medicamento se você:
Além disso, pacientes que utilizam anticoagulantes ou que passarão por cirurgias devem ter cautela e buscar orientação médica expressa.
O efeito colateral mais comum do ibuprofeno está relacionado ao sistema digestivo. Dores de estômago, queimação, náuseas e má digestão podem ocorrer. Para minimizar esse risco, recomenda-se tomar o medicamento junto com alimentos ou um copo de leite.
O uso crônico ou em doses elevadas aumenta o risco de problemas mais sérios, como lesão nos rins, aumento da pressão arterial e complicações cardiovasculares. O uso excessivo de analgésicos, incluindo o ibuprofeno, pode levar a um efeito rebote, resultando em dor de cabeça por uso excessivo de medicação.
É comum a dúvida sobre qual analgésico escolher durante uma crise. Embora todos atuem contra a dor, seus mecanismos e perfis de segurança são diferentes.
É importante ressaltar que, em estudos comparativos, medicamentos mais específicos para enxaqueca, como triptanos, ergots e antieméticos, demonstraram ser mais eficazes no alívio da crise do que o ibuprofeno. Este último serviu muitas vezes como base de comparação nesses estudos.
A escolha ideal depende do perfil do paciente, da intensidade da dor e das condições de saúde preexistentes. Somente um profissional pode indicar a melhor opção.
O ibuprofeno pode ser uma ferramenta útil para o alívio pontual, mas não trata a causa da enxaqueca. O acompanhamento médico é indispensável para um manejo adequado da condição e para evitar a progressão da doença.
Apesar de existirem avanços e novas pesquisas em tratamentos que oferecem mais opções para a enxaqueca, ainda há dificuldades significativas no diagnóstico e no acesso adequado a esses medicamentos mais recentes.
Procure um neurologista se:
Um especialista poderá realizar o diagnóstico correto, identificar gatilhos e, se necessário, prescrever tratamentos preventivos que diminuem a frequência e a intensidade das crises, melhorando significativamente sua qualidade de vida.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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