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Entenda o mecanismo de ação deste anti-inflamatório, seu efeito no fluxo e as recomendações de uso para aliviar a dor menstrual.

Aquele desconforto familiar na região pélvica começa a surgir, evoluindo para pontadas que irradiam para as costas e coxas. A cólica menstrual, para muitas mulheres, é um evento mensal que pode comprometer a rotina, o trabalho e o bem-estar. Nesse cenário, o ibuprofeno é frequentemente considerado uma opção de alívio.
A cólica menstrual, tecnicamente chamada de dismenorreia, é a dor sentida na parte inferior do abdômen antes ou durante o período menstrual. A causa principal está na produção de substâncias químicas chamadas prostaglandinas, liberadas pelo revestimento do útero (endométrio) para ajudar na sua contração e na eliminação do sangue menstrual.
Quando produzidas em excesso, as prostaglandinas provocam contrações uterinas muito fortes e frequentes. Essa atividade intensa comprime os vasos sanguíneos do útero, reduzindo temporariamente o fornecimento de oxigênio ao músculo uterino, o que resulta na dor característica da cólica.
Clínicos gerais e ginecologistas são os especialistas que podem atender esse tipo de queixa. A Rede Américas conta com médicos renomados em vários estados brasileiros.
O ibuprofeno pertence a uma classe de medicamentos conhecidos como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). Sua principal função é bloquear a ação de enzimas chamadas ciclo-oxigenases (COX), que são essenciais para a produção de prostaglandinas.
Ao inibir essas enzimas, o ibuprofeno reduz a quantidade de prostaglandinas no útero. Com menos dessas substâncias circulando, as contrações uterinas se tornam menos intensas e dolorosas. Assim, o medicamento não apenas mascara a dor, mas atua diretamente na causa fisiológica do desconforto.
Estudos indicam que o ibuprofeno é um dos medicamentos mais eficazes e seguros para o alívio da dor menstrual primária, sendo amplamente recomendado entre os analgésicos de venda livre. Ele age de forma potente, inibindo a produção de prostaglandinas, as substâncias no corpo que causam a dor e a inflamação. Esse mecanismo de ação se mostra muito eficaz no controle da dor.
Vale dizer que o alívio tende a ser mais eficaz quando o medicamento é administrado logo no início dos sintomas, antes que os níveis de prostaglandinas atinjam seu pico e a dor se torne severa.
Sim, é uma possibilidade. Embora a função primária do ibuprofeno não seja interromper a menstruação, ao reduzir a produção de prostaglandinas, ele pode diminuir a intensidade das contrações uterinas. Isso, por sua vez, pode levar a uma redução no volume do fluxo sanguíneo menstrual em algumas mulheres.
Contudo, é fundamental entender que o ibuprofeno não "corta" ou "interrompe" o ciclo menstrual. Ele apenas modula um dos mecanismos que influenciam a intensidade do sangramento e da dor. O ciclo continuará seu curso natural.
A automedicação requer responsabilidade e atenção. Embora o ibuprofeno seja um medicamento de venda livre, seu uso deve seguir orientações para garantir a segurança e evitar efeitos adversos, principalmente no sistema digestivo.
O ibuprofeno é contraindicado para certos grupos de pessoas, pois pode agravar condições de saúde preexistentes ou causar reações graves.
A consulta médica é indispensável, mas, em geral, o uso deve ser evitado por:
Como todo medicamento, o ibuprofeno pode causar efeitos colaterais. Os mais comuns geralmente são leves e incluem náuseas, dor de estômago, azia ou tontura. No entanto, reações mais sérias podem ocorrer e exigem atenção médica imediata.
É importante estar ciente de que o uso oral de ibuprofeno para cólica pode acarretar sérios problemas no estômago e intestino. Estudos recentes mostram que mulheres que utilizam ibuprofeno para cólica menstrual têm cerca de quatro vezes mais chances de apresentar efeitos colaterais gastrointestinais, como náuseas, úlceras e diarreia, em comparação com aquelas que não o utilizam.
Interrompa o uso e procure um serviço de emergência se apresentar sinais como: fezes escuras ou com sangue, vômito com aparência de borra de café, erupções cutâneas intensas, inchaço do rosto ou dificuldade para respirar.
A cólica menstrual é comum, mas não deve ser incapacitante. Se o ibuprofeno ou outros analgésicos não controlam a dor, ou se a cólica apresenta características atípicas, é hora de procurar um ginecologista. Fique atenta aos seguintes sinais:
Esses sintomas podem indicar condições subjacentes, como endometriose, miomas uterinos ou doença inflamatória pélvica, que necessitam de diagnóstico e tratamento específicos.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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