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Uma condição rara que afeta os pulmões e o coração, a HAP exige diagnóstico precoce para garantir mais qualidade de vida.

Subir um lance de escadas ou caminhar até a padaria de repente se torna uma tarefa exaustiva. A respiração fica curta, o coração acelera e uma sensação de cansaço extremo toma conta do corpo. Embora esses sinais possam ser confundidos com falta de condicionamento físico, eles podem indicar uma condição mais séria: a hipertensão pulmonar arterial.
A hipertensão pulmonar arterial (HAP) é uma doença rara e progressiva caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea nas artérias pulmonares. Essas são as artérias responsáveis por transportar o sangue pobre em oxigênio do lado direito do coração até os pulmões.
É fundamental não confundi-la com a hipertensão arterial sistêmica, a popular "pressão alta", que afeta as artérias de todo o corpo. Na HAP, o problema está restrito à circulação pulmonar.
Médicos cardiovasculares são os especialistas mais indicados para acompanhar seu quadro e seu tratamento. A Rede Américas conta com um corpo clínico especializado e de renome.
Com o tempo, as paredes dessas artérias se tornam mais espessas e rígidas, estreitando a passagem do sangue. Essa alteração, mesmo que pequena, pode causar um aumento significativo na resistência ao fluxo sanguíneo e na pressão arterial dentro dos pulmões, o que é a característica central da doença.
Essa dificuldade obriga o ventrículo direito, a câmara do coração que bombeia sangue para os pulmões, a trabalhar com muito mais força. Essa sobrecarga contínua pode levar à sua dilatação e, em estágios avançados, à insuficiência cardíaca direita.
Essa é uma condição séria e progressiva, na qual a alta pressão nos vasos pulmonares pode levar à insuficiência do lado direito do coração se não tratada adequadamente, embora os tratamentos atuais ajudem a aliviar os sintomas e melhorar a sobrevida.
Os sintomas da HAP são frequentemente sutis no início e podem ser facilmente atribuídos a outras condições, o que muitas vezes atrasa o diagnóstico. Conforme a pressão nas artérias pulmonares aumenta, os sinais se tornam mais evidentes.
Fique atento a manifestações como:
Ao notar um ou mais desses sintomas de forma persistente, é essencial procurar avaliação médica especializada.
A HAP é classificada em diferentes grupos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As causas podem variar amplamente, e em muitos casos, uma origem específica não é encontrada.
As principais causas conhecidas incluem:
O diagnóstico da HAP é um processo complexo que requer uma investigação detalhada para descartar outras causas de hipertensão pulmonar e confirmar a doença. A jornada diagnóstica geralmente segue alguns passos.
Inicialmente, o médico realiza um exame físico e avalia o histórico de saúde do paciente. Se houver suspeita, exames não invasivos são solicitados:
A confirmação definitiva, no entanto, é obtida através do cateterismo cardíaco direito. Este é um procedimento invasivo no qual um cateter fino é inserido em uma veia e guiado até o coração e as artérias pulmonares para medir a pressão diretamente. Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde, a HAP é definida por uma pressão arterial pulmonar média igual ou superior a 25 mmHg em repouso, medida por este exame.
Embora a hipertensão pulmonar arterial ainda não tenha cura, os avanços terapêuticos das últimas décadas transformaram o prognóstico da doença. Graças ao desenvolvimento de terapias específicas, a expectativa de vida dos pacientes com HAP melhorou consideravelmente, contrastando com um prognóstico antes considerado sombrio.
O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, retardar a progressão e melhorar a capacidade de exercício e a qualidade de vida do paciente.
O plano de tratamento é individualizado e pode incluir: Desde o diagnóstico, a maioria dos pacientes se beneficia de uma combinação de diferentes terapias. É comum que o tratamento seja constantemente reavaliado e ajustado para alcançar os melhores resultados possíveis.
O acompanhamento regular com uma equipe multidisciplinar, composta por cardiologistas e pneumologistas experientes em HAP, é crucial para ajustar o tratamento e monitorar a evolução da doença.
Receber o diagnóstico de HAP pode ser desafiador, mas é importante saber que é possível levar uma vida ativa e funcional com o manejo adequado. O foco passa a ser o autocuidado e a adesão rigorosa ao tratamento.
Além do acompanhamento médico, algumas adaptações no estilo de vida são benéficas. Uma dieta equilibrada com baixo teor de sódio ajuda a controlar a retenção de líquidos. A prática de atividades físicas leves, sempre com a aprovação e orientação médica, ajuda a manter o condicionamento cardiovascular.
O suporte emocional também é um pilar importante. Conectar-se com outras pessoas que vivem com a mesma condição por meio de associações de pacientes pode oferecer acolhimento e troca de experiências valiosas. A jornada é mais leve quando compartilhada.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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