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A condição, marcada pelo aumento da pressão dentro do crânio, pode causar desde dores de cabeça incapacitantes até perda de visão.

Aquela dor de cabeça no fim do dia, que parece diferente das outras, mais intensa e que não melhora com analgésicos comuns. Muitas vezes, ela vem acompanhada de uma sensação de pressão e náusea. Embora possa ser apenas um episódio de enxaqueca, quando esses sinais se tornam frequentes, podem indicar um problema mais sério: a hipertensão intracraniana.
A identificação precoce de sintomas como dor de cabeça, problemas visuais e zumbido pulsátil é crucial, pois são comuns na hipertensão intracraniana e a intervenção a tempo pode preservar a visão.
Neurologistas são os especialistas indicados para o acompanhamento e diagnóstico. A Rede Américas conta com um corpo clínico especializado e de renome.
Para entender a condição, imagine o crânio como uma caixa rígida e fechada. Dentro dela, há três componentes principais: o cérebro, o sangue que circula por ele e o líquido cefalorraquidiano (LCR), que protege o sistema nervoso. O equilíbrio entre esses três elementos mantém a pressão interna, chamada de pressão intracraniana (PIC), estável.
A hipertensão intracraniana ocorre quando esse equilíbrio é rompido, seja pelo aumento de um desses componentes ou pela presença de algo novo, como um tumor. Isso faz com que a pressão dentro do crânio se eleve, comprimindo estruturas cerebrais sensíveis e gerando uma série de sintomas.
Os sinais podem variar em intensidade, mas alguns são mais característicos e servem como um importante alerta. A presença de um ou mais deles de forma persistente justifica uma avaliação médica detalhada.
A pressão elevada pode afetar diretamente o nervo óptico, causando problemas visuais que, em casos mais graves, podem levar à cegueira.
Por isso, a avaliação médica urgente é fundamental, pois dores de cabeça persistentes e perda visual progressiva são sinais-chave da hipertensão intracraniana.
É importante notar que, mesmo uma perda de visão em grau leve pode ser um sinal de hipertensão intracraniana idiopática (HII), exigindo avaliação e acompanhamento médico contínuo.
Em situações graves, o aumento da pressão intracraniana pode levar à chamada Tríade de Cushing, um conjunto de sinais que indicam um risco iminente e requerem atendimento de emergência.
Ela é caracterizada por:
Além disso, a paralisia de um membro, convulsões ou a perda súbita da consciência são sinais de extrema gravidade.
Diversas condições podem levar à hipertensão intracraniana. As causas são geralmente divididas em dois grupos. O primeiro envolve problemas estruturais, como tumores cerebrais, traumatismos cranianos, hemorragias, AVC ou infecções como a meningite. O tratamento, nesses casos, foca em resolver a causa primária.
Contudo, existe também a Hipertensão Intracraniana Idiopática (HII), anteriormente conhecida como pseudotumor cerebral. Nela, a pressão aumenta sem uma causa identificável nos exames de imagem. A HII é mais comum em mulheres jovens e com sobrepeso.
O diagnóstico é um processo cuidadoso conduzido por um neurologista. Ele começa com a análise dos sintomas e o histórico clínico do paciente. Em seguida, são solicitados exames para confirmar a suspeita e investigar a causa.
A abordagem terapêutica depende diretamente da causa. Se houver uma lesão, como um tumor, o foco será removê-la. No caso da Hipertensão Intracraniana Idiopática, o objetivo é reduzir a pressão e preservar a visão.
As estratégias podem incluir o uso de medicamentos que diminuem a produção de líquido cefalorraquidiano e a recomendação de mudanças no estilo de vida, como a perda de peso. Em alguns casos, procedimentos cirúrgicos para drenar o excesso de líquido podem ser necessários.
O acompanhamento médico contínuo é fundamental. Ignorar sintomas comuns como dores de cabeça, vômitos e problemas de visão, pode levar a danos visuais graves e irreversíveis. Por isso, ao notar qualquer um desses sinais, não hesite em procurar um especialista.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.
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